terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Brasil ultrapassa 173 mil mortes pela Covid-19, mostra consórcio de imprensa

 


O Brasil chegou a 173.165 mortes pela Covid-19, com os 317 óbitos registrados nesta segunda-feira (30). Também foram registrados 22.622 novos casos, o que elevou o total para 6.336.278.

Aos domingos, segundas-feiras e feriados os números da pandemia costumam ser menores por causa de atrasos de notificação das secretarias de saúde.

Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Norte e Sul são as regiões que apresentam crescimento da média móvel de mortes. Nordeste e Sudeste estão em situação de estabilidade e o Centro-Oeste em queda.

O jornal Folha de S.Paulo também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 518, aumento de 6% em relação a 14 dias atrás, o que representa um cenário de estabilidade de mortes. Nas últimas semanas, o país variou entre situações de queda da média, chegando a uma estabilidade posterior e, recentemente, passando a apresentar crescimentos.

A média recente, porém, foi afetada por um apagão de dados de alguns estados. De toda forma, dados do país e especialistas que os acompanham têm apontado tendências de aumento de casos de Covid-19, o que normalmente precede o crescimento das mortes pela doença.

O Brasil tem uma taxa de 82,7 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (267.792), e o Reino Unido (58.545), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 82 e 88,1 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

Destaque mundial

O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (92), país com 55.576 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.

O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 105.655 óbitos, tem 83,7 mortes para cada 100 mil habitantes. Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 112,3. O país tem 35.923 óbitos pela Covid-19. 

A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 137.139 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 10,1 óbitos por 100 mil habitantes.

Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 86,5 mortes por 100 mil habitantes (38.473 óbitos).

Já segundo o boletim do Ministério da Saúde desta segunda, o Brasil registrou 287 novas mortes em decorrência de infecção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas. O país agora chega a um total de 173.120 óbitos desde o início da pandemia.

O boletim também mostra que 21.138 pessoas foram infectadas no período. O total de casos confirmados da Covid-19 agora chega a 6.335.878

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.

 

DN

Desmatamento na Amazônia volta a bater recorde e cresce 9,5% de 2019 a 2020

 


O desmatamento na Amazônia cresceu cerca de 9,5% de agosto de 2019 a julho de 2020 em comparação com o período anterior, de 2018 a 2019. No total, foram derrubados 11.088 km² de floresta nesse intervalo de tempo apesar da presença do Exército na floresta, sob a Operação Verde Brasil 2.

Os dados consolidados do ano, divulgados nesta segunda-feira (30), são os primeiros totalmente sob responsabilidade do governo Jair Bolsonaro (sem partido) porque só englobam sua gestão.

A área desmatada é a maior da última década, segundo os dados consolidados do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O valor é provisório e o definitivo será apresentado somente no ano que vem.

A divulgação contou com a participação do general Hamilton Mourão, vice-presidente da República e chefe do Conselho da Amazônia, e de Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia. Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, não estava presente.

Na visita, Mourão e Pontes viram o Amazônia 1, novo satélite do Inpe que está em reta final de desenvolvimento. Com o novo aparelho, espera-se que evolua a capacidade de monitoramento da Amazônia do Inpe. Segundo o instituto, ele segue para a Índia no fim de dezembro e deve ser lançado em fevereiro de 2021.

Durante entrevista coletiva à imprensa, Mourão fez um discurso mais duro em relação ao desmatamento do que as declarações tradicionalmente feitas pelos integrantes do governo Bolsonaro.

"Não estamos aqui para comemorar nada disso, porque isso não é para comemorar", afirmou o chefe do Conselho da Amazônia. Ele também disse que o crescimento foi inferior ao que se esperava inicialmente e voltou a repetir que o combate ao desmatamento ilegal em 2020 começou tarde.

"O resultado provisório do Prodes significa que nós temos que manter a impulsão do nosso trabalho na busca constante para a redução dos índices de desmatamento", disse Mourão. "É chegar o momento em que o único desmatamento que ocorra na região da Amazônia seja aquele que esteja compreendido pela nossa legislação. Ou seja, aquele de uma propriedade que tenha direito a desmatar 20%, então é só esse desmatamento que pode ocorrer".

O vice-presidente também fez aceno para as autoridades ambientais de fiscalização, como o Ibama, que têm são alvos constante de críticas de Bolsonaro desde a época da campanha presidencial. "Vamos prosseguir, nesse nosso trabalho, usando ciência, usando a tecnologia, com inovação e com isso apoiando os trabalhos das entidades responsáveis pela fiscalização ambiental", disse.

O Prodes anterior, referente ao período de agosto de 2018 a julho de 2019, apontou um salto de 34% em relação ao ano anterior e um desmatamento total de 10.129 km².

O Pará, estado que lidera o desmatamento, foi responsável por 46,8% do desmate no bioma. Em seguida, aparecem o Mato Grosso, com 15,9%, e o Amazonas, responsável por 13,7% da destruição no período.

A tendência de aumento do desmatamento na Amazônia teve início em 2012. Desde o início do governo Bolsonaro, porém, a destruição mantém uma aceleração acentuada e preocupante.

O desmatamento recorde já estava no horizonte de pesquisadores da área e servidores do Ibama, mas o valor total da área derrubada não foi, de fato, tão alto quanto se esperava. Em todos os meses do período em questão, com exceção de outubro, o sistema Deter, do Inpe, registrou aumento do desmatamento em relação ao mesmo mês do ano anterior. Foram 14 meses seguidos de crescimento de destruição.

O Deter tem a função de fornecer dados que auxiliem na fiscalização de crimes ambientais, mas pode também ser usado para verificar tendências gerais de aumento ou diminuição de destruição. Já o Prodes, de maior precisão, aponta os dados finais e consolidados.

Entre os dois últimos dados do Prodes, porém, houve uma mudança importante: a presença quase contínua das Forças Armadas na Amazônia com as Operações Verde Brasil, convocadas a partir de GLOs (Garantia da Lei e da Ordem).

O Exército esteve presente na floresta por aproximadamente cinco dos meses do Prodes atual (entre final de agosto e final de outubro de 2019, e de maio a julho de 2020), atuando em campo na estação seca da floresta, período que costuma ter mais desmatamento e queimadas.

O uso do Exército, que ainda está em ação na floresta para combater atos ambientais ilícitos, é uma das únicas ações concretas do governo Bolsonaro que visam frear o desmatamento, mas a tática não trouxe resultados satisfatórios até o momento, apesar de declarações recentes no sentido contrário do general Mourão.

Na apresentação dos resultados do Prodes, o vice-presidente voltou a afirmar que, após o início do trabalho do Exército na Amazônia neste ano, percebeu-se o início de uma tendência de queda. Os dados, porém, não embasam a fala de Mourão.

A derrubada da mata na Amazônia é acompanhada por um crescimento das queimadas na região. Até 22 de outubro deste ano, os focos de calor registrados no bioma superaram o total de 2019.

Mesmo com os dados de crimes ambientais em alta, Bolsonaro e membros do seu governo têm minimizado os problemas e tentado empurrá-los para os ombros de outras nações. Recentemente, o presidente ameaçou nomear os países que compram madeira proveninente de desmate ilegal no país, mas o principal motor da devastação da floresta é o agronegócio. O presidente recuou em seguida.

Há também uma tentativa de controlar a narrativa que cerca a floresta amazônica. Recentemente, Mourão promoveu uma viagem com embaixadores pelo bioma para tentar mudar a visão estrangeira quanto à gestão atual. O tour do vice-presidente, porém, evitou áreas críticas onde se concentra a destruição, como apontou a embaixadora interina do Reino Unido no Brasil.

Em entrevista à Deutsche Welle, o embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thoms, afirmou que sua percepção não foi alterada. "O governo [brasileiro] está informado sobre o desmatamento e os incêndios, sobre onde estão e quão grande é o problema. Há instrumentos para combater. E há órgãos governamentais muito bons. Mas esses instrumentos precisam ser utilizados, e de uma maneira coerente. Para isso, você precisa de um plano de ação de longo prazo, com medidas concretas, cronogramas e metas numéricas. Isso não existe no momento", disse Thoms.

A devastação da Amazônia já tem resultado em ameaças econômicas ao país, inclusive com relação ao acordo entre Mercosul e União Europeia, e pode ser um ponto de atrito entre Bolsonaro e Joe Biden, presidente eleito dos EUA que toma posse em janeiro de 2021.

Repercussão

Em nota, o Observatório do Clima, entidade que conta com a participação de mais de 50 ONGs, afirma que o dado divulgado nesta segunda não é surpreendente "para quem acompanha o desmonte das políticas ambientais no Brasil desde janeiro de 2019".

O Observatório também afirma que a taxa de desmate alcançada "oficializa que o Brasil descumpriu a meta da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), a lei nacional que preconizava uma redução da taxa a um máximo de 3.925 km² em 2020. O país está 180% acima da meta, o que o põe numa posição de desvantagem para cumprir seu compromisso no Acordo de Paris".

Na mesma nota, Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, diz: "Estamos perdendo acordos comerciais, transformando nosso soft power literalmente em fumaça e aumentando nosso isolamento internacional num momento em que o mundo entra num realinhamento crítico em relação ao combate à crise do clima".

Também em nota, Cristiane Mazzetti, porta-voz de Amazônia da ONG Greenpeace Brasil, afirma que "perdemos uma área de 7,29 vezes o tamanho da cidade de São Paulo no ano considerado pelo Prodes". A ONG associa o crescimento ao "desmonte dos órgãos" e a "políticas antiambientais".

Segundo a ONG WWF-Brasil, o novo aumento ocorre por causa da "sensação de impunidade", evidenciada pelos baixos números de penalidades por desmatamento ilegal registrados em 2019 e 2020.

"O claro foco em agropecuária e mineração são mais uma evidência de que a estratégia do atual governo se baseia no modelo de desenvolvimento da década de 1970, quando a noção de bioeconomia sequer existia", afirma, na nota, Mariana Napolitano, gerente de ciências do WWF-Brasil.

DN

Conta de luz terá cobrança extra a partir desta terça-feira, anuncia Aneel

 


As contas de luz dos consumidores do Brasil terão uma cobrança extra a partir desta terça-feira (1º), segundo informou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A Aneel decidiu, em reunião extraordinária, que será cobrada a bandeira vermelha patamar 2, cujo valor é o maior no sistema de bandeiras da agência. Com isso, a cobrança extra será de R$ 6,24 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Segundo o G1, a agência havia anunciado em 26 de maio que não haveria cobrança extra na conta de luz até 31 de dezembro deste ano, em razão da pandemia do novo coronavírus. Na reunião desta segunda-feira, entretanto, a Aneel decidiu revogar a decisão e aplicar a bandeira vermelha patamar 2.

Motivo da cobrança extra

A decisão tomada em maio foi revogada porque o Brasil voltou aos patamares de consumo anteriores ao início da pandemia, segundo o relator da proposta, Efrain Pereira da Cruz.

Conforme a Aneel, no entanto, a oferta de energia está comprometida em razão dos baixos níveis dos reservatórios. Desta forma, o mecanismo da bandeira voltou a ser necessário no entendimento do órgão.

"Essa condição de oferta adversa, somada à tendência de recuperação de carga da energia aos patamares pré-crise, são indícios concretos de que o mecanismo das bandeiras já merece ser restabelecido e a curto prazo", afirmou o relator.

 

DN

Comissão de Transição de Governo da Prefeitura de Fortaleza é criada nesta segunda (30)

 

Foi criada, nesta segunda-feira (30), a Comissão de Transição de Governo da Prefeitura de Fortaleza, para dar início à transferência da gestão de Roberto Cláudio (PDT) para a administração do prefeito eleito Sarto Nogueira (PDT), que toma posse em 1º de janeiro de 2021. A medida foi publicada no Diário Oficial do Município um dia após o resultado do 2º turno na Capital.

 

 https://pontopoder.verdesmares.com.br

Composição da AL muda com eleição de cinco deputados para prefeituras

 


As eleições municipais de 2020 alteram em 10,86% o quadro de parlamentares da Assembleia Legislativa do Ceará. A eleição de cinco deputados para prefeituras resultará na efetivação dos suplentes, após renúncia dos titulares que tomam posse a partir do dia 1 de janeiro de 2021 como prefeitos municipais. 
 
Neste ano, no Ceará, foram realizadas nesse domingo (29/11) segundo turno das eleições em Fortaleza e Caucaia. O presidente da AL, deputado José Sarto (PDT), foi eleito prefeito de Fortaleza. O suplente a ser efetivado, da coligação PP/PDT/PR/DEM/PRP, será Manoel Duca (PDT).
 
O deputado Vitor Valim (Pros) também sai do Legislativo para assumir a prefeitura de Caucaia, maior município da Região Metropolitana de Fortaleza. O suplente Tony Brito (Pros) será efetivado no cargo de deputado estadual para o período de 2021-2022.
 
No 1º turno das eleições já haviam sido eleitos três deputados estaduais: Bruno Gonçalves (PL), em Aquiraz; Nezinho Farias (PDT), em Horizonte e Patrícia Aguiar (PSD), em Tauá. Para assumir as vagas desses parlamentares, serão efetivados os suplentes das coligações de cada parlamentar. 
 
Gordim Araújo assumirá a vaga do deputado Bruno Gonçalves pela bancada do Patriota. O primeiro suplente da coligação PP/PDT/PR/DEM/PRP, Lucílvio Girão (PP), assume vaga de Nezinho Farias. Já a vaga da deputada Patrícia Aguiar será assumida por Davi de Raimundão (MDB), pela coligação MDB/PHS/Avante/SD/PSC/PODE/PRB.
 
MESA DIRETORA
O mandato da atual Mesa Diretora da AL segue até o dia 31 de janeiro de 2021, mas as eleições para a nova composição acontecerão neste mês de dezembro. Parlamentares eleitos para presidência, vice-presidências, secretarias e suplências devem assumir em 1º de fevereiro de 2021, com o início dos trabalhos na Casa após recesso parlamentar.
 
Com a posse de Sarto na Prefeitura de Fortaleza, a presidência da Casa deve ser ocupada, no período de 1º a 31 de janeiro de 2021, pelo deputado Fernando Santana (PT),  atual 1º vice-presidente.
 
SA/CG

Operação Eleições 2020 da SSPDS registra tranquilidade em Fortaleza e em Caucaia

 


Conforme relatório do Gabinete de Gestão e Eventos Complexos (GGEC), confeccionado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), com dados colhidos até as 17 horas deste domingo (29), dia que marca o segundo turno das Eleições 2020, foram registrados quatro procedimentos na sede da Superintendência da Polícia Federal e também em delegacias da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE). Com o balanço registrado nas duas cidades, a SSPDS considera que tudo ocorreu dentro da normalidade.

No total, foram registrados 111 acionamentos para forças estaduais em Fortaleza e em Caucaia. Mais de quatro mil profissionais atuaram no plano de segurança coordenado pela SSPDS em conjunto com as instituições vinculadas à pasta. O secretário da SSPDS, Sandro Caron, e os chefes da Polícia Militar do Ceará (PMCE), da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE), da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e da Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp) permaneceram na sede da Secretaria da Segurança, em Fortaleza, onde acompanharam o andamento do plano de segurança para o dia de hoje.

Além das forças de segurança estaduais e das coordenadorias que compõe a pasta, também estiveram presentes, integrando o Gabinete de Gestão e Eventos Complexos, a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), o Exército Brasileiro, a Procuradoria Regional Eleitoral, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o Centro Integrada de Inteligência de Segurança Pública Regional do Nordeste, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a Guarda Municipal de Fortaleza, a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) e a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC).

Em sua fala, Sandro Caron parabenizou o envolvimento de todas as instituições durante o primeiro e segundo turno das Eleições 2020. “O nosso desejo é que esse espírito de integração prossiga como algo permanente, como sempre teve, mas que sempre pode ser melhorado. Sempre buscamos integrar mais e mais, corrigindo e melhorando situações. Então, a cada grande evento, aprimoramos as nossas ações e, com certeza, depois de todo esse trabalho durante as Eleições 2020, estamos ainda mais alinhados”, destacou.

 


Efetivo

Pela Polícia Militar do Ceará (PMCE) foram empregados 3.754 policiais militares. Além do efetivo ordinário, 2.526 policiais militares extras atuaram juntos às demais instituições que compõe o Sistema de Segurança do Estado, além de Forças de Segurança municipais e federais. Os trabalhos da Polícia Civil do Estado do Ceará contaram com 157 policiais civis também nas duas cidades.

A Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) empregou um efetivo de 30 servidores. Por último, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) contou com 152 bombeiros militares à disposição para o atendimento de qualquer ocorrência bombeirística durante o segundo turno.

 

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Sarto reúne partidos para reforçar a base na Câmara Municipal

 


Passada a eleição em que conseguiu reunir em torno de sua chapa 17 partidos, o prefeito eleito Sarto Nogueira (PDT) já começa, nesta terça-feira (1º), a reforçar a base que terá na Câmara Municipal. Com maioria, mas diante de uma oposição maior que a enfrentada pelo atual prefeito Roberto Cláudio (PDT), o futuro gestor busca agregar mais nomes para seu lado, além dos 25 vereadores eleitos no último dia 15 de novembro. A expectativa da base é de que o número possa chegar a 32.

Nesta segunda-feira (30), foi criada a Comissão de Transição de Governo da Prefeitura de Fortaleza. Hoje, o pedetista começa a se reunir com integrantes do Legislativo Municipal para articular apoios para 2021. Por outro lado, partidos opositores devem se reunir amanhã para demarcar posição.

"Devo conversar com todos os vereadores da situação e da oposição para dizer qual a nossa ideia de Fortaleza. Queremos pacificar e unir a cidade", disse o prefeito eleito. Com uma futura oposição numerosa, Sarto minimiza atritos e exalta papel dos adversários. "A oposição é salutar desde que seja republicana", afirmou em entrevista exclusiva, ontem, à TV Verdes Mares.

Sarto disse ainda que fará um calendário para conversar com todos os partidos. "Vamos dialogar, ninguém governa sozinho e um programa para Fortaleza tem que ser dinâmico", ressaltou.

Entre os 25 vereadores eleitos que compuseram a coligação do prefeito eleito, dez são do PDT, três do Cidadania e três do PSB, além de dois do PSD, do PP e do PL. Completam a lista uma vereadora do DEM, outra da Rede e um do PSDB. Pode ser agregado à base governista o vereador Marcelo Lemos (PSL), que anunciou apoio a Sarto no segundo turno, mas está com a candidatura sub judice.

Oposição

Já do lado adversário, 12 apoiadores de Capitão Wagner (Pros) chegaram à Câmara. O Pros terá maioria nesse grupo: cinco parlamentares. Republicanos terá dois, assim como o PSC e o PMB. Completa a oposição um vereador do Podemos. Parte do apoio de Sarto no segundo turno, o Psol estará na "oposição crítica", conforme nota divulgada à época do apoio. "Seguiremos combatendo e sendo oposição de esquerda aos governos do grupo dos Ferreira Gomes", anunciou a legenda.

Com as posições dos partidos sendo definidas, o PT será o "fiel da balança", como define o atual vice-líder do Governo e vereador reeleito Adail Júnior (PDT). O partido atualmente faz oposição ao prefeito Roberto Cláudio e lançou nome da candidata Luizianne Lins (PT) na disputa pelo Paço Municipal, mas, no segundo turno, apoiou Sarto.

Para Adail, conquistar os petistas é é uma das prioridades, e o apoio no segundo turno foi um "ótimo indicativo" de aproximação. "Melhor ainda que eles não fizeram exigências. A única intenção foi vir e somar. Temos um bom diálogo com todos do PT. Eles fazem uma oposição consciente, construtiva, mas se conseguirmos trazê-los, teremos na base algo bem sólido e combativo. O PT hoje é o fiel da balança", avalia o vereador.

Indefinição

O PT conseguiu reeleger três vereadores em 2020: Guilherme Sampaio, Larissa Gaspar e Ronivaldo Maia. Em entrevista no último domingo ao Diário do Nordeste, a vereadora afirmou que ainda não há definições nem indicativos de como a sigla se comportará a partir de 1º de janeiro. Guilherme, que também é presidente municipal do partido, não se pronunciou.

O presidente estadual da sigla, Antônio Filho (Conin), reforçou a indefinição. "Temos três bons vereadores, tivemos um bom desempenho e vamos evidentemente desinir uma linha de atuação, mas a relação com o prefeito não está definida. A princípio, é de interesse dele, então a iniciativa é do prefeito", concluiu.

Entre os que já se colocam na oposição, o vereador reeleito Márcio Martins (Pros) projeta que além dos 12 apoiadores do candidato derrotada Capitão Wagner (Pros), o grupo pode agregar nomes e chegar a 17 parlamentares.

"Não sei bem como será a posição do Psol e do PT, é uma incógnita, mas se cumprirem o que afirmaram ao anunciar apoio no segundo turno - de que fariam oposição -, podemos chegar a 17", disse. "Se for do interesse do PT ser oposição, teremos de ser inteligentes para saber em que momento conseguiremos juntar esse grupo heterogêneo", pondera.

Articulação

Deixando a Assembleia Legislativa após sete mandatos consecutivos, sendo o último na presidência da Casa, Sarto também já comandou a Câmara. Para aliados e adversários, a experiência nos dois espaços legislativos é um bom indicativo de interlocução com o futuro prefeito. "O parlamentar chega para o Executivo levando demandas que ele representa. Vamos acolher essas demandas. O vereador é eleito para isso. Será uma boa experiência com os vereadores", comentou Sarto.

Segundo o vereador reeleito Márcio Martins, a oposição na Capital está aberta ao diálogo. "Conheço pouco o Sarto, mas os colegas afirmam que ele é de fácil trato, então pode ser uma relação mais fácil. Mas pretendo continuar fazendo uma oposição dura", adiantou o parlamentar.

O vereador disse que ainda não foi convidado para conversar com o recém-eleito, mas afirmou que está à disposição. "Se ele tiver uma visão republicana e convidar um vereador de oposição para um diálogo para que essa relação possa ser mais respeitosa e republicana, irei. Farei oposição qualificada, propositiva", prometeu.

Segundo Martins, na quarta-feira (2) haverá uma reunião entre os partidos oposicionistas para alinhamento. "Vamos apresentar os novatos, reunir e explicar nossos planos, saber se querem enfrentar essa batalha de ser oposição", afirmou.

Mesa Diretora

Em meio a essas definições, a Câmara também já se agita para a definição da nova Mesa Diretora. Em 2018, Sarto Nogueira deu indicativo do poder de articulação na relação com o Parlamento. À época, já comandando a Assembleia Legislativa, ele apresentou um aliado de primeira linha, o vereador Antônio Henrique (PDT), para concorrer à presidência da Câmara dos Vereadores. Atualmente, o parlamentar ocupar o cargo mais alto no Legislativo Municipal.

Ele pode se reeleger para mais um mandato. Caso seja preterido, a expectativa é de que outro nome pedetista seja lançado na disputa pelo cargo de liderança na Casa. Para o vereador Adail Júnior, uma nova chapa encabeçada pelo colega deve ser a que disputará a presidência no próximo ano.

"O atual presidente faz um excelente trabalho. Temos dez vagas e as prerrogativas para indicar a cabeça de chapa na disputa pela presidência da Câmara. Ainda é cedo, mas defendo o nome do Antônio Henrique", disse.

Renúncia

Eleição de Sarto Nogueira também traz impactos na Assembleia, Casa que ele preside. Pelo Regimento Interno, ele terá de renunciar à presidência até o dia 31 de dezembro, véspera da posse como prefeito. 

Sucessão

Após a saída do pedetista, assume a chefia do Parlamento Estadual o deputado Fernando Santana (PT). Já a cadeira na Assembleia será ocupada por Manoel Duca, o Duquinha (PDT). A Casa também tem eleição no próximo ano para formação da nova Mesa Diretora.

 

dn

 

Magistrado lança nesta terça-feira na Esmec livro sobre lavagem de dinheiro

 


Com o objetivo de promover a reflexão e o debate sobre o dinheiro ilícito obtido a partir de transações financeiras fraudulentas, o juiz Magno Gomes de Oliveira lança o livro “Lavagem de Dinheiro e Cegueira Deliberada”, nesta terça-feira (1º/12), às 17h, na Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec).

A ideia de escrever a obra surgiu em 2018, ao desenvolver projeto para sua tese de doutorado na Faculdade de Direito de Lisboa. “Na medida em que comecei a estudar o assunto, verifiquei que existem estudos de organismos internacionais, tais como o GAFI, que no mundo o volume de dinheiro lavado pelo crime organizado varia de 5 a 10% do Produto Interno Bruto global. Ou seja, se fosse uma nação, seria a terceira nação mais rica do mundo, o que impacta qualquer estudioso sobre esse tema”, explica o magistrado, que é titular da 3ª Vara Criminal de Caucaia.

De acordo com o juiz, a partir de 1988, com a Convenção de Viena, a legislação internacional vem focando cada vez mais na prevenção e no combate à lavagem de dinheiro. “Inicialmente, o foco eram bancos, financeiras, seguradoras, corretoras de seguro e casas de câmbio, dentre outras instituições financeiras, mas com o passar do tempo verificou-se que o dinheiro sujo migrou maciçamente para transações realizadas através de setores não-financeiros sensíveis, tais como imobiliárias, galerias de arte, escritórios de contabilidade, consultoria e assessoria, jurídica inclusive, entre outros”.

Dessa forma, o magistrado destaca que a obra é relevante não só aos operadores do Direito, como magistrados, promotores de Justiça, advogados e defensores públicos, mas interessa a toda a sociedade. “A prevenção à lavagem de dinheiro acaba sendo responsabilidade de todos, pois nunca se sabe exatamente o impacto que isso pode causar na estrutura social, até porque gera concorrência desleal em vários segmentos, com potencial para desestabilizar a economia de um país”.

O juiz ressalta que “é absolutamente impossível àquele que está desenvolvendo sua atividade comercial, financeira, honestamente, respeitando às normais legais, conseguir concorrer com o indivíduo que atua de maneira criminosa e busca apenas uma maneira de lavar o dinheiro de origem ilícita”.

A fim de garantir a segurança dos participantes no evento de lançamento, serão guardadas todas as normas para manter o protocolo de segurança sanitária de enfrentamento à Covid-19. Será obrigatório o distanciamento entre os participantes e a utilização de máscaras.

PERFIL
Magno Gomes de Oliveira é natural de Fortaleza. Ingressou na magistratura em setembro de 1996, como juiz do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, mas a partir de dezembro de 1998 se tornou juiz do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), onde atuou inicialmente na Comarca de Aiuaba. Ao longo de quase 22 anos como magistrado cearense foi titular das Comarcas de Cariré, Parambu, Acaraú, 2ª Vara de Crateús, 1ª Vara de Boa Viagem, até se tornar titular da 3ª Vara Criminal de Caucaia.

É doutorando em Ciências Criminais pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa; especialista em Direito Penal Econômico, Internacional e Europeu pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra; tem mestrado em Ordem Jurídica Constitucional pela Faculdade de Direito da UFC; especialização em Direito Processual Penal pela Esmec, e em Direito Processual Civil pela Unifor, e Graduação em Direito pela UFC.

Além da titularidade da 3ª Vara Criminal de Caucaia, auxilia à 10ª Vara Cível de Fortaleza, responde pela 33ª Vara Cível e atua ainda como juiz da Turma Recursal Fazendária do Fórum das Turmas Recursais. No magistério, é professor adjunto de Processo Penal, no Centro Universitário Sete de Setembro desde 2012, além de integrar o corpo docente da Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec).

SERVIÇO
Evento: Lançamento do livro “Lavagem de Dinheiro e Cegueira Deliberada”
Data: Às 17h, desta terça-feira (1º/12)
Local: Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec).

 

tjce