O fim das coligações proporcionais, que vigora a partir
das eleições do próximo ano, vai impor outro pensamento estratégico aos
partidos. Além da sinalização de candidaturas próprias como estratégia
para angariar votos aos candidatos à Câmara Municipal de Fortaleza
(CMFor), entra no cálculo político das legendas a possibilidade de
ofertar alto número de opções ao eleitor nessa disputa.
Uma das alterações contidas na cláusula de barreira, a
exclusão das coligações proporcionais acaba com a lógica do "puxador de
votos", isto é, um partido de menor expressão se eleger às custas de um
maior, por estar abrigado em mesma aliança.
De olho nisso, o presidente estadual do Novo, Célio
Fernando, afirma que pretende lançar o número máximo permitido por lei,
64 candidatos — 150% de 43 assentos da Casa. Este grupo, ele diz, ainda
passará por processo seletivo.
Questionado se é possível conciliar processo seletivo
com o número objetivado, ele arremata que "essa conciliação é o novo
Brasil." "Nossa mobilização é nesse sentido, fazer com que as pessoas
participem, acordem, mas a gente quer gente boa mesmo", projeta. Cita
ainda a espera por um "grande candidato", que facilite a eleição dos
vereadores.
Pelo lado tucano, o pré-candidato Carlos Matos vai na
mesma linha, pretendendo lançar o máximo de candidaturas. Ele cita que
hoje o PSDB tanto é procurado como procura adesões entre os diversos
segmentos da Cidade. Segundo Matos, a meta é fazer pelo menos três
vereadores. "Isso (fim das coligações) é importante para o
fortalecimento do partido, principalmente dos que têm história. Alguns
partidos servem de aluguel, não têm conteúdo programático. Candidatos
que estavam nesses partidos vão migrar para os maiores."
Presidente municipal do PT, Deodato Ramalho informa que
possíveis candidatos se aprofundam sobre gestão pública, utilidade do
mandato de vereador. Também defensor do número máximo de candidaturas,
Ramalho acrescenta ainda a necessidade de encorajar nomes femininos,
para que se cumpra a determinação dos 30%. O intuito, segundo Ramalho, é
reeleger os vereadores Guilherme Sampaio e Ronivaldo Maia, e emplacar,
por exemplo, Paulo Assunção — que tentou vaga na CMFor em 2016.
Já o presidente do PSL Ceará, Heitor Freire, anunciou
que o partido fará em breve "grande campanha de filiação para
apresentarmos os melhores candidatos à população". Sem falar em
quantidade de candidatos, ele diz acreditar que a legenda está pronta
para a novidade.
o povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário