terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Índia abre investigação sobre 'conversões forçadas' na ordem da Madre Teresa

A polícia indiana abriu uma investigação após uma denúncia sobre "conversões forçadas" dentro da congregação católica fundada pela Madre Teresa.

As autoridades do estado de Gujarat iniciaram uma investigação para determinar se as Missionárias da Caridade "exigiam das meninas do lar de Vadodara que carregassem uma cruz e lessem a Bíblia", de acordo com a denúncia apresentada por um funcionário do serviço social do distrito.

Gujurat é um dos estados da Índia de maioria hindu - onde nasceu o primeiro-ministro nacionalista Narendra Modi - onde regras pouco claras contra a "conversão forçada" foram adotadas ou aplicadas de forma mais estrita nos últimos anos.

Mayank Trivedi, do serviço social, explicou à AFP que sua denúncia à polícia é baseada em um relatório das autoridades de proteção da infância e de outros funcionários do distrito.

A denúncia afirma que 13 exemplares da Bíblia foram encontrados na biblioteca da instituição e que as jovens alojadas no local eram obrigadas a ler o texto sagrado cristão.

As Missionárias da Caridade, ordem católica fundada em 1950 pela Madre Teresa - uma religiosa católica que viveu e trabalhou na Índia durante a maior parte de sua vida e que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1979 - negaram qualquer conversão forçada.

O texto fundador da ordem religiosa estipula que as missionárias "não impõem sua fé católica a ninguém".

Os ativistas dos direitos humanos estão preocupados com o aumento da discriminação e da violência contra as minorias religiosas desde que Modi assumiu o poder em 2014.

O governo nega qualquer projeto de hegemonia hindu e insiste na igualdade de direitos entre todas as religiões.

No anp passado, no entanto a comissão americana sobre liberdade religiosa internacional incluiu a Índia na lista de "países especialmente preocupantes" pela primeira vez desde 2004.

Os defensores da liberdade religiosa afirmam que registraram mais de 300 incidentes anticristãos este ano.

O POVO

 

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