A Comissão de Relações Exteriores e
Defesa Nacional do Senado (CRE) manifestou nesta quinta-feira (2)
“profunda preocupação com os recentes acontecimentos na Venezuela”. Em
comunicado oficial lido pelo presidente da comissão, senador Nelsinho
Trad (PSD-MS), o colegiado lamentou a morte de civis em decorrência do
acirramento dos conflitos no país vizinho e reiterou a expectativa por
uma saída pacífica para a crise. Para os senadores, o Brasil deve
auxiliar na resolução da crise por vias democráticas.
— Reiteramos
nossa expectativa de uma transição democrática em um processo pacífico e
de respeito aos direitos humanos. Nosso país continuará a exercer
pressão diplomática — afirmou Nelsinho.
Após a leitura do comunicado, vários
senadores ressaltaram a tradição diplomática brasileira e rechaçaram
qualquer intervenção militar brasileira na Venezuela. Líder da minoria
no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que o Brasil não pode ser
“porta-voz de nenhuma aventura bélica e militar no país vizinho”.
— A ditadura existente na Venezuela deve ser esgotada de forma diplomática — defendeu.
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)
avaliou que a situação na Venezuela e na fronteira brasileira, em
especial no município de Pacaraima (RR), é “dramática”. Segundo ele, o
governo não tem interesse em se envolver em um conflito militar contra a
Venezuela, mas tem agido no sentido de garantir assistência e ajuda
humanitária aos venezuelanos que se refugiam no Brasil.
— É um problema que só vai se resolver ao se restabelecer a democracia na Venezuela — afirmou.
Mecias de Jesus
(PRB-RR) pediu maior assistência do governo ao estado de Roraima e disse
não acreditar numa solução pacífica a curto prazo. Para o senador, a
tendência é que a tensão entre Nicolás Maduro e Juan Guaidó se
intensifique.
— Não creio que haverá
condições da Venezuela sair da situação em que se encontra hoje sem um
confronto armado entre eles — avaliou.
O presidente da CRE informou que a
subcomissão criada para discutir a crise da Venezuela deverá se reunir
na segunda-feira (6), às 14h, para ouvir o prefeito de Pacaraima,
Juliano Torquato dos Santos, sobre a situação no município.
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