A usina termoelétrica Portocem, que poderá ser
construída no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), deve
gerar 1,2 mil empregos diretos nos primeiros três anos de obra, passando
para até 3 mil trabalhadores nos anos seguintes. Quando a usina estiver
funcionando, serão 150 vagas.
"É um investimento de aproximadamente R$ 6,7 bilhões, no total de sua
capacidade instalada, de 2,6 GW (gigawatts)", afirmou a representante
da empresa, Rachel Starling, durante votação dos pareceres técnicos da
Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) ao estudo de impacto
ambiental e relatório de impacto ambiental (EIA/Rima) da termoelétrica.
O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) adiou para 4 de julho a sessão após o Ministério Público pedir vistas ao processo.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho do
Estado (Sedet), Maia Júnior, a usina termoelétrica Portocem vai utilizar
gás natural como fonte de energia. "Está tudo pronto para a térmica. O
leilão acontece em setembro. É um investimento extraordinário para o
Ceará. Não é um investimento importante só por causa da geração de
energia, é importante também pelo fornecimento de gás não só pelo Ceará,
mas pela região", disse.
Maia Júnior afirmou que o projeto abriga ainda um porto de boias da
Shell para a entrada de gás natural através de navios de regaseificação.
Estratégia
O empreendimento de grande porte está projetado para ser construído
no Cipp, nos limites da Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Adão
Linhares, secretário executivo de Energia e Telecomunicações da
Secretaria da Infraestrutura, disse que as condições de logística do
Estado são importantes para atrair o empreendimento. "A única coisa que a
gente sabe é que a empresa tem interesse em colocar o empreendimento
dela no Ceará por conta das condições de logística e das condições que o
Ceará oferece e a atratividade que o Estado dispõe", acrescentou.
Segundo ele, é estratégico para o Governo o mercado de gás do
Nordeste ter como porta de entrada o Pecém. "É um objetivo do Estado
crescer neste mercado. As vantagens que o Ceará oferece são naturais,
como as condições tributárias, com atrativos para a geração de energia
de gás natural, a logística de facilidade de equipamentos e conexão
elétrica, a interlocução do Estado, o posicionamento positivo, a
condução da parte ambiental. O investidor está muito satisfeito com
isso".
dn
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