A medida provisória que institui uma nova política industrial para o setor automotivo brasileiro (MP 843/2018)
pode ser votada na terça-feira (23) na comissão mista que analisa o
texto. Chamado de Programa Rota 2030 — Mobilidade e Logística, o regime
automotivo substitui o Inovar-Auto, que vigorou entre 2013 e 2017. A MP
recebeu 81 emendas.
A votação da MP vem sendo adiada desde agosto. No último dia 17, a
reunião foi cancelada por ausência do relator, deputado Alfredo Kaefer
(PP-PR), que ainda não apresentou seu parecer.
Assim como a política anterior, o Rota 2030 baseia-se em incentivos
fiscais — que somam em média R$ 1,5 bilhão ao ano durante 5 anos,
segundo o governo. Como contrapartida, as empresas que aderirem ao
programa terão que cumprir requisitos, principalmente com investimentos
em pesquisa e desenvolvimento (P&D). O governo afirma que a
indústria fará um aporte mínimo de R$ 5 bilhões por ano em P&D.
Carro elétrico
Além da criação do Rota 2030, a MP 843/2018 contempla medidas para o
desenvolvimento tecnológico da cadeia de autopeças e requisitos para
comercialização de veículos, ambos com concessão de benefícios fiscais.
Em complemento ao novo regime automotivo, foi publicado um decreto que reduz tributos sobre veículos híbridos e elétricos.
No total, os benefícios concedidos pela medida provisória somarão R$
2,1 bilhões em 2019, valor que terá que ser previsto no Orçamento. A
nova política vinha sendo discutida pelo governo com o setor desde o ano
passado.
A reunião da comissão mista está marcada para as 15h. O presidente do colegiado é o senador Eduardo Amorim (PSDB-SE).
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