quarta-feira, 12 de junho de 2019

Plenário aprova fim do sigilo bancário em operações com dinheiro público

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (12) projeto de lei que remove o sigilo bancário das operações de empréstimo realizadas com recursos provenientes do orçamento público. Também não serão mais protegidas pelo sigilo, em caso de operações policiais, as contas bancárias que tenham sido usadas para a movimentação de dinheiro público. O PLS 26/2014, do senador Alvaro Dias (Podemos-PR), segue agora para a Câmara dos Deputados.
A proposição modifica a lei do sigilo bancário (Lei Complementar 105, de 2001). Na sua versão original, ela se referia apenas a empréstimos de bancos públicos para outros países ou que contassem com garantia, direta ou indireta, de nações estrangeiras. Uma emenda do ex-senador Flexa Ribeiro (PA) na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), estendeu a medida para quaisquer operações feitas por bancos públicos que usarem, total ou parcialmente, recursos provenientes do Orçamento público.
Por fim, uma emenda apresentada no Plenário pelo líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), determinou que bancos privados também sejam alcançados pela retirada do sigilo quando efetuarem operações de empréstimo com dinheiro público. Bezerra também incluiu no texto, o fim do sigilo para as contas que movimentarem dinheiro público.
Além disso, o projeto determina que os instrumentos contratuais e eventuais aditivos das referidas operações sejam divulgados em página específica da instituição na internet. Originalmente, previa-se também a divulgação em jornal impresso de grande circulação, mas essa regra foi removida.
A relatoria final do projeto coube ao senador Styvenson Valentim (Podemos-RN).

Cuba

Ao apresentar o projeto, Alvaro Dias criticou investimentos feitos com o auxílio de dinheiro brasileiro em outros países, ciando como exemplo o empréstimo de US$ 800 milhões concedido a Cuba para a construção de um porto na cidade de Mariel. Em Plenário, ele disse que essas operações foram procedimentos “inusitados”, que surpreenderam pela falta de transparência.
Alvaro disse que os empréstimos foram financiados com a emissão de títulos de dívida a juros altos, e também com a retirada de recursos de fundos públicos. Segundo ele, o país perderá mais de R$ 342 bilhões até 2060 para arcar com os atos.
— Colocamos a mão no bolso dos trabalhadores brasileiro. Transferimos recursos do FAT e do FGTS ao BNDES para empréstimos favorecidos aos chamados “campeões nacionais”, e a nações que não pagam — afirmou.
O autor do PLS destacou, ainda, que o seu projeto não pretende violar o direito constitucional à privacidade, pois incide apenas sobre transações financeiras que usam dinheiro público.
Por outro lado, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que o projeto é meritório, mas que ele nasce de “preconceito” e de “fake news” a respeito dos contratos firmados em outros países com dinheiro brasileiro. Segundo ele, os financiamentos já geraram retornos, na forma de empregos, aquisição de equipamentos e crescimento de empresas nacionais.
— Quando o Brasil financia trabalhos de empresas brasileiras, está beneficiando o país. Esses recursos serão repatriados — argumentou.
Humberto também destacou que, apesar da maio visibilidade dada a empréstimos em países como Cuba, Venezuela e Moçambique, o país que mais recebeu recursos brasileiros foram os Estados Unidos.

Emendas

O projeto passou por três comissões, tendo sido modificado apenas na primeira, a CRE. As emendas do relator, Flexa Ribeiro, ampliaram o alcance do texto para estender a extinção de sigilo bancário a todas as operações de crédito de bancos públicos, custeadas com recursos públicos.
"[A] publicidade não deve se limitar aos empréstimos a países estrangeiros ou por eles garantidos [...] Devemos considerar que qualquer financiamento que tenha como fonte os recursos públicos, assim definidos como os recursos provenientes de aportes diretos ou indiretos do Tesouro do ente público controlador, deve ser tornado transparente", argumentou o senador na ocasião.
Depois da CRE, as comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Assuntos Econômicos (CAE) ratificaram as mudanças.
Quando o projeto chegou ao Plenário, o senador Fernando Bezerra Coelho propôs incluir os bancos privados na nova norma, quando eles se valessem de verbas públicas para efetuar empréstimos. Bezerra observou que a diferenciação seria inconstitucional, ao prejudicar a isonomia entre empresas públicas e privadas do mesmo ramo. Além disso, segundo ele, incluir os bancos privados permitiria ao projeto alcançar "por completo" o seu objetivo de conferir mais transparência ao uso do dinheiro público.
A emenda de Bezerra também dispõe que o princípio do sigilo bancário não poderá ser usado para proteger de investigações policiais, contas que tenham sido usadas para a movimentação de recursos de origem pública. Para o senador, essa determinação dará mais "segurança jurídica" às instituições para que forneçam documentos pertinentes a autoridades.

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Mutirão de limpeza chega ao Açude e avança na Lagoa do Capuan

A Prefeitura de Caucaia chegou com o mutirão de limpeza da Secretaria Municipal de Patrimônio, Serviços Públicos e Transporte (SPSPTrans) ao espelho d’água do bairro Açude, homônimo a como a região é conhecida.
Homens e máquinas retiram aguapés e resíduos descartados de forma irregular no local. O serviço é similar ao que está sendo executado na Lagoa do Capuan, onde as atividades iniciaram no começo do mês.
Todas essas intervenções compõem o calendário de limpezas preventivas da SPSPTrans. Com elas, a pasta visa evitar o alagamento de vias do entorno de lagoas e canais, além de reduzir o surgimento de animais peçonhentos e proporcionar a ocupação dos espaços públicos.
Só da Lagoa do Tabapuá, na entrada de Caucaia pela BR-020, a Prefeitura retirou este ano mais de 800 toneladas de resíduos. Foram dois meses e meios de operação.

Comissão visita obras da transposição do rio São Francisco no Ceará

A Comissão Especial de Acompanhamento das Obras da Transposição do Rio São Francisco da Assembleia Legislativa do Ceará, presidida pelo deputado Guilherme Landim (PDT), visita, nesta sexta-feira (14/06), as obras em Penaforte e do Cinturão das Águas, em Missão Velha. A comitiva de parlamentares se reúne com órgãos e empresas responsáveis  para coletar informações sobre o real andamento das intervenções.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Sarto (PDT), ressalta que o trabalho criterioso da Comissão Especial de Acompanhamento das Obras de Transposição do São Francisco é imprescindível. "A entrega do eixo norte já foi adiada 6 vezes, e a obra já está com 97% da execução física pronta. O nosso estado precisa dessa obra para garantir o abastecimento, não só de cidades do interior, mas também de Fortaleza e Região Metropolitana. É essa água que vai garantir o aporte do açude Castanhão, por meio do Cinturão das Águas do Ceará (CAC)”, avalia o presidente.
O deputado Guilherme Landim informa que, a partir da visita e dos relatórios do Ministério da Integração e da Secretaria de Recursos Hídricos, será finalizado um documento para que a comissão vá a Brasília “cobrar e mostrar para o Governo Federal a importância dessa obra para o Ceará e para o Nordeste”.
“O que a gente sabe é que o trecho entre Salgueiro, Penaforte e Jati está em andamento, com cerca de 800 a mil funcionários trabalhando, não no ritmo que deveria, por conta da inconstância de recebimento de recursos por parte do Governo Federal, mas a obra continua. Agora, o Cinturão das Águas, que é uma obra complementar à transposição e que é fundamental, sobretudo para a chegada das águas ao Castanhão, está completamente parada por falta de repasse federal”, comenta Guilherme Landim.
O presidente da comissão especial defende que novos recursos destinados à intervenção devem ter como prioridade a finalização do trecho norte da transposição no Ceará e o Cinturão das Águas. “Só com a transposição ainda não se resolve o problema do Castanhão, precisamos do Cinturão”, reitera.
SA/CG

AMT concentra atendimentos na sede do Novo Pabussu

Um dos principais órgãos de atendimento à população de Caucaia, a Autarquia Municipal de Trânsito (AMT) está com nova logística de funcionamento.
Todas as demandas devem ser apresentadas agora exclusivamente na sede do órgão, localizada no Novo Pabussu. A unidade tem horário de funcionamento das 8 horas às 17 horas.
De acordo com o vice-presidente da AMT, Carlos Sidney Gomes, a concentração do atendimento num só lugar tem o objetivo de “melhorar e ampliar a qualidade do serviço prestado à população.”
“As novas instalações oferecem aos usuários mais flexibilidade para eles buscarem atendimento conosco”, acrescenta Gomes.
O local disponibiliza atendimentos como: consulta à situação de veículos, consulta de pontuação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), defesa de recursos das notificações de trânsito, indicação de condutor que dirigia o veículo no momento da autuação, solicitação de fiscalização, sinalização e semáforo, além da oferta de orientações e possibilidade de registro de reclamações e sugestões.
SERVIÇO
SEDE DA AMT
ONDE: rua Joaquim Mota, nº 260, no bairro Novo Pabussu.
MAIS INFORMAÇÕES: 3342.8169.


Davi Alcolumbre diz que Parlamento está renovado, mas maduro

Ao deixar o Plenário do Congresso Nacional após a votação conjunta desta terça-feira (11), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, agradeceu a maturidade dos parlamentares. Em votação unânime, deputados e senadores haviam acabado de aprovar a autorização para o Executivo realizar operação de crédito no valor de R$ 248,9 bilhões (PLN 4/2019).
O projeto vai permitir ao governo pagar despesas como benefícios previdenciários, Bolsa Família e Plano Safra. A Constituição proíbe a realização de operações de crédito para pagamento de despesas correntes. A chamada Regra de Ouro só pode ser contornada por meio de créditos suplementares aprovados pelo Congresso. Com a aprovação do projeto, o governo fica livre para pagar as despesas.
— É um sinal claro de que há consciência por parte dos parlamentares em relação às propostas que são importantes para o Brasil. Eu novamente divido essa conquista com o Parlamento brasileiro, renovado mas maduro, consciente da sua obrigação e dos interesses do Brasil — disse o presidente ao final da sessão.
Davi Alcolumbre também afirmou que ouvirá, na quarta-feira (12), o colégio de líderes sobre a possibilidade de votação dos projetos que sustam o decreto do governo que flexibilizou o porte de armas. Os projetos estão na pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e, de acordo com o presidente do Senado, só serão colocados na pauta do Plenário se houver unanimidade entre os líderes.

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45 vagas são oferecidas hoje pelo Sine Municipal

https://www.caucaia.ce.gov.br/admin/view/noticia/img/20190612110556sine_vagas_emprego_setem.jpg 
Quarenta e cinco vagas de emprego estão disponibilizadas pelo Sine Municipal nesta quarta-feira (12/6).
As oportunidades são: costureira em geral (20), cobrador de transportes coletivos (5, para pessoas com deficiência), mecânico de máquinas pesadas (3), técnico de manutenção elétrica (2), analista de desenvolvimento de sistemas (1), auxiliar de cozinha (2, sendo uma para pessoa com deficiência) e auxiliar de limpeza (1, para pessoa com deficiência).
E mais: auxiliar operacional de logística (1), cozinheiro geral (1), desenhista projetista de máquinas (1), eletricista de instalação de veículos (1), engenheiro de manutenção elétrica (1), lubrificador de máquinas (1), mecânico de máquinas de construção civil (1), motorista de caminhão (1), operador de caixa (1), operador de empilhadeira (1) e supervisor de corte na confecção do vestuário (1).
Os interessados devem comparecer à sede da Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Setem), órgão ao qual o Sine é vinculado. Algumas oportunidades exigem experiência comprovada.
Todos os postos de emprego são destinados a quem já tem cadastro no sistema do Sine. É necessário apresentar a Carteira de Trabalho ou RG e CPF.
SERVIÇO
SINE MUNICIPAL
ONDE:
rua Coronel João Licínio, nº 517, no Centro, das 8 horas às 14 horas.

Em média, 260 carteiras de habilitação são suspensas por mês no CE

O processo para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é longo e rigoroso: exames físicos e psicológicos antecedem aulas e prova teórica sobre legislação de trânsito para, só então, o candidato acessar o veículo nas aulas e testes práticos. Um erro no caminho e pode ser necessário voltar algumas casas no tabuleiro burocrático. Apesar de todo o rigor, a imprudência dos condutores pode invalidar todo o processo: entre 2016 e o ano passado, 9.336 habilitações foram suspensas no Ceará, o que corresponde a 260 carteiras por mês. Ao todo, 2.517 condutores precisaram ser 'reciclados'.
A suspensão do direito de dirigir - ou seja, quando o condutor precisa entregar a CNH ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) pelo tempo determinado de acordo com a infração - é prevista como possível penalidade para 12 tipos de infrações gravíssimas ao Código Brasileiro de Trânsito (CTB). Além disso, a medida é aplicada em caso de acúmulo de 20 pontos na CNH no período de 12 meses.
Entretanto, a pontuação permitida pode dobrar se for aprovado no Congresso o projeto de lei do presidente Jair Bolsonaro entregue no início do mês à Câmara dos Deputados.

De acordo com o gerente do Núcleo de Prontuário de Habilitação do Detran/CE, Rodolfo Ribeiro, considerando os atuais 20 pontos de 'teto', o tempo de suspensão "varia de 6 a 12 meses", a depender da infração cometida. As principais razões que levam o motorista a perder provisoriamente o direito de dirigir, aponta, são conduzir sob efeito de álcool ou psicoativos, recusar fazer o teste do bafômetro, e pilotar motocicleta sem capacete, seja o condutor ou o "garupeiro". Todas são gravíssimas, com penalidade de multa e recolhimento da habilitação.
Reciclagem
Outro motivo também frequente, de acordo com Rodolfo, é o acúmulo de infrações pelo condutor em um ano, gerando suspensão da CNH por pontuação. "O uso constante de celular e trafegar em alta velocidade são dois dos fatores mais importantes para o acúmulo desses pontos. O número de processos de suspensão por esse motivo tem crescido muito. O aumento da fiscalização, mais agentes nas ruas e mais câmeras de monitoramento contribuem para isso", afirma.
Ao ter a carteira suspensa, o condutor precisa se deslocar ao órgão de trânsito e entregar a CNH. "A partir daí, fica liberada a realização do curso de reciclagem. Em alguns casos, o condutor é obrigado por ordem judicial, por múltiplos motivos. De todo modo, o curso é obrigatório para recuperar o documento", explica o gerente. O curso tem duração de 30 horas e aborda assuntos como legislação, meio ambiente e relações interpessoais. O processo é conduzido por autoescolas, com valor de R$ 200 a R$ 300.
Em 2016, cerca de 780 motoristas e motociclistas precisaram passar pelo processo de reciclagem, número que saltou para 831, em 2017, e 906 no ano passado, aumento de 16% no período - gerando uma média de 70 condutores por mês precisando renovar os conhecimentos sobre legislação e trânsito seguro.

Se tiver a CNH suspensa e for flagrado dirigindo, o condutor perderá definitivamente o documento, sendo necessário cumprir o tempo da suspensão e esperar mais dois anos para reiniciar todo o processo (autoescola, aulas etc.) do zero. Outros motivos para ter a habilitação cassada são reincidência em infrações que prevejam suspensão e a condenação por crime de trânsito.
O projeto de lei do Governo Federal, que prevê alterações no CTB em relação à CNH, deve reduzir o número de suspensões, mas aumentar as infrações e a insegurança viária, como avalia o professor do Departamento de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Flávio Cunto.
"O reflexo imediato vai ser a redução do número de suspensões e o aumento do numero de infrações amparadas pelo aumento da pontuação", analisa. Por outro lado, continua, suspender o direito de dirigir é apenas parte da solução dos problemas viários.
"Retirar de circulação quem não tem condição de compartilhar o trânsito é uma das medidas que ajudam, mas temos no sistema pessoas que têm a carteira suspensa e continuam dirigindo. O ideal seria diminuir o número de pontos e, além disso, elaborar processos para acompanhar de forma mais próxima e firme os que têm a carteira suspensa. Estamos indo num processo oposto, sendo mais permissivos", critica o professor.
dn

17 venezuelanos refugiados são transferidos para casa de voluntários em Caucaia

Um grupo de 17 refugiados venezuelanos, compondo quatro núcleos familiares, foram transferidos para a casa de voluntários em Caucaia. Eles estavam em um abrigo, mantido pelo município de Fortaleza, desde que foram resgatados do Centro da cidade por viverem em extrema vulnerabilidade. No total, foram identificados 29 venezuelanos nessas condições. Além de moradia, os imigrantes recebem ajuda para conseguir emprego.
A Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos humanos (SPS) acompanha o caso e monitora, por meio do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP),  com a Polícia Federal a necessidade de documentação para os refugiados. Voluntários e técnicos que falam espanhol estão ajudando na comunicação. A SPS está evitando divulgar endereços para preservar as famílias venezuelanas.
A situação dos imigrantes foi denunciada pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-CE e veiculada no dia 22 de maio deste ano. Eles viviam em quartos com péssimas condições, em duas casas, e pediam esmolas na rua para alimentação e aluguel. Os venezuelados, com presença de muitas crianças, adolescentes e mulheres grávidas, também precisavam de roupas, colchões e lençóis.
Uma equipe técnica da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS) foi ao local e tranferiu as famílias para um abrigo chamado "Casa de Convivência", no bairro Barra do Ceará. Os refugiados já estavam no abrigo na mesma noite.

dn