Antes mesmo de ter lojistas
instalados no seu primeiro e recém-construído pavilhão, a Cidade do
Atacado, em Caucaia, já tem contratos assinados e em negociação com
empresas especializadas em logística - que realizam transporte,
armazenagem e distribuição de cargas - e outras ligadas ao setor de
eólicas dos Estados Unidos e da China, além de outros estados
brasileiros e da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
O interesse destes empresários, segundo contou o
gerente regional da empresa contratada para comercializar os espaços do
empreendimento (a Colliers), Antônio Americano, é ter uma base para
reencaminharem as cargas transportadas por eles aos destinos finais.
Setor eólico
"Neste caso,
temos tido negociações com empresas da Região Metropolitana de Fortaleza
- estas mais voltadas para transporte e logística - e redes varejistas,
de supermercados; de móveis; de utensílios domésticos, distribuidores
de auto-peças; e material de construção", detalhou. Ele ainda informou
que os demais interessados deste ramo têm sede em São Paulo, Pernambuco e
Bahia. Já para as empresas ligadas ao setor eólico, caso dos chineses e
norte-americanos, o diretor revelou o interesse de usar áreas
exclusivamente para armazenar os equipamentos usados na montagem de
parques eólicos no Ceará.
"Eles fabricam em Itu e trazem para cá, via
Porto do Mucuripe. Daí, pediram uma área de 40 mil metros quadrados para
estocar as peças até levarem para a montagem", contou.
Infraestrutura adaptável
Para
atender as necessidades de cada um dos clientes em negociação,
Americano destacou a mobilidade da Cidade do Atacado e garantiu que "em
30 dias dá para aprontar uma área".
Apesar de possuir características padrões, que
satisfazem a maioria das empresas, como a capacidade de seis toneladas
por metro quadrado e até seis docas por módulo, a possibilidade de
atender às exigências também é fácil de resolver. "Como o galpão é
padronizado, com módulos de 39,7 mil m², cada, e chamado de classe A, a
gente só acerta os detalhes", afirmou.
As chamadas "indústrias de baixo impacto ou
não-poluentes" também devem ter espaço interno de 1,4 milhão de metros
quadrados, no empreendimento, que se propõe a ser um dos maiores centros
de comércio atacadista da América Latina.
Para este setor, o diretor da Colliders citou
contatos como uma indústria de cosméticos, que exigiu um espaço para
manusear os produtos que chegam na Cidade do Atacado. Diferente das
empresas de logística, ele observou da exigência de licenças ambientais
específicas para permitir a instalação do negócio.
Concorrência regional
Americano
ainda contou que apenas Pernambuco possui empreendimentos semelhantes à
Cidade do Atacado, o que, apesar da proximidade, dá ao Ceará uma
vantagem no que diz respeito à distribuição para estados do Norte, além
do estados nordestinos mais próximos.
Ele chegou a ressaltar a carência na Bahia de
centros de distribuição nos moldes do empreendimento comercializado pela
Collider, no Ceará, como uma grande fonte de oportunidades naquele
estado.
"Aqui, nós teremos um centro do mesmo nível
encontrado em São Paulo e no Rio de Janeiro, com infraestrutura para
alimentação, higiene e segurança funcionando 24 horas", ressalta.
Fonte: Diário do Nordeste