Na noite de 29/01/89 uma tempestade derrubou um
dos dois coqueiros da frente da igreja. O que restou (que se vê na foto)
, foi retirado pelos funcionários da prefeitura de Cotia no dia
01/02/89, na reurbanização do centro da Matriz.Depoimentos de famílias
antigas, dão conta que já existia na região um bairro que era mais
antigo que o centro de Caucaia, o Bairro dos Nunes. Segundo depoimento
de Luís Dias de Oliveira lá existia uma capela sob a invocação de São
João. Dulce Pires Justo diz que a primeira capela de Caucaia, do final
do século XVIII era no Jardim São Luís e foi construída pelos escravos,
sob a invocação de São Pedro e São Paulo, nas terras de sua bisavó,
Gertrudes Maria de Camargo. A capela era de taipa e pedra, tinha um baú
de folha, contendo as vestes do padre, e uma vez por ano acontecia uma
missa ali. Outra descendente de Gertrudes, Rosana Donizzetti Arruda da
Silva, complementa dizendo que tal capela existiu até o séc XX, e que
antigamente tinha também: um cálice e aparador de ouro, um colar de ouro
trançado (vindo de Portugal) que dava três voltas no pescoço da imagem
de Nossa Sehora, mais dois sinos de bronze.
Com a chegada do prof. Rodolfo ao lugarejo em 1894, houve um fato novo: ele achou que o lugar deveria ter uma igreja para o povo frequentar. Foi falar com Luciano Nunes (do bairro dos Nunes) para ceder um pedaço de terra para construir lá. Mas ambos concordaram que não ia dar, pois a vertente de água era pequena (naquela época não se usava poço, e sim águas de nascente). Prof. Rodolfo então procurou João Pires Camargo (onde tinha a capela da Nha Quina, feita pelos escravos), mas esse não quis aceitar fazer lá, porque teria muita gente e sujaria a água. Parecia que ninguém queria arrumar terreno, por medo que Caucaia mudasse. Por fim, Rodolfo foi con-versar com Ana Pereira Godinho (tia Ninha), que concordou em doar para Nossa Senhora o terreno onde hoje se encontra a Igreja Matriz. O terreno abrangia bem mais que os limites atuais da igreja. Era um pasto. Foi colocada uma cruz pequena de madeira no local. O pro-fessor fazia uma reza por mês na cruz (e trazia emprestada a imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da capela de Nhá Quina), pedindo donativos para construir a igreja : frangos, leitão,etc. Quando juntou 1 conto de réis, contratou uma família (segundo consta para Luís Dias de Oliveira, a Celestino - que não tem nada a ver com a de Roque Celestino Pires; já para João Godoy foi Chico Rodrigues de Albuquerque) para fazer a igreja de pau-a-pique, mão de barro. A largura dela era a mesma da atual Matriz, mas o comprimento era menor, chegava até o altar mor central. Aí deu um pé de vento e levou a capela. Prof Rodolfo contratou então o Joaquim Jeca para construir a igreja, por um conto de réis, também de pau a pique, que seriam pagos com um pedaço de terra do lado da igreja. Joaquim Jeca construiu de pau-a-pique, mas com pilares; naquele tempo se construía de abril a junho, quando não se trabalhava tão in-tensivamente na lavoura e eram meses mais secos. Trabalharam na construção da igreja com Joaquim Jeca: B.P. Oliveira Nunes, Juca Silva Nunes, Chico Silva Nunes. O sr. Chiquinho, que morava no bairro da Cachoeira, puxava madeira com carro de boi. Madeiras do mato aparelhadas no machado constituíam o telhado, que foi escorado quando da grande reforma de 1913, e só foi substituído na reforma de telhado da Matriz em 1999. Não se sabe exatamente quando foi construída, mas essa igrejinha resistiu até a visita do Pe. Júlio em 1913.Além dos paramentos e alfaias comprados e reformados, foi feita uma completa reforma na igreja, que foi aumentada. A reforma da igreja transformou as paredes de pau-a-pique em paredes de tijolos. As pessoas que vieram trabalhar na reforma eram de SP porque não tinham pessoas para aquele trabalho em Caucaia; o primeiro forro continuou porque foi escorado. Em 4/12/1913 a obra já estava pronta quando foi dada novamente a provisão quinquenal.
Foto da igreja na déc. de 50, antes da construção da torre para os sinos. Note que eles ainda estão posicionados fora da igrejaEm 21 de outubro de 1928 foi inaugurada a parte nova da capela de Caucaia, com a incorporação de duas salas ao lado do altar e a troca do altar de tábua por um novo em mármore.
Mais ou menos em 1935 a Irmandade resolveu colocar forro no telhado da igreja. Roque Celestino Pires fez e envernizou os bancos para a Igreja Matriz (que foram trocados em 1975 e são utilizados em algumas capelas vizinhas até hoje). Por volta da década de 40 Emílio Guerra doou os ladrilhos.
No dia 31 de janeiro de 1943 o Pe. Joaquim Medeiros veio à Caucaia participar de uma reunião extraordinária da Irmandade que foi criada para zelar pela capela. Foram reformados os estatutos da Irmandade e o padre recebeu a quantia de cem cruzeiros para adquirir uma pia batismal para a capela (a pia foi feita pelo Nassim Nachuz, que fez a pia de Caucaia com a mesma forma que usou para fazer aquela da capela do Morro Grande em Cotia). A de Caucaia era mais simples e foi colocada na sala do lado esquerdo da entrada da igreja.
Padre Miguel Arcanjo substituiu pe Joaquim Medeiros. Não se sabe exatamente quando foi construído o extinto coreto que existia na frente da igreja, mas sabe-se que foi pelos moradores e pela comitiva da banda de Caucaia, com a colaboração da prefeitura.
Imaculada ConceiçãoAs torres para os sinos da Igreja Matriz e o segundo coreto (o primeiro era de madeira feito na parede) dentro da igreja foram construídos entre 1961 /63 por Benedito Lopes. No início dos tempos da igrejinha, os sinos eram colocados fora da igreja, em dois pilares de madeira. Depois foram colocados em uma casinha de tijolos no interior da capela, até as torres serem construídas. O sino grande foi doado pelo sr. José Menino, morador da Água Espraiada, que também doou uma imagem (como veremos a seguir).
As imagens de devoção
A imagem de Nossa Senhora que está no altar foi doada pelo Pe. José Seixa. Anteriormente havia uma doada pelo prof. Rodolfo Rodrigues. Havia também uma imagem de Nossa Senhora do Carmo, doada pelo José Nunes de Oliveira.
A imagem de São Benedito doi doada como pagamento de promessa de João Godois.
A pequena imagem de São José foi doada por José Menino. Já a grande, que está no altar, foi o São José doado por Fernando Pires.
Com a chegada do prof. Rodolfo ao lugarejo em 1894, houve um fato novo: ele achou que o lugar deveria ter uma igreja para o povo frequentar. Foi falar com Luciano Nunes (do bairro dos Nunes) para ceder um pedaço de terra para construir lá. Mas ambos concordaram que não ia dar, pois a vertente de água era pequena (naquela época não se usava poço, e sim águas de nascente). Prof. Rodolfo então procurou João Pires Camargo (onde tinha a capela da Nha Quina, feita pelos escravos), mas esse não quis aceitar fazer lá, porque teria muita gente e sujaria a água. Parecia que ninguém queria arrumar terreno, por medo que Caucaia mudasse. Por fim, Rodolfo foi con-versar com Ana Pereira Godinho (tia Ninha), que concordou em doar para Nossa Senhora o terreno onde hoje se encontra a Igreja Matriz. O terreno abrangia bem mais que os limites atuais da igreja. Era um pasto. Foi colocada uma cruz pequena de madeira no local. O pro-fessor fazia uma reza por mês na cruz (e trazia emprestada a imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da capela de Nhá Quina), pedindo donativos para construir a igreja : frangos, leitão,etc. Quando juntou 1 conto de réis, contratou uma família (segundo consta para Luís Dias de Oliveira, a Celestino - que não tem nada a ver com a de Roque Celestino Pires; já para João Godoy foi Chico Rodrigues de Albuquerque) para fazer a igreja de pau-a-pique, mão de barro. A largura dela era a mesma da atual Matriz, mas o comprimento era menor, chegava até o altar mor central. Aí deu um pé de vento e levou a capela. Prof Rodolfo contratou então o Joaquim Jeca para construir a igreja, por um conto de réis, também de pau a pique, que seriam pagos com um pedaço de terra do lado da igreja. Joaquim Jeca construiu de pau-a-pique, mas com pilares; naquele tempo se construía de abril a junho, quando não se trabalhava tão in-tensivamente na lavoura e eram meses mais secos. Trabalharam na construção da igreja com Joaquim Jeca: B.P. Oliveira Nunes, Juca Silva Nunes, Chico Silva Nunes. O sr. Chiquinho, que morava no bairro da Cachoeira, puxava madeira com carro de boi. Madeiras do mato aparelhadas no machado constituíam o telhado, que foi escorado quando da grande reforma de 1913, e só foi substituído na reforma de telhado da Matriz em 1999. Não se sabe exatamente quando foi construída, mas essa igrejinha resistiu até a visita do Pe. Júlio em 1913.Além dos paramentos e alfaias comprados e reformados, foi feita uma completa reforma na igreja, que foi aumentada. A reforma da igreja transformou as paredes de pau-a-pique em paredes de tijolos. As pessoas que vieram trabalhar na reforma eram de SP porque não tinham pessoas para aquele trabalho em Caucaia; o primeiro forro continuou porque foi escorado. Em 4/12/1913 a obra já estava pronta quando foi dada novamente a provisão quinquenal.
Foto da igreja na déc. de 50, antes da construção da torre para os sinos. Note que eles ainda estão posicionados fora da igrejaEm 21 de outubro de 1928 foi inaugurada a parte nova da capela de Caucaia, com a incorporação de duas salas ao lado do altar e a troca do altar de tábua por um novo em mármore.
Mais ou menos em 1935 a Irmandade resolveu colocar forro no telhado da igreja. Roque Celestino Pires fez e envernizou os bancos para a Igreja Matriz (que foram trocados em 1975 e são utilizados em algumas capelas vizinhas até hoje). Por volta da década de 40 Emílio Guerra doou os ladrilhos.
No dia 31 de janeiro de 1943 o Pe. Joaquim Medeiros veio à Caucaia participar de uma reunião extraordinária da Irmandade que foi criada para zelar pela capela. Foram reformados os estatutos da Irmandade e o padre recebeu a quantia de cem cruzeiros para adquirir uma pia batismal para a capela (a pia foi feita pelo Nassim Nachuz, que fez a pia de Caucaia com a mesma forma que usou para fazer aquela da capela do Morro Grande em Cotia). A de Caucaia era mais simples e foi colocada na sala do lado esquerdo da entrada da igreja.
Padre Miguel Arcanjo substituiu pe Joaquim Medeiros. Não se sabe exatamente quando foi construído o extinto coreto que existia na frente da igreja, mas sabe-se que foi pelos moradores e pela comitiva da banda de Caucaia, com a colaboração da prefeitura.
Imaculada ConceiçãoAs torres para os sinos da Igreja Matriz e o segundo coreto (o primeiro era de madeira feito na parede) dentro da igreja foram construídos entre 1961 /63 por Benedito Lopes. No início dos tempos da igrejinha, os sinos eram colocados fora da igreja, em dois pilares de madeira. Depois foram colocados em uma casinha de tijolos no interior da capela, até as torres serem construídas. O sino grande foi doado pelo sr. José Menino, morador da Água Espraiada, que também doou uma imagem (como veremos a seguir).
As imagens de devoção
A imagem de Nossa Senhora que está no altar foi doada pelo Pe. José Seixa. Anteriormente havia uma doada pelo prof. Rodolfo Rodrigues. Havia também uma imagem de Nossa Senhora do Carmo, doada pelo José Nunes de Oliveira.
A imagem de São Benedito doi doada como pagamento de promessa de João Godois.
A pequena imagem de São José foi doada por José Menino. Já a grande, que está no altar, foi o São José doado por Fernando Pires.
Fonte: http://www.cotianet.com.br/caucaia/igreja.htm