Mais frequentes em tempo de estiagem, falta de água e instabilidade no abastecimento podem ser amenizadas
O crescimento da população aliado ao forte período de estiagem além de ampliar a demanda por consumo também causa transtornos aos fortalezenses. Um desses exemplos é a falta de água mais recorrente ou a instabilidade da pressão nos bairros chamados pela Cagece de "ponta de rede", onde ficam as famílias mais carentes de Fortaleza.
A baixa produção agropecuária neste ano também mexe com o bolso do cidadão da Capital cearense FOTO: reprodução
Sobre o reflexo do aumento do consumo na Cidade, o gerente de Controle de Perdas e Eficiência Energética da Cagece, Luís Celso Pinto, diz que a companhia já tem um projeto, no valor de R$ 200 milhões, para amenizar esse efeito, que se intensifica com a seca. "Nós estamos procurando parceiros (instituições financeiras) para por em prática a implantação de seis Distritos de Monitoramento e Controle (DMCs)", diz.
Apoio
De acordo com o gerente da Cagece, esses DMCs funcionariam como sub-setores de apoio as quatro unidades já existentes. "Isso já funciona em alguns projetos pilotos. Mas, no caso de Fortaleza, integrando toda a rede de uma cidade, seria a primeira vez". Luís Celso sinaliza que as vantagens seriam inúmeras a partir do momento dessa remodelagem. "Além de eliminar esse problema da ponta de rede, que fica prejudicada por conta da demanda no trajeto da água, haveria um maior controle da rede, ampliando a eficiência do sistema de abastecimento como identificar mais facilmente vazamentos e ligações clandestinas, por exemplo", explica.
O representante da Cagece ainda cita a construção da Estação de Tratamento de Água Oeste (Eta Oeste), que será mais um instrumento de ampliação de oferta para a população daquela área de Fortaleza e do Município de Caucaia. "A região vai ganhar em torno de 50% o poder de tratamento de água. É uma obra isolada, que está prevista para o começo do ano que vem", acrescenta. Segundo a Cagece, o investimento total da obra é de R$ 158 milhões.
Dor de cabeça
O residencial Morada José Didímo, no Benfica, é mais um exemplo de como a seca está impactando diretamente em condomínios de Fortaleza.
Segundo a síndica Nilda Fidélis, além do investimento extra para aumentar a tubulação do poço artesanal utilizado para alimentar a piscina do prédio e nos serviços de limpeza das áreas comuns, o valor da conta de água está ficando insustentável. "Ao fazer a manutenção semestral no nosso poço, o bombeiro percebeu que havia diminuído o volume da água. Para que a bomba submersa ficasse no nível necessário para captar a água, foi preciso utilizar mais canos para descer até o fundo do poço. Segundo ele, isso está ocorrendo em vários residenciais da cidade onde também faz manutenção de poços", explica.
Em relação à fatura mensal da Cagece, a síndica diz que o valor subiu quase 40% nos últimos quatro meses. "Nossa conta passou da faixa de R$ 1.800,00 para R$ 2.200,00, depois para R$ 2.300,00 e agora, na conta que vencerá dia próximo dia 2 de outubro, vamos pagar R$ 2.518,00. E deve continuar aumentando", estima. A preocupação, afirma, já foi levada à reunião de condomínio. Na ocasião foi ventilada a hipótese de racionamento d´água e o aumento da taxa condominial, dos atuais R$ 320,00 para R$ 350,00. Para tentar evitar o aumento, ela pediu na reunião a ajuda de todos os moradores, regrando o consumo de água em seus próprios apartamentos.
O crescimento da população aliado ao forte período de estiagem além de ampliar a demanda por consumo também causa transtornos aos fortalezenses. Um desses exemplos é a falta de água mais recorrente ou a instabilidade da pressão nos bairros chamados pela Cagece de "ponta de rede", onde ficam as famílias mais carentes de Fortaleza.
A baixa produção agropecuária neste ano também mexe com o bolso do cidadão da Capital cearense FOTO: reprodução
Sobre o reflexo do aumento do consumo na Cidade, o gerente de Controle de Perdas e Eficiência Energética da Cagece, Luís Celso Pinto, diz que a companhia já tem um projeto, no valor de R$ 200 milhões, para amenizar esse efeito, que se intensifica com a seca. "Nós estamos procurando parceiros (instituições financeiras) para por em prática a implantação de seis Distritos de Monitoramento e Controle (DMCs)", diz.
Apoio
De acordo com o gerente da Cagece, esses DMCs funcionariam como sub-setores de apoio as quatro unidades já existentes. "Isso já funciona em alguns projetos pilotos. Mas, no caso de Fortaleza, integrando toda a rede de uma cidade, seria a primeira vez". Luís Celso sinaliza que as vantagens seriam inúmeras a partir do momento dessa remodelagem. "Além de eliminar esse problema da ponta de rede, que fica prejudicada por conta da demanda no trajeto da água, haveria um maior controle da rede, ampliando a eficiência do sistema de abastecimento como identificar mais facilmente vazamentos e ligações clandestinas, por exemplo", explica.
O representante da Cagece ainda cita a construção da Estação de Tratamento de Água Oeste (Eta Oeste), que será mais um instrumento de ampliação de oferta para a população daquela área de Fortaleza e do Município de Caucaia. "A região vai ganhar em torno de 50% o poder de tratamento de água. É uma obra isolada, que está prevista para o começo do ano que vem", acrescenta. Segundo a Cagece, o investimento total da obra é de R$ 158 milhões.
Dor de cabeça
O residencial Morada José Didímo, no Benfica, é mais um exemplo de como a seca está impactando diretamente em condomínios de Fortaleza.
Segundo a síndica Nilda Fidélis, além do investimento extra para aumentar a tubulação do poço artesanal utilizado para alimentar a piscina do prédio e nos serviços de limpeza das áreas comuns, o valor da conta de água está ficando insustentável. "Ao fazer a manutenção semestral no nosso poço, o bombeiro percebeu que havia diminuído o volume da água. Para que a bomba submersa ficasse no nível necessário para captar a água, foi preciso utilizar mais canos para descer até o fundo do poço. Segundo ele, isso está ocorrendo em vários residenciais da cidade onde também faz manutenção de poços", explica.
Em relação à fatura mensal da Cagece, a síndica diz que o valor subiu quase 40% nos últimos quatro meses. "Nossa conta passou da faixa de R$ 1.800,00 para R$ 2.200,00, depois para R$ 2.300,00 e agora, na conta que vencerá dia próximo dia 2 de outubro, vamos pagar R$ 2.518,00. E deve continuar aumentando", estima. A preocupação, afirma, já foi levada à reunião de condomínio. Na ocasião foi ventilada a hipótese de racionamento d´água e o aumento da taxa condominial, dos atuais R$ 320,00 para R$ 350,00. Para tentar evitar o aumento, ela pediu na reunião a ajuda de todos os moradores, regrando o consumo de água em seus próprios apartamentos.
dn