Moradores de pelo menos 40 bairros da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) reclamam de atraso de correspondências, de acordo com levantamento feito junto a leitoresDiário do Nordeste, na página oficial do jornal no Facebook. Segundo a assessoria de comunicação dos Correios e do Sindicato dos Trabalhadores em Correios, Telégrafos e Similares do Estado do Ceará (Sintect-CE), os atrasos nas entregas são em decorrência dagreve da categoria, que teve início há duas semanas.
Conforme a assessoria de comunicação dos Correios, as agências estão funcionando com cerca de 91% do efetivo total da empresa trabalhando e com o serviço de distribuição sendo realizado normalmente. No entanto, os 9% de funcionários em greve vem gerando impacto sobre os serviços.
De acordo com depoimentos dos leitores, estão com problema de recebimentos os bairros: Messejana, Henrique Jorge, Mondubim, Parangaba, Cidade dos Funcionários, Aldeota, Messejana, Siqueira, Cidade 2000, Granja Lisboa, Cajazeiras, Castelão, Quintino Cunha, Maraponga, Antônio Bezerra, Jóquei Clube, Benfica, Barroso, Mucuripe, Passaré, Damas, Vicente Pinzón, Fátima, Álvaro Weyne, Praia do Futuro, Parque Potira, Joaquim Távora, Dionísio Torres, Vila Velha, entre outros citados.
Segundo o leitor Paulo César, o problema tem impactado no pagamento de contas. "As faturas vencem e nada de chegar no prazo!", reclama. Já para Paulo Beserra, além da greve, a questão da segurança pública pode estar influenciando a falta de entrega das cartas. "O problema não está nos Correios e sim no meio de transporte para o carteiro chegar e de um segurança para acompanhá-lo na rota", relata. Já para Daniel Guimarães, a falha é recorrente e não pontual. "Moro em Messejana, aqui tem uma vantagem, nunca percebemos quando os correios estão de greve, aqui a correspondência sempre chega com uma semana de atraso", ironiza.
Plano pretende minimizar os efeitos da greve
A empresa vem pondo em prática um plano de continuidade dos negócios para a realização de horas extras, deslocamento de empregados entre unidades e trabalhos aos finais de semana para minimizar os efeitos da paralisação parcial greve. Além disso, os Correios entraram com ação cautelar preparatória juntamente ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) solicitando a suspensão da paralisação. A empresa aguarda a data do julgamento.
Procurado pela reportagem, o Sintect-CE afirma que a greve continua e que o movimento está crescendo em nível nacional. Segundo a assessoria do Sindicato, os números de trabalhadores efetivos divulgados pelo Correios não condizem com a atual situação. A Sintect-CE informou, ainda, que amanhã haverá uma reunião com o TST, onde a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) apresentará defesa.
dn