sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Recado do Leitor

piresJan 19, 2012 08:50 AM
quero receber mais noticias de CAPUAN

piresJan 19, 2012 08:55 AM
ja morei em CAPUAN,hoje moro em Portugal,e tenho tres filhos de descendência tapéba

População indígena no Ceará tem 22 mil índios que ainda lutam por território

A população indígena do Ceará é composta por cerca de 22 mil índios divididos em 14 etnias. Atualmente, a luta deste nativos do Brasil é a regularização do seu território de direito em todo o País. Apesar disso, representantes da Fundação Nacional do  Índio no Ceará (Funai/CE) apontam melhoria na saúde e educação das tribos no Estado.

De acordo com o assistente técnico da Coordenação Regional da Funai e coordenador da Organização dos Professores Indígenas do Ceará, Weibe Tapeba, os índios enfrentam uma “batalha” por suas terras, que são tomadas para construção de grandes empreendimentos.

"A maior parte dos povos indígenas do nosso Estado ainda não conseguiu efetivar o direito do acesso e posse aos territórios indígenas. São objetos de especulação imobiliária de interesse de grandes empreendimentos, desde complexo hoteleiro a campo de golfe, até empreendimentos do próprio governo brasileiro, através da passagem de linhas de transmissões, gasoduto, ferrovias, rodovias estaduais e federais, então as terras indígenas hoje são muito impactadas por conta desses empreendimentos", relata.

Educação e Saúde
Weibe Tapeba, que é representante da etnia Tapeba, afirma que a educação e saúde da população indígena tem sofrido avanços nos últimos anos. Segundo ele,  42 escolas fazem parte da rede de ensino estadual destinada aos povos indígenas, destas, 12 somente para os tapebas. "Antes as aulas eram ministradas embaixo de árvores, dentro de galpões, hoje conquistamos nosso espaço. São 350 professores indígenas que ministram aulas", diz. 

Um das professoras da Escola Indígena Tapeba, Leidiane Tapeba, explica como funciona o processo ensino na instituição. "Nós ensinamos o mesmo conteúdo das escolas convencionais, mas focamos principalmente na cultura do nosso povo. Trabalhamos a disciplina de cultura indígena, medicina e oralidade".

Já em relação à Saúde, os representantes da tribo Tapeba dizem que a medicina convencional ainda é utilizada sob o domínio dos mais velhos da etnia e repassada para os filhos. "Além do uso da medicina tradicional - ervas, raízes, leite, animais - temos acesso ao posto de saúde", relata o assistente técnico da Funai.

Língua
O representante da Articulação dos Povos Indígenas, Dourado Tapeba, afirma que a língua original das tribos é o tupi-guarani, mas lembra o processo de discriminação sofrido pelos índios desde a época da colonização. "Os índios não foram extintos, nós estamos aqui para contar a história. Fomos vítimas de etnocídio, tivemos a morte da nossa própria língua", desabafa.

Ainda sobre o resgate da língua, Dourado aponta as medidas que estão sendo tomadas para que não haja perda total do tupi-guarani. "A gente está tentando resgatar essa língua através de alguns professores que já tem formação no tupi -guarani. Inclusive tem um professor da paraíba que já está discutindo  isso com os professores da UFC e já é um bom avanço nessa questão da recuperação da nossa língua", conta.
Etnias
Somente no Ceará há 14 etnias, são elas: Tapeba, Tremembé, Pitaguary, Jenipapo - Kanindé, Kanindé, Potiguara, Tabajara, Kalabaça, Kariri, Anacê, Gavião, Tubiba  Tapuia, Tapuba Kariri, de acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai). 

Blitz da Cidadania denuncia falta de preparo dos policiais

Hoje é o dia Nacional do Fusca!

A história de um aniversário

Há 400 anos, o militar português Martim Soares Moreno incorporava o mito de herói fundador do Ceará
Hoje o Ceará completa quatro séculos de história "oficial" - escrita, datada e registrada segundo uma concepção histórica eurocentrista. A efeméride relaciona-se à atuação dos primeiros exploradores lusos na região, permeada sobretudo por conflitos com as populações indígenas aqui já estabelecidas. Mais especificamente, revela a data de aniversário de 400 anos de construção do Forte de São Sebastião, erguido pelo militar português Martim Soares Moreno e finalizado em 20 de janeiro de 1612, na área onde hoje se localiza a Barra do Ceará.

A prática de estabelecer episódios como "marcos", como pontos-chaves da trajetória de determinados objetos, permanece inevitável mesmo sob a égide dos novos paradigmas dos estudos históricos - fundamentados em olhares mais amplos e integrados, em detrimento das abordagens tradicionais orientadas especialmente pela eleição de datas, fatos e personagens.

No caso do Forte, trata-se de um "marco" que evoca a figura de Moreno, imortalizado como espécie de "fundador" do Ceará. Tal construção simbólica foi viabilizada, por exemplo, por obras como "Iracema" (1865), do escritor José de Alencar, na qual o português faz par com a famosa "virgem dos lábios de mel". A união representaria a "conciliação" entre o nativo e o europeu colonizador e, em última análise, a própria formação do povo brasileiro.

O Forte foi erguido por Moreno durante expedição para garantir em definitivo o processo de colonização do território cearense, por parte da Coroa Lusa. Antes, o militar já havia participado da expedição do também português Pero Coelho, primeiro explorador a empreender tentativa de ocupação do Siará Grande (região correspondente às capitanias do Rio Grande, Ceará e Maranhão).

"De acordo com Barão de Studart, Pero teria nomeado a terra de Nova Luzitânia, e de Nova Lisboa a povoação que fundou, nas margens do Rio Ceará. Esse estabelecimento teria ocorrido em 1604, quando Pero voltava da Serra da Ibiapaba, depois dos conflitos com índios e franceses e da tentativa de alguns dos seus subordinados de assassiná-lo", explica Mário Martins Júnior, professor assistente na UFC, cotutor do Programa de Educação Tutorial (PET-História) e doutorando da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A empreitada de Coelho, na verdade, fazia parte de uma operação maior, chamada Jornada do Maranhão, cujo objetivo era retomar as terras daquela capitania, então dominadas pelos franceses. Na ocasião, Coelho fundou aqui o Forte de São Tiago, no mesmo local do sucessor São Sebastião. "De fato, no final do XVII, os franceses estavam aliançados com índios da Ibiapaba e além, nas terras do Maranhão. São justamente esses franceses que a Jornada de Pero combaterá", ressalta Martins.

Segundo o professor, seu trabalho segue uma linha de estudo que tenta perceber o Siará como um ponto dentro de uma rede bem mais ampla, multicontinental, a do Império Luso no início do século XVII, "cujo contexto de desenvolvimento era o de disputas marítimas, de conflitos em alto-mar, da ação de corsários, entre outros", observa Martins.

"As terras do norte eram fundamentais nesse empreendimento de domínio, de disputa de poder. Conquistar, ocupar e colonizar efetivamente essas áreas era uma tarefa árdua para a Coroa e alguns homens daqui percebiam com bastante alerta essa questão", esclarece. Em sua tese, o professor investiga também as ações de Pero Coelho no processo de conquista do Siará Grande. Segundo ele, Pero foi o primeiro Capitão-mor, mas acabou sendo rechaçado pela Coroa por suas ações de combate e de escravização dos índios com os quais teve contato na Ibiapaba. "A Coroa lusitana assumiu posturas diferentes nos diversos contextos de colonização. Até a primeira metade do século XVII observo uma política mais amistosa com os índios, que poderia significar colonização mais rápido. Na dificuldade de enviar colonos para estas terras, de acordo com Joaquim Veríssimo, aldeamentos poderiam representar uma forma profícua de colonização sem grandes custos", pontua Mário Martins.

Segundo o professor, essa foi uma política posta em prática por vários Governadores Gerais, como Francisco de Sousa, Diogo Botelho e Diogo de Meneses. "Claro que havia a possibilidade de escravizar os índios pela chamada ´guerra justa´, mas a legislação era dúbia e os governadores tinham interesse em frear os desmandos dos capitães", explica.

Imagem
"No caso de Pero, Botelho mandou aldear os índios e suspender e venda dos mesmos até que tudo fosse averiguado. Foi aberta uma devassa contra Pero e ele foi inocentado pelos principais homens que exerciam cargos administrativos no Brasil. Contudo, Botelho recorreu ao próprio Rei e conseguiu com que Pero saísse derrotado na questão. Os índios foram encaminhados à Ibiapaba sob os cuidados dos padres Francisco Pinto e Luís Figueira", complementa o professor.

Moreno, por outro lado, conseguiu sustentar o prestígio e a imagem. "Ambos foram ovacionados inicialmente. Para que Pero pudesse partir em sua Jornada, ele solicitou autorização do Governador Geral, que, em reunião com alguns dos homens mais importantes do Reino, decidiu nomeá-lo Capitão-mor da Jornada e do Siará. A ele foram concedidos direitos e deveres para que conduzisse a empreitada, mas somente porque correspondia às idealizações projetadas pelos outros homens", adverte Martins.

"Tal processo foi semelhante em Martim Soares Moreno, também agraciado com a patente de Capitão-mor do Siará. Contudo, conseguiu sustentar essa imagem projetada sobre ele, enquanto Pero não. As ações de Martim, pelo o que ele mesmo deixou escrito, estariam subordinadas aos interesses da Coroa, enquanto Pero, conforme aponta Botelho, teria agido por interesse próprio", conclui o pesquisador.

Assim, por essa razão, bem como pelas possíveis desavenças de Pero com o Governador Geral, sua imagem idealizada de colonizador e desbravador acabou minguando.

FIQUE POR DENTRO
Para além de fatos e datas
Segundo Mário Martins, a construção de um olhar mais amplo, mais integrado, dentro dos estudos históricos é algo recente no campo da História do Ceará. "Trabalhos como os de Rafael Ricarte da Silva, Gabriel Parente Nogueira e Almir Leal de Oliveira, por exemplo, foram escritos recentemente nessa perspectiva e estão publicados no livro ´Ceará: economia, política e sociedade - Séculos XVII e XVIII´, de nossa organização", explica.

Nesse sentido, o professor aponta ainda o livro de José Eudes Gomes (As milícias d´El Rey), que caracteriza como emblemático para a compreensão do Estado do Ceará. Fora do Estado, porém, o pesquisador esclarece que a situação é diferente.

"Trabalhos publicados por estudiosos do Rio de Janeiro, em oposição a uma historiografia paulista, tentam abordar essa perspectiva, juntamente com historiadores portugueses, há mais de uma década. Penso que o principal desafio é sair dessa posição tradicional de oposição de Metrópole versus Colônia e com isso perceber de forma mais profícua as ligações existentes dentro do Império. Meu desafio é pensar isso em termos de gênero, de constituição de masculinidades. Pero Coelho e Martim Soarem são dois expoentes em minha pesquisa", esclarece o historiador.

Especificamente sobre o período de colonização do Ceará, Martins aponta um problema concernente à escrita da história (historiografia), isto é, uma ausência de interpretação histórica sobre esse período.

"Geralmente o que observamos é um arrolar de fatos e datas, e uma disputa para saber aquela que seria a mais correta, com pouco ou nenhuma interpretação mais detida", critica o pesquisador. "O ofício do historiador não consiste em simples acúmulo de informações. É necessário perceber suas ligações, interpretá-las, desvelar seus significados, entre outros aspectos", adverte.

Detran realiza leilão de veículos e sucatas

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) realizará no próximo sábado (21), a partir das 10 horas, um leilão de automóveis, motos e sucatas. Ao todo são 387 lotes, dos quais 236 de motocicletas, 51 de veículos e o restante de sucatas de veículos, motocicletas e reboques, além de cinco pirâmides de pneus de e motores de mobilete. O leilão acontecerá no pátio da
Montenegro Leilões, no bairro Dias Macedo.
De acordo com o Detran, lote com o valor inicial de lance mais caro é o referente a um Volswagem Polo Sedan 1.6, ano 2007-2008, no valor de R$ 7.200,00. Já o lote de motos com o valor inicial mais alto é de uma Yamaha XTZ 125, 2010-2010, R$ 2.200,00.
Os lotes de sucatas de motos variam de R$ R$ 250,00 (cinco unidades) a R$ 2.000,00 (quatro unidades). E sucatas de veículos têm o preço inicial de lance variando entre R$ 4.100,00 (quatro unidades) e R$ 4.700,00 (três unidades).
O leilão é feito baseado no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que estabelece, em seu Art. 328, a realização de leilão do veículo, cujo proprietário não resgatá-lo após três meses da sua apreensão pela fiscalização (por trafegar irregularmente na via pública). Os recursos arrecadados no evento cobrirão o valor das multas e taxas não pagas. O que sobrar será depositado na conta do antigo proprietário. Caso o valor do leilão não cubra a quantia das multas e taxas, o nome do antigo proprietário constará na relação da dívida ativa do Detran, conforme estabelece a legislação.

Serviço

Leilão de automóveis, motos e sucatas - Detran
Data: 21/01
Horário: 10 horas
Local: Pátio da Montenegro Leilões - Rua Ademar Paula ,1000, Esplanada do Castelão - Dias Macedo

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Pensão por morte pode ser restrita

O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, afirmou ontem que o governo deve enviar ainda neste ano ao Congresso o projeto que prevê mudanças no regime de pensões do INSS, restringindo o acesso ou tempo de concessão do benefício. Pela regra atual, os dependentes do trabalhador têm direito à pensão enquanto ele mantiver a qualidade de segurado --ou seja, enquanto estiver contribuindo para o INSS e por até três anos após a suspensão dos pagamentos, ou enquanto estiver recebendo algum benefício previdenciário.

Déficit da Previdência

A Previdência Social fechou 2011 com o melhor resultado nas contas desde 2002. O déficit foi de R$ 36,5 bilhões, 22,3% inferior, em termos reais (descontada a inflação), ao déficit de R$ 47 bilhões em 2010

Programa para tratar dependentes químicos em Caucaia começa na próxima sexta

O programa para tratar dependentes de drogas lícitas e ilícitas, na unidade prisional, em Caucaia começará na próxima sexta-feira, 27.

Inicialmente, dez presos passarão pelo tratamento contra o vício, segundo o Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE).

O TJ-CE também diz que o projeto visa prevenir o tráfico de entorpecentes, que causa violência pela necessidade do consumo, principalmente, das mais pesadas, como crack, cocaína e haxixe.