Denise Vitoriano Silva, 25 anos, fez a prova do Enem, neste fim de semana, na Faculdade de Tecnologia do Nordeste (Fatene), em Caucaia,
15,8 km de Fortaleza. No sábado, 25, a sala de prova ficou cerca de 1
hora e 18 minutos sem energia, diz ela. Apesar do tempo ter sido
estendido, ela acredita que os alunos foram prejudicados.
"Eu
usei todo o meu tempo, mas só soube que o tempo perdido pela falta de
energia ia ser compensado porque perguntei, fui atrás. Mas tinha gente
lá fora reclamando que nem sabia", explicou ao O POVO Online.
A estudante, que cursou Física e agora espera conseguir uma vaga no
curso de Administração, disse que a primeira queda de energia foi
registrada no início das provas, quando os fiscais ainda entregavam os
cadernos.
"Teve uma oscilação e disseram que foi na avenida
inteira, que a Coelce ia restabelecer logo, mas acabou durando uma hora.
Depois, já no final do tempo, ficou no escuro de novo por cerca de oito
minutos", completa Denise. Para ela, o que atrapalhou mais foi o susto.
"As salas estavam escuras, mas continuamos fazendo a prova. Mas a
pessoa fica abalada psicologicamente".
O POVO Online procurou o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anício Teixeira (Inep), mas ainda não obteve resposta.
Suspeitas
O
POVO Online recebeu denúncias sobre uma suposta violação dos envelopes
das provas, no Centro de Humanidades da Uece. O responsável pela
aplicação das provas negou a informação, mas explicou que era
terceirizado e não poderia falar oficialmente sobre o boato.
Uma
mensagem enviada ao O POVO Online também apontava o desabamento de
parte do teto da Escola São João Batista, durante a realização do Enem,
em Cedro. A coordenadora da escola, Isabel Bitu, afirma que "isso não
houve de forma alguma". A coordenadora de aplicação da prova na unidade,
Maria Nogueira, também desconhecia o episódio.
Redação O POVO Online