Companhia define como vai chegar ao número de trabalhadores necessários a serem recrutados no Estado
Com terraplenagem em curso e obras civis do pátio de estocagem de materiais e das vias de acesso e serviços anunciadas para começar em julho próximo, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) amplia os estudos de sustentabilidade econômica, social e ambiental do empreendimento, para definir o número de trabalhadores necessários nessa primeira fase e de onde eles poderão ser recrutados. Levantamentos iniciais feitos na região do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) mostram que cerca de 3.000 operários da construção civil poderão ser recrutados nos municípios de São Gonçalo do Amarante e Caucaia e adjacências. As obras civis irão absorver 15 mil trabalhadores.
Demais operários, como serralheiros, montadores, eletricistas e encanadores etc, poderão ser contratados no Ceará, mas precisarão, antes, ser capacitados. Nesse sentido, explica o gerente de Sustentabilidade da CSP, Marcelo Baltazar, parcerias estão sendo celebradas com o governo do Estado e as prefeituras municipais envolvidas, para capacitação da mão de obra básica, o que tende a acontecer no Centro de Treinamento Técnico do Ceará (CTTC), em construção no entroncamento das rodovias CE 085 (Estruturante) e CE 422, no município de Caucaia.
Migração
Dados dos estudos revelam ainda, que na fase de construção civil das obras, cerca de 70%, em média, do pessoal a ser empregado, serão operários do nível fundamental de ensino; e 30% de nível técnico; enquanto que nas etapas seguintes, de instalação dos equipamentos e operação, a proporção tende a se inverter.
Na fase de operação da usina - prevista para iniciar em dezembro de 2015 e a partir de quando deverão ser empregadas 4.000 pessoas - 70% da mão de obra será especializada.
Nesse contingente estão incluídos, prioritariamente, engenheiros, mecânicos, civis, de segurança do trabalho, técnicos em metalurgia e siderurgia, administradores, etc. "5% dessa mão de obra será de engenheiros", antecipa Baltazar.
Ele informa que parte desse pessoal poderá ser contratada no Ceará e outra parte, oriunda dos estados do Nordeste, do Sudeste e até dos exterior. "A migração (de técnicos especializados para o Ceará) será acelerada na fase de operação", explica o gerente da CSP.
Sustentabilidade
Para ele, esse processo de migração de mão de obras especializada é salutar, à medida em que permite a troca de experiências e a absorção de novas tecnologias pelos operários menos qualificados. "A migração pode ser uma solução", aponta Baltazar, lembrando que muitos dos equipamentos a serem instalados e operados na usina são importados.
As ações de sustentabilidade, acrescenta o executivo, extrapolam os aspectos econômicos e buscam promover também o desenvolvimento social e ambiental das comunidades, que serão criadas no entorno do empreendimento. Nesse sentido, ele informa que estão previstos a aplicação de R$ 1 bilhão, na aquisição de equipamentos para batimento de pó, de lavagem de gases poluentes, na construção de estação de tratamento de efluentes, em hipermeabilização, e no monitoramento das emissões e das ações ambientais.
Cid Gomes discute pauta alfandegária e cercamento
O governador Cid Gomes recebeu ontem, no Palácio da Abolição, o presidente executivo da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), Marcos Chiorbolli, com quem discutiu o cercamento da área e questões alfandegárias para a chegada dos equipamentos da Siderúrgica, prevista para abril próximo. Na oportunidade, Chiorbolli confirmou que as primeiras estacas para o início das obras civis começam a ser fincadas em julho próximo e que a terraplenagem será concluída em dezembro vindouro.
Do encontro participaram o secretário Estadual da Infraestrutura, Adail Fontenele, e técnicos do empreendimento. Em implantação dentro da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), a CSP gozará de todos os benefícios fiscais e tributários assegurados na lei das ZPEs.
Semana da Árvore
Atualmente, o empreendimento gera 220 empregos diretos nas atividades de terraplenagem, além de empregar técnicos ambientalistas que estão trabalhando no resgate e na recuperação da fauna e da flora na região. A diversidade florestal encontrada é composta de 90 espécies, 75 gêneros e 33 famílias, sendo uma espécie considerada ameaçada de extinção, a Gonçalo Alves; uma endêmica e quatro raras e ainda 5.023 animais.
Como forma de compensar a degradação ambiental na área, a CSP criou um viveiro com 150 mil mudas de espécies variadas de plantas, para plantio e recuperação de 200 hectares, ou 20% da área de mil hectares da estação ecológica do Pecém. Segundo o gerente de sustentabilidade da CSP, Marcelo Baltazar, 40% das mudas já foram cultivadas no ano passado, devendo as restantes serem até junho próximo. Parte delas estão sendo plantadas ao longo desta semana, por estudantes de escolas públicas e privadas, em comemoração à Semana da Árvore.
CARLOS EUGÊNIO
REPÓRTER
Com terraplenagem em curso e obras civis do pátio de estocagem de materiais e das vias de acesso e serviços anunciadas para começar em julho próximo, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) amplia os estudos de sustentabilidade econômica, social e ambiental do empreendimento, para definir o número de trabalhadores necessários nessa primeira fase e de onde eles poderão ser recrutados. Levantamentos iniciais feitos na região do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) mostram que cerca de 3.000 operários da construção civil poderão ser recrutados nos municípios de São Gonçalo do Amarante e Caucaia e adjacências. As obras civis irão absorver 15 mil trabalhadores.
Demais operários, como serralheiros, montadores, eletricistas e encanadores etc, poderão ser contratados no Ceará, mas precisarão, antes, ser capacitados. Nesse sentido, explica o gerente de Sustentabilidade da CSP, Marcelo Baltazar, parcerias estão sendo celebradas com o governo do Estado e as prefeituras municipais envolvidas, para capacitação da mão de obra básica, o que tende a acontecer no Centro de Treinamento Técnico do Ceará (CTTC), em construção no entroncamento das rodovias CE 085 (Estruturante) e CE 422, no município de Caucaia.
Migração
Dados dos estudos revelam ainda, que na fase de construção civil das obras, cerca de 70%, em média, do pessoal a ser empregado, serão operários do nível fundamental de ensino; e 30% de nível técnico; enquanto que nas etapas seguintes, de instalação dos equipamentos e operação, a proporção tende a se inverter.
Na fase de operação da usina - prevista para iniciar em dezembro de 2015 e a partir de quando deverão ser empregadas 4.000 pessoas - 70% da mão de obra será especializada.
Nesse contingente estão incluídos, prioritariamente, engenheiros, mecânicos, civis, de segurança do trabalho, técnicos em metalurgia e siderurgia, administradores, etc. "5% dessa mão de obra será de engenheiros", antecipa Baltazar.
Ele informa que parte desse pessoal poderá ser contratada no Ceará e outra parte, oriunda dos estados do Nordeste, do Sudeste e até dos exterior. "A migração (de técnicos especializados para o Ceará) será acelerada na fase de operação", explica o gerente da CSP.
Sustentabilidade
Para ele, esse processo de migração de mão de obras especializada é salutar, à medida em que permite a troca de experiências e a absorção de novas tecnologias pelos operários menos qualificados. "A migração pode ser uma solução", aponta Baltazar, lembrando que muitos dos equipamentos a serem instalados e operados na usina são importados.
As ações de sustentabilidade, acrescenta o executivo, extrapolam os aspectos econômicos e buscam promover também o desenvolvimento social e ambiental das comunidades, que serão criadas no entorno do empreendimento. Nesse sentido, ele informa que estão previstos a aplicação de R$ 1 bilhão, na aquisição de equipamentos para batimento de pó, de lavagem de gases poluentes, na construção de estação de tratamento de efluentes, em hipermeabilização, e no monitoramento das emissões e das ações ambientais.
Cid Gomes discute pauta alfandegária e cercamento
O governador Cid Gomes recebeu ontem, no Palácio da Abolição, o presidente executivo da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), Marcos Chiorbolli, com quem discutiu o cercamento da área e questões alfandegárias para a chegada dos equipamentos da Siderúrgica, prevista para abril próximo. Na oportunidade, Chiorbolli confirmou que as primeiras estacas para o início das obras civis começam a ser fincadas em julho próximo e que a terraplenagem será concluída em dezembro vindouro.
Do encontro participaram o secretário Estadual da Infraestrutura, Adail Fontenele, e técnicos do empreendimento. Em implantação dentro da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), a CSP gozará de todos os benefícios fiscais e tributários assegurados na lei das ZPEs.
Semana da Árvore
Atualmente, o empreendimento gera 220 empregos diretos nas atividades de terraplenagem, além de empregar técnicos ambientalistas que estão trabalhando no resgate e na recuperação da fauna e da flora na região. A diversidade florestal encontrada é composta de 90 espécies, 75 gêneros e 33 famílias, sendo uma espécie considerada ameaçada de extinção, a Gonçalo Alves; uma endêmica e quatro raras e ainda 5.023 animais.
Como forma de compensar a degradação ambiental na área, a CSP criou um viveiro com 150 mil mudas de espécies variadas de plantas, para plantio e recuperação de 200 hectares, ou 20% da área de mil hectares da estação ecológica do Pecém. Segundo o gerente de sustentabilidade da CSP, Marcelo Baltazar, 40% das mudas já foram cultivadas no ano passado, devendo as restantes serem até junho próximo. Parte delas estão sendo plantadas ao longo desta semana, por estudantes de escolas públicas e privadas, em comemoração à Semana da Árvore.
CARLOS EUGÊNIO
REPÓRTER