Empresa de engenharia e construção do grupo coreano quer selecionar 300 profissionais de nível superior até 2014A
expectativa é de que em 2014, no pico da obra, 23 mil empregos diretos e
indiretos sejam gerados na construção da siderúrgica do Pecém Foto:
Alex Costa
Engenheiros brasileiros de todas as especialidade
estão sendo visados pela Posco Engenharia e Construção (PEC) - a empresa
sul-coreana responsável pelas obras da estrutura física da Companhia
Siderúrgica do Pecém (CSP). De acordo com informações repassadas com
exclusividade ao Diário do Nordeste pela PEC, 66 pessoas já foram
contratadas e "o processo seletivo permanece contínuo". No total, a
expectativa é de contar com 300 profissionais desta e outras áreas, para
a edificação da CSP, em 2014, quando estará em curso o chamado pico das
obras.
O profissional buscado pela PEC irá trabalhar diretamente
na aplicação do projeto da siderúrgica, assim como na gerência dos
trabalhos executados por outras empresas, contratadas pela construtora
coreana para executar tarefas específicas da obra - como a Craft,
responsável pela terraplenagem.
Com o início da cravação das
estacas da CSP na última terça-feira, 17, a estimativa é de aumento do
número de empresas geridas pelos engenheiros da PEC e, segundo a
companhia detalhou, estas poderão ser do Ceará ou até mesmo da Coreia.
Caberá
a estas empresas o alcance dos 23 mil postos prometidos somente com a
construção da siderúrgica - com pico de 17 mil trabalhadores -, conforme
o anunciado desde o lançamento do projeto da CSP.
Caráter gerencialO
número reduzido de profissionais contratados diretamente pela Posco
Engenharia é explicado pelo caráter mais gerencial dos cargos,
diferentemente do exigido para a mão de obra s selecionada pelas
empresas que serão geridas por estes engenheiros. Deles, é exigido, além
da formação em nível superior, inglês fluente. A gigante coreana ainda
explica que, no futuro, outros setores deverão ser selecionados,
principalmente, da área administrativa.
Os interessados nas vagas
abertas devem encaminhar currículo para o email:
poscoemcbrasil@gmail.com, que é administrado pela Gerência de Recursos
Humanos da empresa. A PEC informou também que um banco de currículos
está sendo feito e "os candidatos serão chamados quando abrirem vagas".
Atualmente,
a empresa conta com dois escritórios no Ceará - um no Complexo
Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) e outro em Fortaleza - para
operacionalizar suas ações.
Profissionais vindos de foraPara
ocupar funções relacionadas ao projeto e à construção em si da
siderúrgica do Pecém, a Posco Engenharia e Construção informou ainda que
tem a expectativa de ter, morando e trabalhando em terras cearenses,
100 coreanos até o fim deste ano. Para 2014, quando estiverem no chamado
pico da obra, a meta é contar com 150 profissionais vindos da Coreia do
Sul. Eles, assim como os brasileiros que foram e serão contratados pela
construtora asiática, deverão coordenar os trabalhos das empresas
subcontratadas.
Já sobre a quantidade de profissionais vindos do
país asiático, a PEC afirmou que não há número fixo de funcionários em
atuação nos escritórios do Estado. Isso deve-se ao regime de trabalho
praticado, o que estabelece uma prática de idas e voltas da Ásia para o
Brasil. Expatriados, ou seja, fora do país de origem, eles permanecem no
Ceará por no máximo quatro meses e, então, devem voltar para a Coreia.
Mais coreanos no CearáAlém
dos coreanos vindos pela PEC, ainda importarão mão de obra do país
asiático outras empresas que serão contratadas pela Posco Engenharia
para a execução de obras específicas da siderúrgica, segundo estimativa
da própria construtora.
Completam a lista de importadores de mão
de obra sul coreano para a CSP as próprias empresas do setor siderúrgico
Posco e Dongkuk. Atualmente, a reportagem apurou que encontram-se na
região do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) empresas
vindas da Ásia no próprio Pecém, assim como no Cumbuco e região costeira
de São Gonçalo do Amarante.
O contrato assinado para a
construção da CSP - empreendimento de propriedade compartilhada entre a
brasileira Vale (50%) e as sul-coreanas Posco (30%) e Dongkuk (20%) -
aconteceu dezembro de 2011.