A obra do Porto foi licitada em dezembro de 2011 e já possui dez meses de atraso no seu cronogramaO
Ibama irá liberar a Licença de Instalação para a ampliação do Porto do
Pecém ainda a tempo de as obras serem iniciadas neste ano. Este foi o
compromisso do presidente do órgão, Volney Zanardi Júnior, após
reunir-se, na última quarta-feira, com a ministra do Meio Ambiente,
Izabella Teixeira, e o governador Cid Gomes. Licitada em dezembro de
2011, a obra está com dez meses de atraso em seu cronograma.
Serão
três blocos de obras no canteiro. Inicialmente, será construída uma
ponte de acesso ao quebra-mar existente, com 1.520 metros de extensão e
33 metros de largura FOTO: TUNO VIEIRAO governador
reuniu-se em Brasília com a ministra para tratar do licenciamento desta
obra e do Cinturão das Águas do Ceará (CEC), ambas com atrasos. No
encontro, a ministra chamou o presidente do Ibama para tratar dos
prazos. Além da greve do Ibama, que atrasou por vários meses a expedição
das licenças, outro motivo para a demora na liberação da obra no Pecém
foi a falta de alguns estudos complementares, as chamadas
condicionantes, a serem entregues pela Secretaria de Infraestrutura.
Segundo o titular da pasta, Adail Fontenele, tais informações já foram
entregues ao Ibama. "Eles irão analisar a documentação durante este mês,
e esperamos que no início de novembro eles deem a resposta", informou.
Cronograma
O
contrato, no valor de R$ 568 milhões, foi firmado com o consórcio
Marquise/Galvão/Ivaí. As três construtoras tinham cronograma para ser
iniciado em janeiro deste ano e finalizado em junho de 2014 (prazo de 30
meses), o qual deve ser comprometido pelo atraso da licença.
As
obras no Porto, que configuram a segunda fase de ampliação do terminal,
serão necessárias para os empreendimentos estruturantes que chegarão ao
Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), especialmente a
Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). No canteiro, serão três blocos de
obras. Inicialmente, será construída uma ponte de acesso ao quebra-mar
existente, com 1.520 metros de extensão e 33 metros de largura.
Após
esta primeira etapa, será feita a adequação de 1.065 metros do
quebra-mar, com pavimentação, para que este passe a ser usado como
rodovia, dando acesso aos novos píeres que serão construídos. Será feita
a sua ampliação em cerca de 90 metros e um alargamento em 33 metros. Já
a outra parte da obra será a construção de cerca de 600 metros de cais e
a ampliação do pátio da retro-área em 69 mil metros quadrados.
CinturãoEm
relação ao Cinturão das Águas, o edital de licitação da obra está
dependendo de anuência Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade, em virtude da proximidade da intervenção com o Parque do
Araripe. Conforme Cid Gomes, está questão já está bem encaminhada. O
Cinturão vai transpor águas para todo o Estado, levando água do Leste a
Oeste, indo também em direção ao Norte, perenizando todas as grandes
bacias. No primeiro trecho, serão investidos R$ 1,5 bi.
Orçamento
5,68 milhões é o valor do contrato firmado com o consórcio Marquise/ Galvão/ Ivaí
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