sábado, 13 de outubro de 2012

Pecém: Ibama deve liberar obra

A obra do Porto foi licitada em dezembro de 2011 e já possui dez meses de atraso no seu cronograma
O Ibama irá liberar a Licença de Instalação para a ampliação do Porto do Pecém ainda a tempo de as obras serem iniciadas neste ano. Este foi o compromisso do presidente do órgão, Volney Zanardi Júnior, após reunir-se, na última quarta-feira, com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o governador Cid Gomes. Licitada em dezembro de 2011, a obra está com dez meses de atraso em seu cronograma.


Serão três blocos de obras no canteiro. Inicialmente, será construída uma ponte de acesso ao quebra-mar existente, com 1.520 metros de extensão e 33 metros de largura FOTO: TUNO VIEIRA
O governador reuniu-se em Brasília com a ministra para tratar do licenciamento desta obra e do Cinturão das Águas do Ceará (CEC), ambas com atrasos. No encontro, a ministra chamou o presidente do Ibama para tratar dos prazos. Além da greve do Ibama, que atrasou por vários meses a expedição das licenças, outro motivo para a demora na liberação da obra no Pecém foi a falta de alguns estudos complementares, as chamadas condicionantes, a serem entregues pela Secretaria de Infraestrutura. Segundo o titular da pasta, Adail Fontenele, tais informações já foram entregues ao Ibama. "Eles irão analisar a documentação durante este mês, e esperamos que no início de novembro eles deem a resposta", informou.

Cronograma

O contrato, no valor de R$ 568 milhões, foi firmado com o consórcio Marquise/Galvão/Ivaí. As três construtoras tinham cronograma para ser iniciado em janeiro deste ano e finalizado em junho de 2014 (prazo de 30 meses), o qual deve ser comprometido pelo atraso da licença.

As obras no Porto, que configuram a segunda fase de ampliação do terminal, serão necessárias para os empreendimentos estruturantes que chegarão ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), especialmente a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). No canteiro, serão três blocos de obras. Inicialmente, será construída uma ponte de acesso ao quebra-mar existente, com 1.520 metros de extensão e 33 metros de largura.

Após esta primeira etapa, será feita a adequação de 1.065 metros do quebra-mar, com pavimentação, para que este passe a ser usado como rodovia, dando acesso aos novos píeres que serão construídos. Será feita a sua ampliação em cerca de 90 metros e um alargamento em 33 metros. Já a outra parte da obra será a construção de cerca de 600 metros de cais e a ampliação do pátio da retro-área em 69 mil metros quadrados.

Cinturão

Em relação ao Cinturão das Águas, o edital de licitação da obra está dependendo de anuência Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, em virtude da proximidade da intervenção com o Parque do Araripe. Conforme Cid Gomes, está questão já está bem encaminhada. O Cinturão vai transpor águas para todo o Estado, levando água do Leste a Oeste, indo também em direção ao Norte, perenizando todas as grandes bacias. No primeiro trecho, serão investidos R$ 1,5 bi.

Orçamento
5,68 milhões é o valor do contrato firmado com o consórcio Marquise/ Galvão/ Ivaí

SÉRGIO DE SOUSAREPÓRTER

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