A movimentação que vem sendo feita no Interior ganha corpo e já reclama um verdadeiro empenho da bancada
A visita da presidente Dilma Rousseff, no último dia 22, embora muito pouco, publicamente, tenha se falado sobre a construção da Refinaria Premium II no Ceará, deixou não apenas a renovação da crença na efetivação do empreendimento, mas a convicção de estar a Petrobras sendo compelida a dar passos mais largos para executar o projeto de vital importância para o desenvolvimento econômico do Estado, e de considerável apelo político para a própria presidente Dilma, tal a dívida por ela assumida, juntamente com o seu antecessor, com o compromisso de executar a obra.
A presidente Dilma; o governador Cid Gomes; a presidente da Petrobras, Graça Foster; e representantes do MP federal e de indígenas no CE FOTO: BRUNO GOMES
No almoço de poucas conversas, mas de muito simbolismo, a presidente deixou transparecer a sua determinação de fazer o equipamento, ao citar a sua importância estratégica para a própria Petrobras, além de se constituir em um outro vetor para permitir avanços na redução das desigualdades existentes entre a região nordestina e as duas outras mais desenvolvidas do País: Sudeste e Sul, ao tempo em que premia um correligionário a quem não se cansa de elogiar.
O Estado do Ceará, com a construção da refinaria, indiscutivelmente, será outro. E o governador, politicamente, somará mais pontos para consolidar uma liderança política. Esse equipamento é um sonho acalentado há décadas, a partir do governador Virgílio Távora, um dos primeiros a defender a refinaria e outros grandes investimentos para deixar o cearense menos dependente dos invernos, quase sazonais, e com opções de geração de riquezas não diretamente ligadas ao campo.
Virgílio Távora defendia também projetos como os da Siderúrgica, ZPEs, exploração da mina de Itataia, com as necessidades apontadas para o Brasil de ontem, no caso retirar urânio da mina, dentre outros. No Ceará dos dias atuais já podemos dizer que a área onde está o Município de São Gonçalo do Amarante se desenvolve, embrionariamente, com Siderúrgica e ZPE, impulsionadas pelo Porto do Pecém, mas ainda falta a refinaria para tornar realidade o sonho.
Mobilização
O deputado José Albuquerque, presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, com a sua mobilização política, faz um bom trabalho de motivar a sociedade, por seus mais diversos segmentos, a cobrar a implantação da refinaria. Os senadores e deputados federais do Estado, já perceberam a amplitude dessa animação social e, de acordo com o sentimento de cada um, têm participado das reuniões que se desenvolvem no Interior, hoje, somando mais de uma dezena. Até aqui, a nossa representação parlamentar praticamente nada produziu que fosse capaz de se fazer impor e merecer da Petrobras a atenção que o Ceará reclama.
Brasília sabe o que está acontecendo no Ceará. Ainda não é nada de tão extraordinário, mas é algo novo capaz de gerar uma reação indesejada de cobranças e exigências desegradáveis em ano eleitoral. A intenção do deputado José Albuquerque, por certo não foi essa, afinal é aliado da presidente, por ser fiel liderado do governador, mas o movimento cresceu o bastante que hoje a refinaria é entendida, por todos, como uma necessidade para a sobrevivência econômica do Estado.
EDISON SILVA
EDITOR DE POLÍTICA
A visita da presidente Dilma Rousseff, no último dia 22, embora muito pouco, publicamente, tenha se falado sobre a construção da Refinaria Premium II no Ceará, deixou não apenas a renovação da crença na efetivação do empreendimento, mas a convicção de estar a Petrobras sendo compelida a dar passos mais largos para executar o projeto de vital importância para o desenvolvimento econômico do Estado, e de considerável apelo político para a própria presidente Dilma, tal a dívida por ela assumida, juntamente com o seu antecessor, com o compromisso de executar a obra.
A presidente Dilma; o governador Cid Gomes; a presidente da Petrobras, Graça Foster; e representantes do MP federal e de indígenas no CE FOTO: BRUNO GOMES
No almoço de poucas conversas, mas de muito simbolismo, a presidente deixou transparecer a sua determinação de fazer o equipamento, ao citar a sua importância estratégica para a própria Petrobras, além de se constituir em um outro vetor para permitir avanços na redução das desigualdades existentes entre a região nordestina e as duas outras mais desenvolvidas do País: Sudeste e Sul, ao tempo em que premia um correligionário a quem não se cansa de elogiar.
O Estado do Ceará, com a construção da refinaria, indiscutivelmente, será outro. E o governador, politicamente, somará mais pontos para consolidar uma liderança política. Esse equipamento é um sonho acalentado há décadas, a partir do governador Virgílio Távora, um dos primeiros a defender a refinaria e outros grandes investimentos para deixar o cearense menos dependente dos invernos, quase sazonais, e com opções de geração de riquezas não diretamente ligadas ao campo.
Virgílio Távora defendia também projetos como os da Siderúrgica, ZPEs, exploração da mina de Itataia, com as necessidades apontadas para o Brasil de ontem, no caso retirar urânio da mina, dentre outros. No Ceará dos dias atuais já podemos dizer que a área onde está o Município de São Gonçalo do Amarante se desenvolve, embrionariamente, com Siderúrgica e ZPE, impulsionadas pelo Porto do Pecém, mas ainda falta a refinaria para tornar realidade o sonho.
Mobilização
O deputado José Albuquerque, presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, com a sua mobilização política, faz um bom trabalho de motivar a sociedade, por seus mais diversos segmentos, a cobrar a implantação da refinaria. Os senadores e deputados federais do Estado, já perceberam a amplitude dessa animação social e, de acordo com o sentimento de cada um, têm participado das reuniões que se desenvolvem no Interior, hoje, somando mais de uma dezena. Até aqui, a nossa representação parlamentar praticamente nada produziu que fosse capaz de se fazer impor e merecer da Petrobras a atenção que o Ceará reclama.
Brasília sabe o que está acontecendo no Ceará. Ainda não é nada de tão extraordinário, mas é algo novo capaz de gerar uma reação indesejada de cobranças e exigências desegradáveis em ano eleitoral. A intenção do deputado José Albuquerque, por certo não foi essa, afinal é aliado da presidente, por ser fiel liderado do governador, mas o movimento cresceu o bastante que hoje a refinaria é entendida, por todos, como uma necessidade para a sobrevivência econômica do Estado.
EDISON SILVA
EDITOR DE POLÍTICA