Os detalhes da estratégia de prospecção foram apresentados à imprensa, nesta quarta-feira (18), em visita guiada
A Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE-CE) reforça os atrativos para o setor industrial nacional e internacional, agora que a área total do equipamento foi ampliada em praticamente dois mil hectares. Já consolidada como polo siderúrgico, em especial pela atuação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), a ZPE mira a atração de investimentos no setor de granito e calçados.
Os detalhes da estratégia de prospecção foram apresentados à imprensa, nesta quarta-feira (18), em visita guiada pelo presidente da ZPE-CE, Mário Lima Junior, pelo assessor Especial para Assuntos Internacionais do Governo do Estado, Antonio Balhmann. A agenda incluiu ainda reconhecimento das estruturas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém e das Termelétricas Pecém I e II, da companhia Eneva.
A expansão da área da ZPE foi assinada pela presidente Dilma Rousseff no Diário Oficial da União do último dia 5. Com a decisão, a ZPE Ceará passa de 4.271,4 hectares para 6.182,44 hectares, incorporando a área de 1.911,04 hectares.
A nova área foi dividida por setores, sendo o Setor II Norte destinado para a captação de um projeto de refinaria compacta e moderna e o Setor II Sul para indústrias dos setores calçadista, têxtil, petroquímico, metalmecânico, agroindústria, granito e alimentos.
O assessor Especial para Assuntos Internacionais do Estado, Antonio Balhmann, revela que o Ceará mantém tratativas adiantadas com cerca de 20
empresas sediadas no Espírito Santo especializadas no beneficiamento de granito. Elas já extraem o granito no Ceará, contudo, processam o produto no Espírito Santo. Com a instalação na ZPE, há economia nos custos e geração de emprego e renda para a população cearense.
Balhmann ressaltou que a expansão favorece ainda mais a competitividade com o mercado no exterior. “Estamos divulgando para os setores industriais do Brasil que são essencialmente exportadores e carentes de uma ambiência econômica que favoreça a competitividade do seu produto. Por ser um local em que todos os impostos estão suspensos – sendo um instrumento específico para quem é exportador – oferecemos o espaço da ZPE como uma macro localização estratégica para expansão do mercado industrial”, disse o assessor.
Sobre a Zona de Processamento de Exportação
Instalada com o propósito de ser uma área de livre comércio com o exterior, a ZPE foi destinada à instalação de empresas voltadas para a produção de bens para exportação. As empresas instaladas contam com benefícios tributário, cambial e administrativo específico, e comprometem-se a exportar, no mínimo, 80% de sua produção ao exterior.
Seus objetivos são atrair investimentos estrangeiros voltados para as exportações, colocando empresas nacionais em igualdade de condições com seus concorrentes localizados em outros países, que dispõem de mecanismos semelhantes; aumentar o valor agregado das exportações e fortalecer o balanço de pagamentos; corrigir desequilíbrios regionais, criando ainda mais empregos, além da difusão de novas tecnologias e práticas mais modernas de gestão no Estado.
Para o presidente da ZPE Ceará, Mário Lima Júnior, a expansão da ZPE e a atração de novos investidores garante um crescimento econômico ainda maior para o Estado. “Não temos dúvidas que esta é a principal porta de desenvolvimento para o Estado. Com a ampliação, poderemos garantir mais investidores e um maior crescimento econômico. Mesmo com os 'altos e baixos' da economia, a ZPE garante a contabilidade das empresas, dando a oportunidade de se relacionar com entidades financeiras internacionais. Desta forma, cria-se uma condição de segurança financeira contra eventuais mudanças econômicas locais”, salientou o presidente.
18.05.2016
Wilame Januário
Repórter/Célula de Reportagem
Fotos: Marcos Studart / Governo do Ceará