Em 2002, o valor do Produto Interno Bruto
(PIB) de São Gonçalo do Amarante era de R$ 75,46 milhões, o que
representava uma participação de 0,26% no PIB cearense e de 0,41% no da
Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). No entanto, já em 2019, o PIB
de São Gonçalo cresceu para R$ 3,75 bilhões, aumentando sua participação
no PIB estadual para 2,30% e no PIB da RMF para 3,46%. Com esse avanço,
o município registrou o maior ganho de participação municipal: de 2,04
pontos percentuais (p.p) no período, após sua participação crescer 8,75
vezes na comparação dos dois anos. Além disso, São Gonçalo também
registrou o segundo maior ganho no PIB da RMF, ou seja, de 3,23 p.p. no
período, após sua participação crescer 8,93 vezes na comparação dos dois
anos.
Caucaia também de destacou. Em 2002, o
valor do seu PIB era de R$ 836,9 milhões, obtendo uma participação no
PIB cearense de 2,91% e da RMF de 4,52%, mas, em 2019, o PIB do
município atingiu R$ 6,92 bilhões, ou seja, aumentando sua participação
no PIB estadual para 4,23% e no PIB da RMF para 6,70%. Tal resultado
levou Caucaia a registrar o segundo maior ganho de participação no PIB
estadual: de 1,32 p.p. no período, após crescimento de 1,45 vezes, na
comparação dos dois anos. Caucaia também apresentou o segundo maior
ganho de participação no PIB da RMF: de 2,18 p.p. no período, após sua
participação aumentar 1,48 vezes na comparação dos dois anos.
Com as mudanças ocorridas entre 2002 e
2019, as cinco principais economias pertencentes a RMF passaram a ser
(em 2019): Fortaleza (65,26%); Maracanaú (9,44%); Caucaia (6,70%); São
Gonçalo do Amarante (3,64%); e Eusébio (3,10%). A participação conjunta
desses cinco municípios era de 88,13% da referida região. As três
primeiras posições se mantiveram ao observado em 2002. O município do
Eusébio caiu da quarta para a quinta posição. O grande destaque ficou
com o município de São Gonçalo do Amarante que figurava na décima
terceira colocação e saltou para a quarta colocação em 2019.
Dentre aqueles municípios, os
crescimentos mais expressivos que se traduziram em forte ganho de
participação foram observados em São Gonçalo do Amarante e Caucaia. Para
se ter uma ideia mais clara deste fenômeno de crescimento, o PIB de
Fortaleza, em 2002, era 177,7 vezes maior que o PIB de São Gonçalo do
Amarante e Caucaia 11,1 vezes maior. Em 2019, o PIB de Fortaleza passou a
ser apenas 17,9 vezes maior que o PIB de São Gonçalo do Amarante e
Caucaia apenas 1,84 vezes maior. As constatações – e muitas outras –
estão no Ipece/Informe (nº 204 – janeiro/2022) – Impactos
socioeconômicos do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), que
acaba de ser lançado pela Diretoria de Estudos Econômicos (Diec) do
Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
ESTUDO
Tendo como autores os analistas de
Políticas Públicas do Ipece Alexsandre Lira Cavalcante, Cleyber
Nascimento de Medeiros e Witalo de Lima Paiva, o estudo teve como
objetivo de apresentar alguns impactos socioeconômicos do CIPP sobre os
municípios de Caucaia e São Gonçalo do Amarante. Os dados revelaram que
ambos os municípios registraram forte crescimento na participação do PIB
cearense, especialmente São Gonçalo do Amarante. “No tocante ao
comércio exterior foi possível observar que o município de São Gonçalo
do Amarante tornou-se o principal participante da pauta das exportações
cearense em função das vendas externas da Companhia Siderúrgica do
Pecém”. Os efeitos positivos sociais também foram observados pela forte
expansão do emprego formal, bem como pela expansão da qualificação da
mão de obra no mercado de trabalho de cada município, gerando ganhos
reais na remuneração média paga.
O trabalho, composto por 68 páginas,
apresenta muitas outras in formações, além do PIB. O estudo enfoca, por
exemplo, a localização do Complexo do Pecém, sua história e os
principais números do terminal; Indicadores Econômicos e Sociais;
Produto Interno Bruto (Evolução do PIB Cearense, População Estimada,
Produto Interno Bruto Per Capita, Evolução do Comércio Exterior);
Empregos Formais (Evolução do Estoque de Empregos Formais; Evolução do
Estoque de Empregos Formais por Setores); Evolução da Distribuição dos
Vínculos e da Remuneração Média por Atividades e Evolução da
Distribuição dos Vínculos e da Remuneração Média por Escolaridade.
Clique aqui e acesse o IPECE Informe – Nº 204 – Impactos socioeconômicos do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).
Assessoria de Comunicação do Ipece
(85) 3101.3509