O que seria um jantar em família, chegou perto de um fim trágico, em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Duas mulheres e duas crianças foram envenenadas ao comerem uma pizza e suco de goiaba, entregues pelo ex-companheiro de uma das vítimas.
A avó e as crianças foram socorridas e hospitalizadas no Instituto Doutor José Frota (IJF). O suspeito pelo envenenamento é J. S. F. S. Ele foi preso em flagrante e confessou ter diluído no suco Clonazepan, um medicamento de longa ação indicado para o tratamento do distúrbio do pânico, ansiedade e crises epiléticas.
As vítimas internadas têm 49, sete e dois anos de idade, cada. Uma das crianças chegou a ser entubada e transferida para UTI, mas segue com estado de saúde estável, sem risco de morte. Já a quarta vítima sentiu tontura e náuseas, mas não precisou ir ao hospital.
O QUE MOTIVOU O ENVENENAMENTO
Policiais foram acionados via Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) para atender a ocorrência e capturar o suspeito. Uma testemunha do crime teria denunciado o acusado, por suspeitar quando ele não tomou o suco e, em seguida, todos que tomaram passaram mal.
Já na delegacia, nesse domingo (23) ele teria inicialmente negado o crime. Depois, disse que colocou laxante na bebida. Quando foi informado que as crianças também haviam passado mal, confessou que pegou o medicamento Clonazepan da mãe dele e colocou no suco.
Na versão do suspeito, sua intenção era "apenas acalmar a ex". Ele disse aos policiais que queria deixar a ex-companheira calma e que ela dormisse.
A reportagem conversou com a vítima que não foi hospitalizada. Ela contou sobre a mãe tentar se livrar do relacionamento.
"Minha mãe quis terminar com ele, porque ele é problemático, usa drogas. E aí aconteceu isso. Minha mãe e um dos meus filhos receberam alta e a mais novinha ainda está em observação"
A reportagem ainda apurou que o suspeito tem antecedentes criminais por violência doméstica, mas não há informações sobre quem seria a vítima.
PRISÃO PREVENTIVA
O acusado passou por audiência de custódia ainda no domingo (23). O Ministério Público do Ceará (MPCE) requereu a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, "para fins de garantia da ordem pública".
A defesa chegou a pedir pela concessão da liberdade, mediante aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, como monitoramento eletrônico e proibição de contato com as vítimas. No entanto, o Judiciário decidiu converter a prisão em preventiva.
fonte: DN