A estudante Nayra Stefany Silva Albuquerque, de 16 anos, aluna do Centro Cearense de Idiomas (CCI) – unidade Caucaia, conquistou o 3º lugar nacional no Concurso de Redação em Inglês “Harvard Book Prize Brazil 2023”, na categoria “Escola Pública”, promovido pelo Harvard Alumni Club of Brazil (HACB), grupo de ex-alunos da Universidade Harvard que atualmente residem no Brasil. O certame visa reconhecer estudantes talentosos e promissores, incentivando-os a alcançar seu máximo potencial acadêmico. Nayra Stefany também é aluna da Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Marly Ferreira Martins, onde faz curso técnico em Hospedagem.
Após tomar conhecimento do concurso nos grupos de conversa do CCI, a jovem logo animou-se para participar. “Desde sempre aceitei as oportunidades que me apareciam, principalmente as internacionais, pois tenho conhecimento de que essas experiências podem me oferecer crescimento pessoal e profissional, além de serem gratificantes. A língua estrangeira abre portas diversas. Para mim, o inglês será essencial para realizar um estudo continuado em outro país e fazer viagens futuras”, considera Nayra.
A organização do concurso estipulou três temas, sendo que os candidatos deveriam escolher apenas um para escrever sobre. Eram eles: “Brasil: Desafios atuais”, “Uma pessoa que para mim é modelo” e “Uma descoberta que mudou minha vida”. Nayra optou pela terceira alternativa, por ter encontrado nela uma chance de contar um pouco da própria história.
“Ao ver o tema, pensei primordialmente no autismo, porque havia mudado minha forma de ver o mundo. Decidi abordar na redação como está sendo o decorrer da minha vida e das minhas escolhas após ter tido um possível diagnóstico de autismo. Trato sobre como isso foi importante para meu amadurecimento pessoal e para as minhas escolhas profissionais e acadêmicas. Decidi escrever sobre este tema para que ele ganhe mais visibilidade nos dias atuais, além de expandir meus conhecimentos para que cheguem até os outros em geral”, explica a estudante.
Conscientização
Nayra diz ter lembrado das mães de autistas que chegavam à loja de sua mãe e relatavam acerca da situação dos filhos, do medo que sentiam em relação ao futuro deles na sociedade.
“Abordei meu processo de aceitação, pois quando não havia total entendimento sobre o espectro, eu via esta condição com olhar preconceituoso. A partir do momento em que pesquisei sobre a temática, fui levada a pensar em como a sociedade tem que ser informada de que isto não é uma doença e muito menos uma deficiência, é apenas uma condição do neurodesenvolvimento, que precisa ser reconhecida e normalizada para que as pessoas consigam se entender sem preocupações. O acompanhamento psicológico me transformou na pessoa que sou hoje. Tenho esperança em um futuro no qual não olharemos para pessoas diferentes com pensamentos de discriminação”, ressalta.
A estudante comemora o resultado do concurso, após horas de dedicação entre o levantamento de tópicos importantes e a escrita do texto propriamente dito. “Uma sensação de outro mundo! Algo que parecia ser impossível de acontecer. Sempre quis ser inspiração para as pessoas próximas de mim e ao saber que isso estava acontecendo, tanto com colegas como com professores, me senti realizada”, revela.
Sobre a experiência de estudar no CCI, Nayra elenca vantagens. “Só pelo fato de abrirem portas para uma oportunidade como essa, e incentivarem a participação dos alunos, já mostra o quanto o CCI busca expandir os aprendizados. A metodologia que os professores usam me inspira a querer aprender mais. Me senti muito ajudada nessa jornada, principalmente, por minha coordenadora do curso, que revisou a redação junto comigo e confiou que eu ficaria entre os três primeiros desde o começo”, enaltece.
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