Um novo fotossensor já está em funcionamento no quilômetro 5 da BR-222, que dá acesso a Caucaia e praias do Litoral Oeste. O equipamento foi instalado próximo ao supermercado Assaí, no bairro Tabapuá, em Caucaia. Agora, os motoristas precisam reduzir a velocidade para 60 km/h no local.
Wilson Pereira mora nas margens da rodovia e afirma que a situação “melhorou com a instalação do fotossensor”, pois os carros trafegam em menor velocidade. Ele conta que, diariamente, há acidente no local e lamenta já ter perdido dois parentes atropelados na rodovia.
Wilson denuncia que as motos passam em alta velocidade pelo fotossensor. Para não serem multados, os motociclistas põem a mão sobre a placa. Cerca de 150 metros depois há uma passarela para pedestres, mas Wilson informa que “a partir das 17 horas, ninguém pode passar, porque é assaltado”.
A comerciante Alzenir Ferreira, que trabalha próximo à lombada eletrônica, considera que a situação só piorou depois da instalação do aparelho. “Na minha opinião, aumentaram os acidentes, porque os motoristas fream muito em cima. Quem vem colado atrás, acaba batendo”, afirma.
Para o operador de máquinas Carlos Jean de Araújo, a instalação do fotossensor “não melhorou em nada o trânsito”. Ele critica a existência de um retorno próximo ao equipamento, que prejudica ainda mais a circulação de veículos. A passarela para pedestres também é alvo de reclamações.
Carlos Jean afirma que ela “deveria ter sido construída no início do conjunto”, pois é onde moram mais pessoas e, ainda, tem o movimento do supermercado.
O aposentado Fernando Gomes diz que atravessar a rodovia é bem complicado após as compras. “A gente precisa atravessar a pista com sacolas e crianças”. Ele sugere a criação de uma passagem subterrânea para os pedestres. Já o comerciante Gildenor dos Santos opina que, no lugar do radar eletrônico, deveria ter sido instalado um semáforo.
A Polícia Rodoviária Federal informa que, entre os quilômetros 4 e 6 da BR-222, há um grande número de acidentes. O que mais preocupa é a quantidade de atropelamentos no local. Dos 133 acidentes, registrados de janeiro a agosto de 2011, 25 foram atropelamentos.
Até o fechamento da edição, a superintendência do Departamento Nacional da Infraestrutura de Transporte (Dnit) no Ceará não havia respondido aos telefonemas da reportagem.
Geimison Maia