domingo, 8 de janeiro de 2012

Os milagres do santo da casa

O acervo possui para mais de 1 mil itens em exposição que contam um pouco da história da ocupação do Ceará, desde a pré-história, com registros de pinturas rupestres, armas em pedra lascada e polida, fósseis e, em especial, objetos das elites interioranas do período colonial. Além do registro histórico, revelando hábitos, fatos e personalidades do período, cada peça pertencente ao Museu dos Inhamuns, no município de Tauá, é marcada pela paixão e a atenção com a memória de seus cuidadores, o casal Joaquim de Castro Feitosa e Maria Dolores de Andrade Feitosa.

Hoje, presidente da Fundação Bernardo Feitosa, criada após o falecimento do marido, Dolores lembra com orgulho o trabalho de coleção desenvolvido ao longo de décadas pelos dois por mero fascínio e vontade de perpetuação dessa memória. "Éramos originários de famílias tradicionais. Eu, de Sobral; ele, lá dos Inhamuns. Nós já tínhamos uma convivência (com os objetos coletados). Era um assunto usual nas nossas famílias as histórias tradicionais e até os objetos que faziam parte dessa história", lembra Dolores.

A coleção começou a ser montada no início dos anos 1950, pouco depois do casamento de Dolores, inicialmente, com peças ligadas a essa história colonial que suas casas. Depois, com peças que paulatinamente iam adquirindo. "Meu marido era engenheiro agrônomo, viajava muito pelo interior, onde ele achava alguma coisa, ou que quisessem dar ou vender, ele comprava", lembra. O acervo gradualmente foi se avolumando e organizado da melhor forma possível na varanda da casa, em Fortaleza. "Morávamos na rua Monsenhor Bruno e tinha um varanda muito larga. Nós fechamos e ali fizemos um espaço, um abrigo para a coleção. Até uma espécie de cofre com visor para expor as joias nós tínhamos", complementa.

Os escritores Darcy Ribeiro e Eduardo Campos estão entre os ilustres que visitaram a coleção à época, lembra Dolores, dando a dimensão que o ato, a priori amador e caseiro, pouco a pouco tomava. Na década de 1980, a coleção já se amontoava na varanda e guardava peças de grande valor histórico, como um pilão de pedra indígena conseguido na Serra da Ibiapaba e as joias antigas da família. O tempo livre, fruto da aposentadoria dos dois, e a falta de espaço foram o motor para que no fim daquela mesma década se mudassem para Tauá, interessados em dar um novo passo na vida de um colecionador: fundar um museu.

"A gente tinha dúvida de que talvez a sociedade não entendesse o valor. Não compactuasse do valor que nós estávamos dando. Então, fizemos uma exposição em um clube. Foi uma coisa feita amadoristicamente, como quase tudo nosso é. Em dois dias, recebemos 800 visitas", conta. O sonho veio em 1989, com a cessão do prédio da antiga Cadeia Pública de Tauá para abrigar a coleção, que agora compunha o acervo do Museu dos Inhamuns.

Acervo
O museu abriga hoje, além das peças do período colonial, um vasto acervo arqueológico e paleontológico, como ossos de preguiça gigante que habitavam a região alguns milênios atrás. Para Dolores, uma mostra abrangente do que explica o que é o sertão cearense. "Nossos avós, realmente, são os indígenas. Dividimos o acervo cronologicamente. Tem uma sala de paleontologia, uma sala de arqueologia. Temos a coleção do período colonial, a sala de aristocracia rural", ilustra.

Com uma boa vivência na área e conhecedora da maioria dos museus do interior do Estado, Dolores avalia que nenhum outro tem a diversidade e relevância de peças que possuem, "exceto Sobral, que eu não chamo nem interior, viu", completa.

Apesar da relevância do acervo que possui e da sobriedade que têm sua cuidadora em articular ações, a dificuldade financeira é uma constante que assola o Museu dos Inhamuns. Aos 87 anos, 60 deles dedicado à museologia, Dolores tem ainda vigor para reclamar e cobrar atenção para o setor tanto pelo setor público quando privado.

Ela é uma das figuras bastante atuantes do Sistema Estadual de Museus, promovendo cursos de formação, inscrevendo-se em editais e buscando parcerias. O museu funciona hoje como Ponto de Cultura. "Nós temos uma significação muito grande, somos um exemplo muito bom para os museus interioranos. Mas temos uma deficiência grande de recursos humanos, embora fazendo esses cursos, as oficinas... Nós temos dificuldades principalmente da mola do mundo (dinheiro)", lamenta e completa. "É questão de amor, amor verdadeiro pelo museu", conta a gestora.

Comunidades e as casas da memória
Resgatando histórias ignoradas pelos acervos de museus tradicionais, os museus comunitários trabalham a memória sob perspectiva social, pedagógica e ideológica junto a aldeamentos indígenas, a grupos quilombolas, comunidades de pescadores e áreas de conservação ambiental. Os registros dos feitos grandes líderes e representantes das classes dominantes cedem espaço para os de homens comuns, elementos da natureza e do cotidiano dessas comunidades, que se revelam protagonistas dessa reconstrução do passado, elegendo eles próprios o que lembrar e o que esquecer. No Ceará, 20 destas iniciativas já se organizam em torno da Rede Cearense de Museus Comunitários, como uma maneira de fortalecer os projetos e dar visibilidade às suas atividades.

 O historiador João Paulo Vieira, coordenador do projeto Historiando (que realiza atividades museológicas, a partir de pesquisas coletivas sobre história e patrimônio de pequenas comunidades) e membro da recém criada rede destaca algumas destas iniciativas no Estado. Para ele, os museus indígenas figuram entre os protagonistas destas novas histórias, utilizando a museologia como recurso para o reconhecimento e afirmação de suas identidades, além de preservação da cultura, sendo os museus instrumentos na luta pela demarcação de terras. "Esses grupos perceberam o poder da memória no sentido de articular e de disputar um espaço dentro das políticas públicas patrimoniais e de memória, e começam a utilizar uma invenção do dominante, do colonizador, que são os museus, para afirmarem suas existências", argumenta.

A ideia é quebrar com a postura tradicional que preserva a versão da história pelo ótica do dominante - preservando, por exemplo, o chamado patrimônio de pedra e cal, como Casa de Câmara e Cadeia, sobrado suntuosos, enquanto destrói vilas operárias e casas de pescadores - e construir coletivamente a memória dessas comunidades. "Esses museus estão tentando atribuir significados e sentidos a esse patrimônio cultural dessas populações, dessas comunidades, que muitas vezes não são reconhecidas pelo poder público, por estarem à margem dos bens que são considerados patrimônio nacionais e estaduais", reforça.

João Paulo cita o exemplo do acervo do Museu do Ceará sobre escravidão, formado na perspectiva tradicional, que traz apenas objetos dos utilizados pelos donos de escravos, principalmente ligados à tortura, como algemas, gargalheiras, o tronco e a  mesa em que se assinou a abolição. "Mas o negro enquanto sujeito, os objetos de culto, do cotidiano, não estão presentes nessas exposições", observa.

Sob a proposta de incluir a perspectiva das comunidades, o próprio território que habitam vira objeto do museu. Os bens naturais como rio, árvores, o patrimônio vivo, os saberes, também são "musealizados". No acervo dos museus indígenas, é possível encontrar elementos do cotidiano, como armadilhas tradicionais para caça, objetos para pesca, tarrafas, artesanato, utensílios ritualísticos, mas também fotografias dos processos de articulação comunitária, dos saberes e fazeres tradicionais.

Pedagogia
O museu dos índios Canindé do município de Aratuba (há 128 km de Fortaleza) foi o primeiro go gênero no Estado. Criado em 1994 por iniciativa do Cacique Sotero, foi aberto ao público no ano de 2002, desenvolvendo um trabalho em consonância com a escola indígena diferenciada. "Muitas vezes as escolas indígenas não têm material didático apropriado. Têm dificuldade na execução das suas disciplinas diferenciadas e os museus se tornam um espaço onde eles podem, realmente, a partir da cultura material, a partir do acervo que está ali exposto, pensar e refletir sobre sua própria historicidade", explica João Paulo.

Outras experiências que exploram esse caráter pedagógico são os chamados ecomuseus. João Paulo destaca duas iniciativas, em Maranguape, na comunidade de Cachoeira, e em Fortaleza, com o Ecomuseu do Mangue da Sabiaguaba. "Eles têm uma trilha onde os visitantes andam pelo mangue, conhecendo a vegetação a fauna e também discutindo o mangue como o berçário da vida no mar", ilustra. Em ambos, o foco não é a memória em si, mas o trabalho ecológico e de educação ambiental.

Entre as 20 comunidades que apresentam trabalhos na área e participam da Rede Estadual de Museus Comunitários estão ainda a Colônia Z8 de Pescadores, Associação dos Moradores do Titãzinho, em Fortaleza, os índios do município de Poranga, os Tremembé de Almofala (em Itarema), Tapebas (Caucaia), além de entidades e projetos em diversas comunidades do Estado. "Já tivemos uma primeira reunião. Vamos criar um site para informar tudo o que se passa nesse processo de musealização, dando visibilidade a essas iniciativas", projeta.

Atletas das bikes enfrentação 327 Km de pura competição no Rally Cerapió

O maior rally de regularidade da América Latina, Cerapió completa 25 anos para os motorizados, já para o mountain bike, considerado o único rally de bike do mundo, chega à sua 12ª edição como uma prova tradicional de longa distância. Depois de recentemente concluído o levantamento do percurso pela equipe técnica da prova, ficou definido todos os detalhes dos quatro dias oficiais de mais uma aventura sobre duas rodas. Os bikers percorrerão 327 km de prova, contando os trechos cronometrados e deslocamentos, com terrenos e climas variados, com passagem por municípios do Ceará e Piauí. O evento começa dia 22 de janeiro, no Centro Dragão do Mar, em Fortaleza –CE, com as vistorias técnicas e médicas, que seguirão até o dia 23, dia marcado para os os briefings, coletiva de imprensa e largada promocional para todos os competidores.


A aventura começará pra valer no dia 24 de janeiro, na Praia do Cumbuco, localizada no município de Caucaia/CE, a 30 km de Fortaleza. A largada para o rally de bike se dará precisamente às 8h, em frente ao restaurante Velas do Cumbuco.


O diretor da prova, Zenardo Maia, afirmou que a etapa de abertura será longa, com predomínio esperado de sol e ventos fortes. “O bom senso recomenda o uso de protetor solar e roupas apropriadas para proteção, como forma de evitar desgastes”, alerta. Depois da largada, a competição segue passando pelo Porto do Pecém e pelas praias de Taíba e Paracuru. A direção de prova adianta que o vento ajudará, soprando a favor dos atletas. Na cidade de Paracuru, os atletas deixarão a praia para seguir por trilhas de terreno arenoso, passando pela cidade de Paraipaba, de lá seguirão por estradas vicinais até a cidade de Trairi, para o primeiro pernoite. A chegada que será no Pólo de Lazer da Lagoa. Esta primeira etapa soma um total de 92 km.


“Apesar de ser um terreno plano, o primeiro dia não será nada fácil, quase todo percurso é de terreno arenoso, fazendo com que o atleta tenha que pedalar mais forte. Um bom planejamento de corrida faz a diferença em um rally como o Cerapió”, destaca Maia.


A partida para a 2ª etapa, dia 25, terá largada no Pólo de Turismo da praia de Mundaú-CE, até a cidade de Itapipoca. O dia começa com certo grau de dificuldade, adianta Márcio Braz Filho, coordenador da prova. “Subir uma duna digna de Rally Cerapió, em um lugar encantador que revela na dificuldade do obstáculo um paraíso que aparece perdido na imensidão da paisagem, misturando dunas e o mar ao fundo. Impossível pedalar, mas também pra que? Com tanta coisa bonita pra se ver”, brinca Márcio Filho. Mas, nem tudo é festa e a jornada continua. Depois de atravessar as dunas, os competidores seguem por estrada de terra passando pelas localidades Palmeiras e Oásis, seguindo uma trilha muito arenosa até cruzarem a CE-085, local de zona de apoio técnico. A trilha continua depois de um trecho de asfalto e segue até encontrar a BR-402. Neste local encerra-se a especial (trecho cronometrado) do dia. A trupe segue em deslocamento até o Posto São Tomé, da Petrobrás, na saída de Itapipoca.


“É importante lembrar que os trechos de deslocamento durante o percurso da prova são válidos, pois o atleta pode ter a surpresa de cruzar com PC de roteiro. A prova só acaba embaixo do arco de chegada. Será outro dia com altas temperaturas e com trilhas muito arenosas”, diz Maia, completando que será um total de 85 km de trilha.


No 3º dia, 26, os atletas terão um super circuito de 76 km em Pedro II já, no Piauí. Nesta etapa, eles enfrentarão subidas e descidas, riachos e alguns bancos de areia nas trilhas ao redor de Pedro II. Segundo Márcio Filho, os atletas enfrentarão um clima mais ameno. “É um circuito com característica técnica por causa das descidas rápidas e subidas acentuadas em um terreno com lajes e pedras soltas”, explica.


No 4º e último dia, os atletas largarão de Altos-PI, cidade ao Norte do Piauí, e seguirão por um estradão até a localidade Zundão, de onde partirão em direção ao povoado Mucambo, às margens da PI-113. Após cruzar menos de um quilômetro de asfalto, a competição adentra a trilha novamente e desta vez em um estradão um pouco mais técnico até a localidade Lagoa de Piripiri. “No trecho seguinte, os bikes seguirão até a localidade Tapuia, onde mudam de direção indo no sentido da localidade Santa Luz. Já próximo ao fim da etapa, a trilha ganha características mais técnicas por causa das pedras soltas e pequenos bancos de areia”, diz Márcio Filho. O Fim da especial acontecerá no Sítio Cantinho do Céu, já na zona rural de Teresina, capital do Piauí, para um trecho de deslocamento de 20 km até a Ponte Estaiada – Mestre João Isidoro França, local onde acontecerá a grande festa de premiação para todas as modalidades do Cerapió 2012, a partir das 21 horas.


O Cerapió é uma realização da Radical Produções. As inscrições estão abertas para todas as modalidade no site oficial do evento: www.cerapio.com.br. Patrocínio: Honda, Governo do Estado do Ceará; Co-patrocínio: Governo do Estado do Piauí, Prefeitura Municipal de Teresina; Apoio: Volkswagen, Houston. Colaboração: Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (Fortaleza - CE), Prefeitura de Tururu (CE), Prefeitura de Uruburetama (CE), Prefeitura de Trairi (CE), Prefeitura de Sobral (CE), Prefeitura de Pedro II (PI). Colaboração Especial: Onix, Sebrae (PI), Tv Clube e Revista da Moto. Transportadoras Oficial: TAMAR e Motoliner. Parceiro: Gol. Supervisão: CBA, CBM, Fed. de Motociclismo do Piauí – FMP, Fed. de Motociclismo do Ceará – FMC, Fed. Cearense de Automobilismo – FCA, Fed. de Ciclismo do Piauí - FCICLOPI, Federação de Ciclismo do Ceará – FCC.

Vagas/Sine-IDT - Caucaia

CAUCAIA(85) 3101.3378
Abatedor de aves      1 vaga
Assistente de serviço de contabilidade   1 vaga
Assistente administrativo     1 vaga
Auxiliar de almoxarife      2 vagas
Auxiliar de cozinha      1 vaga
Auxiliar de instalador de som e acessórios veículos  1 vaga
Auxiliar de limpeza      1 vaga
Auxiliar de marceneiro      1 vaga
Barman        1 vaga
Caixa lotérico       1 vaga
Caldeireiro montador      3 vagas
Confeiteiro        4 vagas
Costureira de máquinas industriais   2 vagas
Cozinheira        1 vaga
Eletricista de instalações de veículos   1 vaga
Empregada doméstica nos serviços gerais  1 vaga
Frentista        5 vagas
Garçom/garçonete      7 vagas
Marceneiro        5 vagas
Mecânico de veículos      1 vaga
Mecânico manutenção industrial    1 vaga
Motoqueiro       2 vagas
Motorista de caminhão truk     2 vagas
Motorista de kombi      1 vaga
Oficial de serviços gerais     4 vagas
Operador de caldeira      2 vagas
Padeiro        4 vagas
Pedreiro de acabamento e alvenaria   30 vagas
Porteiro        3 vagas
Representante comercial     2 vagas
Técnico em PCP       1 vaga
Vendedor externo      15 vagas

Dez policiais expulsos em 1997 retornaram à PM

Enquanto o presidente de honra do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva, discursava na Concha Acústica da UFC, no dia 3 de outubro de 1997, agentes da Inteligência da 2ª Seção do Comando Geral da Polícia Militar, infiltrados entre populares com máquinas fotográficas, acompanhavam o ato político. O interesse não era Lula, então candidato a presidente do Brasil. Eram dois sargentos e um soldado da PM, contratados por José Guimarães (hoje deputado federal/PT) para fazer a segurança de Lula da Silva enquanto ele estivesse em Fortaleza.

Os sargentos Josué Pereira de Sousa e Marcos Aurélio da Silva, além do soldado José Tupinambá Fernandes, que trabalhavam à paisana, estavam prestes a ser expulso dos quadros da PM . Haviam sido apontados como líderes da primeira greve da PM cearense, ocorrida nos dias 29 e 30 de julho daquele ano (1997), e respondiam em liberdade um Conselho de Disciplina. “Era mais uma forma de agravar nossa situação no processo e nos tachar de subversivos”, recorda Josué Pereira, 49.

Os três militares, “já quase desempregados” e com apenas 40% dos vencimentos, haviam sido presos disciplinarmente e, depois de soltos, afastados dos quartéis onde trabalhavam. Além da punição, o então secretário da Segurança Pública do Ceará, general Cândido Vargas Freire, mandou recolher dos “amotinados” o armamento, a carteira funcional e a farda.

Cinco meses após a greve, sufocada pelo então governador Tasso Jereissati (PSDB) e o tiroteio que baleou o coronel Mauro Benevides, os três seguranças de Lula e mais dez praças (um cabo, oito soldados e uma policial feminina) eram expulsos oficialmente da PM por quebra de hierarquia e disciplina.

Anistia

Dos 13 policiais militares excluídos, de acordo com documentos do arquivo pessoal de Josué de Sousa, dez foram reintegrados a partir de 2009 e até o ano passado. Quem participou da greve foi anistiado pela Lei Federal nº 12.191, de 13 de janeiro de 2010. Quinze anos depois, por força de uma decisão judicial, retornaram à PM na mesma patente da época da exclusão.

Josué de Sousa, graduado em Filosofia pela Uece, é um dos três que ainda não voltou a vestir farda. Após prestar concurso para professor, foi eleito e está no segundo mandato de diretor da Escola Estadual Virgílio Távora (Messejana). “Estou esperando que o Estado reconheça a anistia e o processo de reintegração transite em julgado. Teremos direito à promoção, salários atrasados e a dignidade refeita”, explica.

O hoje advogado Marcos Aurélio, 45, formado pela Unifor, foi vigilante e estagiário de escritório de advocacia. É um dos que retornaram à PM. Em maio deste ano, completa 30 de polícia e vai pedir a reservar. “Voltarei ao escritório”. Já o soldado Tupinambá, aos 51 anos, voltou à PM e está trabalhando da Companhia de Gurda do Presídio. Trabalhou de técnico de enfermagem e foi acadêmico de Gestão Empresarial.

O POVO procurou o ex-governador Tasso Jereissati. Até agora,
espera uma resposta de sua assessoria de imprensa.

Números

70
PMs que participaram da greve de 1997 foram punidos com prisões disciplinares. Muitos foram transferidos para quartéis do Interior do Ceará.

13
Militares da Polícia Militar cearense foram expulsos depois da greve dos dias 29 e 30 de julho de 1997. Três sargentos, um cabo, oito soldados e uma policial feminina.

98
Policiais civis responderam processos administrativos/1997. Raimundo Soares, então vice-presidente do Sinpoci, diz que ninguém foi demitido do serviço público por causa da greve.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Estudos avaliam se Metrofor vai até Pecém

Expansão da linha oeste deve atender ao aumento da demanda da região com instalação de refinaria e siderúrgica

O metrô de Fortaleza pode chegar até o Pecém. A Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) realiza estudos para estender a linha oeste, que hoje vai até Caucaia, para o município de São Gonçalo do Amarante. Segundo o diretor de Desenvolvimento da empresa, Edilson Aragão, esta possibilidade deve atender ao crescimento da demanda para aquela região com a instalação dos polos petroquímico e siderúrgico.

Ramal em Maranguape

Além desta expansão na linha oeste, a empresa também estudo o Ramal Maranguape a partir da linha sul. Ambos os projetos devem ficar "para depois", segundo o diretor.

Cronograma

A linha oeste, que passa por melhorias, vai rodar com seis composições de quatro trens, os VLTs (Veículo Leve sobre Trilhos). Quatro unidades já chegaram a Fortaleza.

"As outras duas devem ser recebidas até fim de fevereiro", garante Aragão. A capacidade é para transportar até 766 passageiros por viagem, cada composição. O edital para obras da linha leste está sendo elaborado e deve ser lançado até o fim deste ano. "Obras devem começar em 2013 e prevê-se seis anos para conclusão", projeta o diretor de Desenvolvimento do Metrofor.

De acordo com ele, a licitação do ramal Parangaba/Mucuripe deve ser finalizada neste mês. "A ordem de serviço deve sair em fevereiro", afirma. Aragão confirma que o andamento de todos os projetos do Metrofor está "de acordo com o cronograma que foi apresentado pelo governador Cid Gomes".

Linha Sul

A construção da linha sul, esperada pelos fortalezenses há cerca de 13 anos, está com 95% das obras civis concluídas. "O próximo passo é o lançamento da licitação dos sistemas elétricos e de sinalização no valor de R$ 180 milhões", explica Edilson Aragão. "Isso vai permitir a conclusão da linha sul, que deve operar até a Parangaba a partir de julho e até a última estação a partir de outubro".

Mais dois trens unidades elétricas (TUEs) que irão circular na linha sul chegam ao Ceará nesta segunda-feira. Cada trem é composto por três carros de passageiros. O desembarque será feito no Porto do Pecém. Estas composições, assim como outras duas que já estão no Ceará, fazem parte do pacote de 20 trens. Os outros 16 trens devem chegar até outubro deste ano.

Os trens estão vindo de Nápoles, na Itália, e serão montados no próprio Porto do Pecém por uma equipe de técnicos italianos. Segundo estimativa do gerente de material rodante da Diretoria de Implantação do Metrofor, Montini Silva Maranhão, os trens deverão iniciar os testes em fevereiro. "Quando os trens chegam, a Receita Federal precisa liberar os equipamentos. Depois disso, passamos 15 dias na pré-montagem. A partir daí, eles já vão quase prontos para a oficina do Metrofor em Pacatuba", afirma. O transporte dos trens do Pecém a Pacatuba irá utilizar a linha de transporte de cargas que já existe.

Os trens são elétricos com 40 metros de comprimento cada um e capacidade para 445 passageiros, sendo 50 sentados. Está previsto o início dos testes assistidos o segundo semestre deste ano. Os testes assistidos são feitos com transporte de pessoas, mas sem cobrança de passagem, em determinados horários.

Testes

Os dois trens elétricos que já estão no Ceará passam por testes na oficina do Metrofor, em Pacatuba. Um deles já passou por testes estáticos e está na fase de testes dinâmicos. O segundo terá os testes estáticos iniciados no final de janeiro.

De acordo com Montini Maranhão, os testes estáticos demoram cerca de 20 dias. Já os testes dinâmicos levam cerca de 30 dias. Mas, de acordo com o gerente de material rodante, esse tempo pode ser bem menor.

"À medida que você vai fazendo os testes, você vai ganhando tempo porque os ajustes feitos nos trens em teste já são feitos nas composições que estão na montagem. Estes trens que estão chegando agora, por exemplo, já serão montados com os ajustes identificados nos testes dos primeiros", afirma Montini Maranhão.

Licitação

180 mi de reais é o valor da licitação para compra de equipamentos para os sistemas elétricos e de sinalização da linha sul do Metrofor

O maior rally de regularidade da América Latina, terá largada na Praia do Cumbuco

O maior rally de regularidade da América Latina, Cerapió completa 25 anos para os motorizados, já para o mountain bike, considerado o único rally de bike do mundo, chega à sua 12ª edição como uma prova tradicional de longa distância. Depois de recentemente concluído o levantamento do percurso pela equipe técnica da prova, ficou definido todos os detalhes dos quatro dias oficiais de mais uma aventura sobre duas rodas. Os bikers percorrerão 327 km de prova, contando os trechos cronometrados e deslocamentos, com terrenos e climas variados, com passagem por municípios do Ceará e Piauí. O evento começa dia 22 de janeiro, no Centro Dragão do Mar, em Fortaleza –CE, com as vistorias técnicas e médicas, que seguirão até o dia 23, dia marcado para os os briefings, coletiva de imprensa e largada promocional para todos os competidores.
A aventura começará pra valer no dia 24 de janeiro, na Praia do Cumbuco, localizada no município de Caucaia/CE, a 30 km de Fortaleza. A largada para o rally de bike se dará precisamente às 8h, em frente ao restaurante Velas do Cumbuco.
O diretor da prova, Zenardo Maia, afirmou que a etapa de abertura será longa, com predomínio esperado de sol e ventos fortes. “O bom senso recomenda o uso de protetor solar e roupas apropriadas para proteção, como forma de evitar desgastes”, alerta. Depois da largada, a competição segue passando pelo Porto do Pecém e pelas praias de Taíba e Paracuru. A direção de prova adianta que o vento ajudará, soprando a favor dos atletas. Na cidade de Paracuru, os atletas deixarão a praia para seguir por trilhas de terreno arenoso, passando pela cidade de Paraipaba, de lá seguirão por estradas vicinais até a cidade de Trairi, para o primeiro pernoite. A chegada que será no Pólo de Lazer da Lagoa. Esta primeira etapa soma um total de 92 km.
“Apesar de ser um terreno plano, o primeiro dia não será nada fácil, quase todo percurso é de terreno arenoso, fazendo com que o atleta tenha que pedalar mais forte. Um bom planejamento de corrida faz a diferença em um rally como o Cerapió”, destaca Maia.
A partida para a 2ª etapa, dia 25, terá largada no Pólo de Turismo da praia de Mundaú-CE, até a cidade de Itapipoca. O dia começa com certo grau de dificuldade, adianta Márcio Braz Filho, coordenador da prova. “Subir uma duna digna de Rally Cerapió, em um lugar encantador que revela na dificuldade do obstáculo um paraíso que aparece perdido na imensidão da paisagem, misturando dunas e o mar ao fundo. Impossível pedalar, mas também pra que? Com tanta coisa bonita pra se ver”, brinca Márcio Filho. Mas, nem tudo é festa e a jornada continua. Depois de atravessar as dunas, os competidores seguem por estrada de terra passando pelas localidades Palmeiras e Oásis, seguindo uma trilha muito arenosa até cruzarem a CE-085, local de zona de apoio técnico. A trilha continua depois de um trecho de asfalto e segue até encontrar a BR-402. Neste local encerra-se a especial (trecho cronometrado) do dia. A trupe segue em deslocamento até o Posto São Tomé, da Petrobrás, na saída de Itapipoca.
“É importante lembrar que os trechos de deslocamento durante o percurso da prova são válidos, pois o atleta pode ter a surpresa de cruzar com PC de roteiro. A prova só acaba embaixo do arco de chegada. Será outro dia com altas temperaturas e com trilhas muito arenosas”, diz Maia, completando que será um total de 85 km de trilha.
No 3º dia, 26, os atletas terão um super circuito de 76 km em Pedro II já, no Piauí. Nesta etapa, eles enfrentarão subidas e descidas, riachos e alguns bancos de areia nas trilhas ao redor de Pedro II. Segundo Márcio Filho, os atletas enfrentarão um clima mais ameno. “É um circuito com característica técnica por causa das descidas rápidas e subidas acentuadas em um terreno com lajes e pedras soltas”, explica.
No 4º e último dia, os atletas largarão de Altos-PI, cidade ao Norte do Piauí, e seguirão por um estradão até a localidade Zundão, de onde partirão em direção ao povoado Mucambo, às margens da PI-113. Após cruzar menos de um quilômetro de asfalto, a competição adentra a trilha novamente e desta vez em um estradão um pouco mais técnico até a localidade Lagoa de Piripiri. “No trecho seguinte, os bikes seguirão até a localidade Tapuia, onde mudam de direção indo no sentido da localidade Santa Luz. Já próximo ao fim da etapa, a trilha ganha características mais técnicas por causa das pedras soltas e pequenos bancos de areia”, diz Márcio Filho. O Fim da especial acontecerá no Sítio Cantinho do Céu, já na zona rural de Teresina, capital do Piauí, para um trecho de deslocamento de 20 km até a Ponte Estaiada – Mestre João Isidoro França, local onde acontecerá a grande festa de premiação para todas as modalidades do Cerapió 2012, a partir das 21 horas.

CARNAVAL 2012 – NOVA RUSSAS ANUNCIA OS PRIMEIROS GRITOS

Foram dados os primeiros passos para o projeto de resgate do Carnaval de Nova Russas, pelo Projeto apresentado ao Senhor Prefeito Municipal, o carnaval passará a contar com Pré Carnavais, todos os Sábados que antecedem ao CARNAVAL à partir do dia 21 de Janeiro, com concentrações dos blocos em determinados bairros, terminando com um desfile na Praça da Rodoviária. Desta forma no mês de JANEIRO haverá pré-carnavais nos dias 21 e 28 e no mês de fevereiro nos dias 04 e 11.

Já no que se refere ao carnaval em si, pelo projeto apresentado a abertura oficial deverá ser feita no dia 17 de fevereiro, se prolongando até as 06:00 horas do dia 22 de fevereiro, totalizando desta forma 10 dias de carnaval.

De acordo com pó projeto que pretende fazer o RESGATE CULTURAL, do velho trio elétrico, do Edinásio, Anísio, Louro e tantos outros, até mesmo o repertório deverás ser direcionado para o frevo, estudando-se as participações do Armandinho, Moraes Moreira e Luis Caldas, para tanto a Assesssoria Especial, está apresentando projeto junto ao Governo do Estado no sentido de viabilizar recursos.

Não ficaram de fora, a tradição dos BLOCOS e PAREDÕES, esse ano serão convidados a formarem parcerias com a Administração Pública, para participarem e incrementarem o CARNAVAL, para tanto os paredões deveram se credenciar junto a Administração e ao lado dos blocos animarem a folia, à partir dos pré-carnavais.

Finalizando o projeto do CARNAVAL, o mesmo, ainda contempla o Carnaval a Beira do Açude do Linhares, animado pelas Bandas locais, com o repertório tradicional de FREVO, evitando desta forma o deslocamento de foliões para o Açude do Carão, para assistirem SWOS de FORRÓ, pretende a Administração levar os foliões a brincarem o verdadeiro Carnaval de Nova Russas, ao SOM de Trios Elétricos que esse ano deverá ser comandado por dois trios Elétricos Tradicionais, do Carnaval de Nova Russas, sem Bandas de Forró.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

SISU 2012 - 07 A 12 DE JANEIRO

Para se inscrever no Sisu 1º/2012 é preciso ter feito a prova do Enem 2011, com nota diferente de zero na redação. É preciso ter em mãos o número de inscrição e a senha no Enem 2011. Não é possível participar utilizando número de inscrição e senha cadastrados em outras edições do Enem.

o que é o Sisu
 
O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é o sistema informatizado, gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), no qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).
O processo seletivo do Sisu 1º/2012 selecionará candidatos para ingresso em cursos com vagas para o ano letivo de 2012 (1º e 2º semestre).