A Espanha registrava ao fim do primeiro trimestre do ano um índice de
desemprego que atinge 24,44% da população ativa, mais de 5,6 milhões de
pessoas, a maior taxa desde o início da publicação da série estatística
em 1996.
Os jovens com idades entre 16 e 24 anos são os mais afetados, com uma
taxa de desemprego de 52,01%, ainda pior que os 48,6% registrados no
trimestre anterior.
No primeiro trimestre de 2012, quando a Espanha retornou à recessão, o
número de pessoas sem emprego alcançou 5.639.500, segundo o INE
(Instituto Nacional de Estatística).
No último trimestre de 2011, a taxa de desemprego ficou em 22,85%. O
INE também divulgou nesta sexta-feira (27) uma alta da inflação em
abril, a 2% em ritmo anual, segundo dados ainda provisórios.
A inflação, que atingiu o valor máximo em abril de 2011 com 3,5%, havia iniciado um movimento de desaceleração desde então e chegou a 1,8% em março.
A inflação, que atingiu o valor máximo em abril de 2011 com 3,5%, havia iniciado um movimento de desaceleração desde então e chegou a 1,8% em março.
Média europeia
A Espanha supera em muitos pontos a média de desemprego da União
Europeia, que é de 10,2% -10,8% nos países da zona do euro-, segundo os
últimos dados do escritório de estatística europeu, a Eurostat,
divulgados em 2 de abril.
Na Europa, o país é seguido pela Grécia, onde o desemprego é de 21%, e Portugal, que tem índice de 15%.
O Banco da Espanha confirmou em 23 de abril que a economia do país
está novamente em recessão, com uma queda de 0,4% no primeiro trimestre
do ano e uma previsão de contração de 1,7% ao longo do ano
Rebaixamento da nota
A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou nesta quinta-feira em dois degraus a nota da dívida soberana da Espanha, situando-a em "BBB+" com perspectiva negativa, o que atribuiu ao volume de dívida do país enquanto sua economia sofre retração.
A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou nesta quinta-feira em dois degraus a nota da dívida soberana da Espanha, situando-a em "BBB+" com perspectiva negativa, o que atribuiu ao volume de dívida do país enquanto sua economia sofre retração.
"Pensamos que os riscos estão aumentando em relação à sua situação
fiscal e flexibilidade, assim como à carga de sua dívida soberana",
disse a agência em nota oficial.
A agência alerta que a Espanha poderia ter que fazer mais dívidas
para manter seu setor bancário. A previsão é de que o PIB do país caia
1,5% este ano, contra um crescimento de 0,3% anunciado anteriormente.
Na terça, a Espanha emitiu títulos da dívida pública com juros mais altos, sinal de que o país aumentou a crise.
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