Segundo a Companhia, a manutenção superou as expectativas, já que
bairros aonde a água não chegava já estão recebendo o líquido Foto:
Natinho Rodrigues
A Companhia de Água e Esgoto do Ceará
(Cagece) garantiu, na manhã de ontem, que o abastecimento de água em
Fortaleza voltará ao normal até a próxima sexta-feira (23). Segundo o
diretor de operações da Cagece, André Facó, os trabalhos de manutenção
na Estação de Tratamento de Água do Gavião superou as expectativas da
companhia, já que a água, em muitos bairros aonde não chegava, já está
saindo das torneiras dos moradores.
"Nós consertamos inúmeros
vazamentos e substituímos uma nova válvula borboleta no sistema. Agora, é
esperar para que toda Grande Fortaleza seja beneficiada. É só questão
de tempo. Garanto que não haverá prorrogação da data. Na próxima semana,
acredito que tudo volte ao normal, principalmente naqueles bairros mais
críticos", disse.
Até a última sexta-feira (16), cerca de 40
bairros da Capital e região metropolitana ainda se encontravam sem água
nas torneiras devido à manutenção feita na quinta-feira (15).
De
acordo com diretor da Cagece, neste fim de semana, o órgão já conseguiu
reduzir esse número de bairros. E que durante toda a próxima semana, o
objetivo é normalizar a situação em todos os bairros.
A Cagece
disse também que algumas áreas que passam por ocorrências de baixa
pressão também já tiveram o abastecimento regulado no início deste fim
de semana. Entre os bairros, estão Quintino Cunha, Antônio Bezerra,
Cidade Oeste, Floresta, Planalto Pici, Messejana, Curió, Lagoa Redonda,
Guajiru, Paupina e Conjunto Ceará. "Claro que em alguns locais críticos a
água não chegou, mas se a nossa meta for concretizada, até a semana que
vem seja tudo solucionado", disse o especialista.
Manutenção
Moradores
de Fortaleza e região metropolitana, no feriado da Proclamação da
República (15), tiveram o fornecimento de água suspenso para que fosse
realizado um serviço de manutenção na Estação de Tratamento do Gavião.
Fortaleza, Caucaia, Maracanaú e Eusébio foram os municípios atingidos.
Em Caucaia, por exemplo, a situação era crítica.
A população do
bairro Guadalajara, por exemplo, sofre com a inconstância do
abastecimento de água o ano todo. As pessoas recorrem ao "cacimbão do
Júnior", liberado por um dos moradores. Porém, a água não serve para
beber ou cozinhar alimentos. "A gente toma banho e sente o cheio ruim",
comentou a dona de casa Maria do Carmo de Oliveira. Ela disse que tem
dias que nem almoça por causa da falta de água. "É muito triste a nossa
situação. O governador devia ter piedade e pedir para alguém da Cagece
liberar água para a gente", apela a moradora.
Já o aposentado
Raimundo Soares, 72, afirmou que teve que percorrer cerca de três
quilômetros para pegar água em um sítio de uma amigo que se sensibilizou
e permitiu a retirada. "É nessas horas que os verdadeiros amigos
aparecem. Acho um absurdo faltar água. E o pouco que eu pego não dura
muito. Só para alguns dias. Tomara que esse sofrimento passe logo e tudo
se normalize", disse.
dn