Ainda no começo deste ano, o grupo
espanhol Happy Peixe deverá se instalar no Ceará. O grupo pretende
operar um estaleiro na região do município de Caucaia e no entorno do
Complexo do Pecém. O terreno já foi escolhido e já está em negociação
com o proprietário, segundo o secretário estadual da pesca, Ricardo
Campos. O investimento total previsto no projeto é de R$ 110 milhões.
De
acordo com Campos, a negociação não está sendo feita diretamente com a
Secretaria da Pesca. “É uma empresa privada comprando um terreno e se
instalando no Ceará. A secretaria da pesca não tem ingerência sobre
onde, quando e como eles vão instalar”, disse.
Campos lembrou
que a pretensão era de que o estaleiro se instalasse em Paracuru, mas
não foi possível. O equipamento produzirá principalmente barcos de
pesca, além de embarcações para trabalho
offshore com petróleo, prospecção de petróleo e gás natural. A intenção
é produzir barcos para a comercialização no Ceará, no restante do
Brasil e no exterior.
Segundo o secretário nacional da Pesca,
Flávio Bezerra, a grande novidade deste estaleiro será a modernização da
frota, que será em sua maioria destinada à produção de barcos de pesca.
“São barcos com tecnologia de ponta com casco de fibra, que é mais leve
e mais econômico. É incomparável com o material de construção dos
nossos barcos, que são de madeira”, explicou.
Bezerra disse
ainda que a negociação começou ainda no ano passado quando ele era
secretário da pesca no estado. A maioria da produção será de barcos de
pesca. (Teresa Fernandes)
Saiba mais
O Ceará é o quarto
estado em produção de pescado. Em posições superiores ao estado
aparecem Santa Catarina, com 183, 7 mil toneladas/ano, Pará, com 143
mil toneladas/ano e Bahia, com 114,5 mil toneladas anuais.
O cearense consome entre 10 e 12 quilos por ano do produto, enquanto a média nacional é de 9,6 kg/ano.
A quantidade é pequena em relação ao que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera o consumo ideal por pessoa de 14 quilos anuais.
o povo
A
Secretaria de Educação não tem o número de profissionais que irá
precisar, pois ainda está fazendo o levantamento dos dados da cidade
Foto: Viviane Pinheiro
