sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Caixa afirma que ocupação de moradores é ilegal; comunidade se nega a sair do local

A Caixa Econômica Federal informou por meio de nota nesta quinta-feira, 1º, que a ocupação dos moradores da Associação Gregos de Caucaia no condomínio de 870 unidades pertecente ao Programa Minha Casa Minha vida (PMCMV), do Governo Federal, não é legítima e fere os termos do acordo estabelecido com os moradores.

Na nota, a Caixa estabelece que o critério básico para inclusão dos moradores no perfil do PMCMV é ter uma renda mensal de até R$ 1.600 com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR).
Segue um trecho da nota emitida pela Caixa:
Desde a invasão, a CAIXA adotou as medidas legais cabíveis, bem como tentou todas as formas de solução amigável para o problema, permitindo inclusive que para que houvesse a desocupação pacífica, fosse feito levantamento pela Prefeitura de Caucaia dos invasores afim de verificação do enquadramento nas regras do PMCMV. Aqueles que se enquadrassem no PMCMV seriam direcionados para outros empreendimentos. A Prefeitura de Caucaia já concluiu o referido levantamento, porém os ocupantes insistem em não desocupar os imóveis, ferindo assim o acordo celebrado.
De acordo com a Caixa, na verificação efetuada pela Prefeitura, apenas 5% dos moradores da associação mostraram estar de acordo com as regras do programa do Governo Federal.
Segundo Victor Vidal, membro da direção da associação, os moradores não vão se retirar do condomínio. "Não vamos sair de lá pois não temos para onde ir", afirmou Victor. Às 14h desta quinta-feira, 1º, será realizada uma reunião em Brasília com representantes da associação, representantes da Caixa, e representantes do Ministério das Cidades, para definir a situação dos moradores do condomínio.
 Redação O POVO Online

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Caucaia intensifica treinamentos visando estréia no Brasileiro


Time feminino do Caucaia treina para disputar o Campeonato Brasileiro
CAUCAIA SERÁ REPRESENTANTE CEARENSE NO PRIMEIRO CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOL FEMININO
O time feminino de Caucaia Esporte Clube será o único representante cearense no Campeonato Brasileiro de Futebol na categoria, que será organizado pela primeira vez pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A competição vai reunir 20 equipes a partir de 14 de agosto. E os treinos da equipe do Caucaia seguem em ritmo acelerado.
O time entrou na competição devido aos bons desempenhos nos últimos Campeonatos Cearenses e também em Copas do Brasil. É também o atual campeão estadual feminino. “Teve muita equipe do Brasil querendo entrar no torneio e não conseguiu. Nós recebemos o convite da CBF por mérito, pelo que já fizemos nos últimos anos”, destacou o presidente do clube, Eudes Caucaia. O técnico do Caucaia, Fuscão, já conta com 22 jogadoras no elenco. Mas a meta da diretoria do Caucaia é investir para fortalecer o time na competição nacional. “Quero trazer pelo menos mais seis atletas. E, quem sabe, investir num nome de peso. Quem sabe até com nível de seleção brasileira”, revelou o presidente do Caucaia.
Eudes acrescentou que a participação no Brasileiro vai permitir mais visibilidade para a equipe e para as atletas. "O investimento mensal para manter as meninas do Caucaia é de R$ 20 mil", completou o dirigente, que também está em busca de patrocinadores, incluindo a Prefeitura Municipal de Caucaia e o Governo do Estado. Entre as revelações do Caucaia estão a meia-atacante Gaby, que aposta num bom desempenho do time no torneio. “Estamos treinando forte. Acho que o grupo é bom e pode surpreender”, disse. Outra atleta que promete muita dedicação nos treinos e em campo é a atacante Vivi. “Não vai faltar esforço da nossa parte. Sabemos que as outras equipes são fortes, mas tenho certeza que vamos ter todo o apoio da torcida cearense como um todo”, afirmou. O Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino começa em 14 de agosto com 20 equipes. A 1ª fase só terá jogos de ida.
A CBF ainda vai divulgar a tabela. Na segunda fase estarão oito times.
Fonte: Rogério Gomes, O Povo

Show “MARIAMA” na Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres, em Caucaia

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A Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres, em Caucaia, realiza no dia 4 de agosto um Show “MARIAMA” por ocasião da Chegada da Imagem Peregrina de Nossa Senhora dos Prazeres que começou peregrinar no dia 14 de julho nas comunidades que formam a paróquia. No dia 5 de agosto, às 17h, será a abertura da Festa da padroeira de Caucaia, Nossa Senhora dos Prazeres, com Procissão. O tema da festa é “Maria, mãe e discípula de Jesus, testemunha de fé”. Informações pelo telefone (85) 3342 3910, na Secretaria Paroquial.

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terça-feira, 30 de julho de 2013

Presos acusados de matar professor em dezembro do ano passado em Caucaia

Seis pessoas acusadas de assassinar o professor José Raimundo Gustavo Braga Filho, encontrado morto às margens da BR-222em dezembro do último ano, foram presas na tarde desta segunda-feira (29), no Parque Guadalajara, em Caucaia.
Acusados foram capturados no parque Guadalajara, em caucaia. FOTO: JL ROSA

Segundo o chefe da operação, Fábio Torres, um mandado para a prisão dos acusados já havia sido expedida pelo juiz da Vara Única da Comarca de Caucaia e não houve resistência no ato da prisão. Francisco Igor Ribeiro Sá, de 22 anos, Daniel Nascimento Lira Júnior, de 21, Fredson Medeiros Araújo, de 19, Antônio Giscardson Silva Sá, de 23, Francisco Sérgio Araújo Firmino, de 19, e Iranilson Gonzaga da Silva, de 26, estão recolhidos na Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), na Capital. Na casa de Sérgio, a polícia ainda encontrou 25 pedras de crack, o que acarretou em sua prisão também por tráfico de drogas.

De acordo com informações obtidas durante as investigações, Fredson foi o idealizador do crime. Já Iranilson não esteve presente no momento do assassinato, mas utilizou o cartão da vítima 1 dia após a morte do professor. A polícia também informou que José Raimundo foi assassinado por volta das 19h do dia 5 de dezembro e que a vítima ainda teria sofrido diversas agressões físicas antes de morrer.
Na tarde desta terça-feira (30), os acusados deverão ir para a Delegacia de Capturas para, em seguida, serem encaminhados a um presídio. A investigação do caso durou 7 meses e foi acompanhada de perto pelos delegados Luis Carlos Dantas, superintendente da Polícia Civil,Jairo Pequeno, do Departamento de Polícia Especializada, e Rodrigues Júnior, diretor da DHPP.
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Criação de municípios no Ceará esbarra em dificuldades

Pauta adotada pelos deputados estaduais há alguns anos, a polêmica sobre a criação de novos municípios ainda parece longe de chegar ao fim. Enquanto economistas alertam para o arrocho nas contas das prefeituras e inviabilidade financeira para a emancipação de distritos, parlamentares cearenses insistem em defender que é possível, através de plebiscito, transformar em municípios aproximadamente 30 distritos do Ceará.
O deputado Dedé Teixeira (PT) afirma ser “extremamente favorável à descentralização política e administrativa”, portanto, reforça o coro dos defensores da ampliação dos municípios no Estado. O petista rechaça a tese de que a ampliação dos municípios ampliará a dependência dessas cidades em relação ao Governo Federal. “Isso é uma falácia de quem é contra a descentralização. O bolo tributário de cada região vai receber dependendo do nacional. Quando mais hospitais, melhor, é a atenção ao serviço de saúde”.
Na avaliação de Dedé Teixeira, a emancipação dos distritos vai aproximar a população da prefeitura e facilitar a cobrança de prestação de serviços públicos. “Hoje há centralização no Governo Federal. Quanto mais fortalecer os municípios, melhor. O Estado e o Governo Federal são abstratos demais para a população. Quanto mais o poder de decisão estiver próximo, mais será fácil questionar a aplicação dos recursos públicos”, defende.
No início deste mês, a Procuradoria Geral da República encaminhou Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) ao Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a lei complementar 84/2009, aprovada na Assembleia Legislativa do Ceará, que disciplina os estudos de viabilidade municipal.
O imbróglio não é recente. Desde 2009, deputados estaduais reivindicavam que, após a aprovação da lei complementar estadual, os distritos possam ser emancipados através de plebiscito nas localidades que seriam afetadas. Porém, acórdão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) rejeitou a realização de plebiscito para a criação de 30 municípios no Estado, alegando que ainda não havia sido aprovada uma lei complementar federal regulamentando o tema. A decisão foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral, que negou o recurso da Assembleia.
Em junho deste ano, a Câmara Federal finalmente aprovou o projeto de lei 416/08, que regulamenta a criação de municípios. Apesar da decisão ter sido comemorada na Assembleia Legislativa, a votação obriga a Casa a apresentar um novo projeto de lei para se adequar às exigências da legislação federal. A pressão agora é para que o Senado aprove o projeto que passou na Câmara dos Deputados.
Uma das poucas vozes contrárias à criação de municípios na Assembleia Legislativa, o deputado Heitor Férrer (PDT) aponta a emancipação de distritos como uma “distribuição de pobreza”, porque ocasionaria a reduçãodo repasse de ICMS, tributo estadual, e Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que são transferências federais, às prefeituras desmembradas.
Na avaliação do pedetista, o apoio dos deputados à criação de municípios é ocasionado principalmente por conveniências políticas. “Há um interesse de lideranças, tanto municipais como estaduais, em ter mais controle de novas prefeituras. São mais colégios para expandir”, alfineta. Ele acrescenta que a opção para atenuar a precariedade de serviços nos distritos seria se o prefeito atendesse às demandas dos distritos de forma isonômica. “Hoje, existe a centralização na sede em detrimento de distritos que precisam de atenção do gestor, e aí cria o sentimento de liberdade”, diz.
Por sua vez, o 1º secretário da Assembleia Legislativa, deputado Sérgio Aguiar (PSB), diz acreditar que a criação de novos municípios levanta a necessidade de uma reforma tributária, “tendo em vista que há uma concentração muito grande de recursos nas mãos do Governo Federal”, segundo justifica.
Aguiar também declara que a Adin encaminhada pelo Ministério Público Federal não traz mudança significativa porque, com a aprovação da lei federal, a Assembleia Legislativa já havia sido obrigada a adequar a legislação estadual às regras aprovadas em junho. Ele avalia que, com as adaptações, a lista de 30 distritos que aguardam por emancipação no Ceará deve ser reduzida em até 30%, caindo para aproximadamente 20.
O coordenador do grupo que trata da criação de novos municípios na Assembleia Legislativa, deputado Neto Nunes (PMDB), afirma que o tema é quase “unânime” entre os deputados, acrescentando que, somente após o Senado aprovar o texto votado na Câmara Federal, a Casa retomará as discussões para rever a lista de distritos com viabilidade de emancipação. Ao contrário do que opinou Sérgio Aguiar, ele diz acreditar que é possível manter a lista de criação de 30 municípios no Ceará, mesmo com as mudanças da lei federal.
Reconhecendo a dependência dos municípios em relação ao Governo Federal, Neto Nunes ressalta que “emancipar é distribuir renda”. O parlamentar diz que tem pressa na tramitação do desenrolar do processo e defende que o ideal é realizar os plebiscitos juntamente com as eleições do próximo ano para evitar gastos com a consulta.
Apesar do discurso político em defesa da criação de novos municípios, o economista Andrei Simonassi, professor da Universidade Federal do Ceará, é enfático ao dizer que não há viabilidade financeira para a emancipação dos distritos. “É fato que os municípios vivem de transferências. Quem defende a criação de municípios fala dos benefícios da comunidade, evolução, mas financeiramente as localidades não teriam condições sequer de manter as câmaras dos vereadores”, avalia.
Andrei Simonassi diz que, desde os anos 1990, antes mesmo na aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, os economistas já alertam para a falta de condições de emancipação. “Se avaliar friamente, sem viés político, a conta não fecha”, pontua. Para o especialista, uma alternativa para aliviar a situação dessas comunidades seria o voto distrital para vereadores, de modo que as demandas dos distritos fossem representadas nas câmaras municipais.
dn