No próximo dia 16, será inaugurada a GNR Fortaleza (Gás Natural Renovável Fortaleza), com planta localizada em Caucaia. Trata-se do primeiro empreendimento do gênero na região Norte/Nordeste. O projeto se adequa à Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada e sancionada em 2010. O biogás é produzido no Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia (Asmoc), que diariamente recebe cerca de 3 mil toneladas de resíduos sólidos domiciliares.
“Essa foi uma preocupação da Ecofor Ambiental, pensando não apenas em atender a legislação, mas também em encontrar uma tecnologia de tratamento de resíduos que tornasse o processo cada vez menos agressivo ao meio ambiente. Então, a empresa procurou parcerias no mercado e identificou a Ecometado. E assim, foi pensada e concretizada a GNR Fortaleza”, explica o diretor-presidente da Marquise Ambiental, Hugo Nery.
O biogás é purificado e convertido em biometano ou gás natural renovável. Na usina deverão ser produzidos, aproximadamente, 84 mil metros cúbicos (m³) de GNR por dia, e, futuramente, a planta será ampliada para produzir até 150 mil m³ de gás diariamente, tornando-se, assim, a maior do Brasil, até o momento, em volume de GNR especificado segundo as regras da Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis (ANP).
Um estudo do Ministério do Meio Ambiente diz que cada brasileiro produz, em média, cerca de um quilo de resíduos sólidos urbanos. São mais de 250 mil toneladas de lixo produzidas, diariamente, no País, sendo que o biogás gerado pela decomposição destes resíduos é composto principalmente pelo gás metano, desperdiçado.
Com a instalação da GNR Fortaleza, além da produção de biometano, será possível evitar que mais de 520 mil toneladas de gás carbônico sejam lançadas na atmosfera anualmente, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa e contribuindo para as futuras gerações. “Antes o gás produzido no Asmoc era desperdiçado, sendo queimado ou emitido para a atmosfera. Com a GNR Fortaleza, vamos suprir uma parcela importante do gás natural consumido no Estado, além de reduzir a emissão de metano, que é 21 vezes mais nocivo como gás de efeito estufa ante o CO2 (dióxido de carbono)”, diz o gerente de implantação de projetos da Ecometano, Thales Motta.
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