segunda-feira, 5 de abril de 2021

Com mais uma semana de lockdown, cresce pressão de setores sobre Camilo Santana

 


A prorrogação do lockdown no Ceará elevou a temperatura das cobranças do setor produtivo pela reabertura. O discurso de compreensão das semanas anteriores deu lugar a um tom bem mais incisivo, principalmente entre representantes do comércio, cujo peso na economia é colossal. Parte do varejo esperava retomar as atividades hoje (5) e foi aturdida pelo anúncio da noite de ontem.

Embora o governador Camilo Santana frise a cada semana que a prioridade é reduzir a pressão sobre o sistema de saúde nesta fase de ápice da pandemia, a tensão econômica é um fator indubitavelmente incluído na equação. A própria sinalização de iniciar a reabertura no dia 12 de abril configura um aceno a estes setores cujos pavios estão encurtando.

Na semana passada, a Fecomércio-CE divulgou pesquisa segundo a qual 71% dos empresários cearenses são contra o lockdown. Ainda conforme o levantamento, 60,9% das pessoas consultadas relataram que estão saindo de casa mesmo com as medidas de isolamento social rígido.

Os dados da pesquisa indicam que parte do empresariado considera o lockdown de 2021 menos eficaz em relação ao do ano passado.

Auxílio, redução de jornada e 13º do INSS

Neste ano, cabe lembrar, trabalhadores e empresas não contam com os alicerces econômicos de 2020.

  • O auxílio emergencial só agora volta a ser pago e com valores insuficientes para a subsistência das famílias;
  • O programa BEm de redução de salários e jornadas, que evitou demissões e deu fôlego importante às empresas em meio à calamidade, ainda está sendo costurado pelo Ministério da Economia;
  • E nada ainda de anúncio oficial sobre a antecipação do 13º dos aposentados do INSS.

O cenário econômico mais desértico de 2021, aliado a outros elementos de DNA político e social, coloca o comitê estadual em um dilema dos mais desafiadores.

Em momentos assim, é medular que as decisões sejam tomadas exclusivamente com base em anteparos técnicos. E sim, isto deve ponderar tanto os aspectos de saúde como os econômicos, pois se depreendeu ao longo desta interminável e exaustiva crise que é impossível tratar os dois separadamente.

 

DN

 

 

Moésio Loiola vence Covid19 e recebe alta

 


Uma das grandes referências da radiofonia cearense - quiçá brasileira - é Moésio Loiola.


Conheci-o na década de 1970. Eu (repórter do O POVO), Moésio Loiola, Zé Linhares, Océlio Pereira ... Cobriamos Fortaleza.


Teve um ano que o Fortaleza estava muito mal. O Ceará dava baile e ganhara dois dos três turnos.


No microfone, Moésio bateu forte no time porque o Fortaleza era só peia. Claro que batia com o intuito de ajudar. Numa segunda-feira Moésio bateu mais forte para tocar no âmago do elenco. No dia seguinte, terça, Moésio, um magro alto, uns 23 anos, chegou no Pici para cobrir as atividades do dia. A torcida o cercou como se quisesse agredi-lo. Moesio a nada respondia. Nós, também repórteres, ficamos ali ao lado do Moésio como um tipo de proteção.


Eu era do O POVO e correspondente da Revista Placar. Aproveitei o mote e com base nas informações do Moesio, fiz uma matéria para a Revista Placar, da qual fui correspondente por 10 anos no Ceará (ser funcionário da Editoria Abril não era para todos...😂). 


Na matéria para a Revista contei a situação do Fortaleza.


Minha intenção também era mexer nos brios da diretoria e do elenco, assim como Moésio Loiola fazia na extinta Rádio Uirapuru da rua Quintino Bocaiuva, 962.


Pois bem. Fui nos Correios do centro, gravei e mandei a matéria pelo Telex (é o novo, saudoso Neno Cavalcante!).


Lá em São Paulo, porém, aconteceu o que não esperava. Quem titulava as matérias era o competente chefe de redação da Placar, o saudoso Marcelo Rezende.


Sabe qual foi o título da minha matéria?


"Bagunça Futebol Clube".


Rapaz, a Placar tinha muita moral. Toda semana esgotava e era uma dor de cabeça para a Distribuidora Alaor. Ela vivia ligando pra São Paulo pedindo mais revistas.


Sim, o mundo desabou, agora em cima de mim. Mas não liguei porque a imprensa existe, justamente, para cobrar o certo.


O resultado foi o seguinte: o time do Fortaleza se tocou e foi pra cima do Ceará, ganhando o terceiro turno.


Ceará (dois turnos) e Fortaleza (um turno) foram pra decisão com o Ceará jogando pelo empate para ser campeão.


O Fortaleza venceu três seguidas, uma das quais de 4 a 0, e levou o título para o Pici, num dos titulos mais emocionantes do Fortaleza, considerado na época uma Fênix, a ave que renasce das cinzas, segundo a mitologia grega.


Então, Igor Loiola, esta é uma das histórias de seu pai, que sempre foi grande na acepção da palavra e defensor dos mais sofridos e marginalizados. Foi exemplo como parlamentar, com que convivi de perto quando eu cobria as atividades da Assembleia Legislativa para o Diário do Nordeste, e como prefeito de Campos Sales.


Moésio Loiola sempre foi sério, honesto, leal e grande profissional. Siga-o e você, também, será um grande homem ...


PS - Igor, mostre pra ele e veja se Moésio lembra desta história?


Dê meu abraço de parabéns ao Moésio Loiola pelo aniversário e pelo restabelecimento da saúde.


Luciano Santos

Jornalista”

Advogado tem surto, ameaça atirar e é controlado por agentes de segurança em Fortaleza

 


Forças de segurança do Ceará se mobilizaram no início da manhã desta segunda-feira (5) para impedir que um advogado disparasse tiros no Centro de Fortaleza. O profissional, cuja identidade não foi revelada pela polícia, teve supostamente um surto psicótico. A ocorrência foi registrada no Edifício General Tibúrcio, na Rua São Paulo, onde ele tem um escritório.

Com a informação de que o advogado estaria ameaçando atirar em frente à Praça dos Leões, o Corpo de Bombeiros foi acionado para o local por volta de 4h. Em seguida, também compareceram composições do Polícia Militar e Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM.

Durante as tentativas de negociação, que se estendeu por quase duas horas, a PM interditou a Praça dos Leões e o cruzamento das ruas Floriano Peixoto com São Paulo. 

Um "sniper", ou seja, atirador de elite da polícia chegou a se posicionar em um outro prédio para observar o comportamento do advogado, que permaneceu em silêncio ao longo de boa parte da negociação.

Abordagem

Segundo o Tenente-coronel Edir Paixão, especialista em abordagem, o advogado "não reagiu e nem foi violento" após a polícia arrombar a porta da sala onde ele estava. 

O homem foi levado por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSM), em Messejana. 

Ainda segundo Paixão, o advogado nega ter tido um surto, mas a mãe confirmou o problema. Ela disse também aos policiais que o filho é atirador profissional. 


dn

Radialista Queiroz Ribeiro morre devido complicações da Covid-19 neste domingo.

 

O radialista Queiroz Ribeiro morreu, neste domingo (04.04.2021), após complicações da Covid-19. O comunicador estava a frente de um programa da TV Metrópole e fazia parte da diretoria do Sindicato dos Jornalistas e Publicitários do Ceará, além de ser Polícia l Militar aposentado.

domingo, 4 de abril de 2021

Se lockdown continuar por mais 15 dias, barracas de praia vão demitir em maior quantidade, diz associação

 


Caso o lockdown continue por mais 15 dias em Fortaleza, as barracas da Praia do Futuro devem começar a demitir, afirma Fátima Queiroz, presidente da Associação do Empresários da Praia do Futuro. Neste domingo, 4, o governador Camilo Santana (PT), anuncia se o isolamento rígido deve continuar ou se terá início o processo de flexibilização do lockdown.

Fátima destaca que 70% dos funcionários estão de férias, aguardando convocação para retorno. Atualmente, as barracas da Praia do Futuro empregam cerca de 2 mil pessoas. Fátima diz que demissões já ocorreram, mas "pouquíssimas". "Mas se não entra renda, não temos como manter as despesas."

"Estamos prontos para reabrir, mas estamos com essa expectativa de que isso não ocorra nesta segunda-feira, 5. Estamos com tudo preparado, parte da equipe está de férias, aguardando o chamado para retorno. As barracas foram exemplo no primeiro processo de retomada no ano passado, tivemos poucas notícias de barracas descumprindo os protocolos, casos de clientes que não queriam utilizar máscaras, mas de maneira geral, nosso público colaborou. Em nenhum momento deixamos de cumprir os protocolos com rigor."

Na última sexta-feira, 26 de março, o lockdown havia sido prorrogado por mais uma semana, até domingo, 4 de abril,  em decisão tomada na reunião do comitê científico.

O lockdown foi decretado em Fortaleza em 3 de março e entrou em vigor em 5 de março. Seria pelo período de 14 dias, incialmente até 18 de março.

Em 11 de março, o lockdown foi estendido para todos os municípios do Ceará, a partir de 13 de março, indo até o dia 21 em todo o Ceará, inclusive em Fortaleza. Foi a primeira vez que todo o Ceará ficou simultaneamente no chamado isolamento social rígido.

Em 19 de março, o lockdown foi prorrogado até 28 de março, próximo domingo.

Em Fortaleza, os 24 dias de lockdown até este domingo já igualou o período de isolamento mais estrito de 2020, ocorrido em maio do ano passado: 24 dias.

o povo

 

Brasil acumula 331.433 mortos por Covid-19

 


O Brasil chegou a marca de 331.433 mil mortes por Covid-19 neste domingo (4). Conforme atualização do Ministério da Saúde (MS), foram confirmados 1.240 novos óbitos nas últimas 24 horas.

O número de casos está em 12.984.956 milhões. No último dia, entraram 31.359 confirmações novas no sistema, que foi atualizado às 18h30 de hoje.

O País possui 11.357.521 casos recuperados do novo coronavírus. Outros 1.296.002 estão em acompanhamento.

Letalidade

O Brasil vem de uma série de dias de alta de óbitos. Na sexta-feira (2), foram 2.922 novas mortes em 24h. Nesta última semana, três dias seguidos registraram mais de 3 mil mortes em 24 horas no País: terça-feira (3.780 mortes), quarta-feira (3.869) e quinta-feira (3.673).

A infecção tem taxa de letalidade de 2,6% no Brasil.

dn

 

Mais de 10 mil vagas de trabalho foram fechadas em bares e restaurantes do Ceará, diz Abrasel

 


De acordo com dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel-CE), mais de 10 mil vagas de trabalho no setor foram fechadas desde o início da pandemia, em 2020.

Taiene Righetto, presidente da entidade, destaca que 70% do setor no Ceará funciona durante a noite e, desde que as regras de isolamento passaram a impedir o funcionamento além das 20 horas, há pelo menos 60 dias, mais de 3 mil pessoas foram demitidas.

O reflexo da pandemia sobre bares e restaurantes, portanto, fez com que metade dos negócios do gênero fechassem. Antes da pandemia eram pelo menos 20 mil empresas regulamentadas, aproximadamente 10 mil já fecharam as portas. "É uma situação dramática", reflete o presidente da Abrasel.

o povo

Lockdown tem apoio da maioria dos brasileiros, aponta pesquisa

 


A maioria dos brasileiros concorda com as medidas de isolamento social e restrição de circulação para conter a disseminação da Covid-19 no País. Isso é o que aponta pesquisa recente do Instituto DataSenado, vinculado à Secretaria de Transparência do Senado Federal.

Estudo também indica que a população tem muito medo do coronavírus; acha que a vacinação será mais rápida com a possibilidade de unidades da Federação e empresas comprarem o imunizante; e aposta em campanhas de conscientização sobre uso de máscara e distanciamento social.

Segundo os dados da pesquisa, três em cada quatro brasileiros defendem as providências tomadas para o enfrentamento ao coronavírus nos estados e municípios, como o fechamento de estabelecimentos e o toque de recolher.

O DataSenado avaliou a opinião de mil pessoas, com idades acima dos 16 anos, residentes em  distintas regiões do Brasil. Para a amostra, foram realizadas entrevistas por telefone nos dias 18 e 19 de março deste ano. As perguntas do estudo têm uma estimativa de confiança de 95%, de acordo com o Instituto.

Dos entrevistados, 78% afirmaram que a circulação de pessoas em espaços públicos deve ser restrita. Contudo, o Instituto constata que não há consenso sobre o quanto a restrição deve perdurar durante o dia. Do resultado, 51% acredita que o isolamento social rígido, o chamado lockdown, deve acontecer durante o dia todo. Já 45% acham que a medida rígida deve ser vigente apenas durante parte do dia. Demais entrevistados não souberam definir ou preferiram não responder.

Apoiam as restrições do comércio 54% dos brasileiros. Da estimativa, as opiniões se dividem: 51% concordam com o fechamento parcial (aberto em apenas em algumas horas do dia); 47% defendem o fechamento total (durante o dia todo). A maioria da população acredita que tais limitações devem ser exigidas ao funcionamento de escolas (72%) e igrejas (61%).

Medo

Segundo o estudo, 64% dos brasileiros estão bastante amedrontados sobre a possibilidade de contrair o coronavírus. Na análise, o DataSenado considera que mulheres reportaram a sensação de medo com mais frequência do que homens, assim como desempregados à procura de emprego em relação aos empregados.

A maioria da população considera que há muito risco de contaminação em academias, áreas de lazer, escolas, faculdades, bancos e transporte público. Além disso, sete em cada 10 pessoas sentem que 2021 será um ano pior do que 2020, quando a pandemia chegou ao País. Brasileiros também se mostram preocupados com a crise econômica e a crise na saúde nos próximos meses.

Vacina

O Congresso Nacional aprovou a Lei 14.125, em março de 2021, que regulamenta a compra de vacinas contra o coronavírus por estados, municípios e empresas privadas. Dos 51% da população que sabia da aprovação, 84% acreditam que o processo de vacinação será mais rápido com a medida aprovada pelo Parlamento e sancionada pelo Governo Federal.

Campanha

Segundo o DataSenado, mais de 90% dos brasileiros julgam relevante a adoção de campanhas para promover o uso de máscaras e o distanciamento social. Sobre medidas adotadas por cada pessoa, os brasileiros disseram lavar as mãos (93%), usar máscara (86%) e usar álcool em gel (77%). O levantamento também mostra que 59% evitam frequentar locais com aglomerações.

o povo