terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) atinge recordes na produção de aços premium e alcança novos mercados

 


A empresa produziu 2,8 milhões de toneladas de aços em 2021. O grande marco foi o percentual de placas HTS (alta-tecnologia), chegando à média anual de 24,4% e, em novembro, o recorde mensal de 42% 

A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) alcançou resultados recordes de qualidade e de produção de aços de alta tecnologia (HTS) em 2021. A empresa tem ampliado continuamente a participação no mercado nacional e internacional de aços de extrema resistência e limpidez, atendendo indústrias do petróleo, química, automotiva de luxo, de maquinários pesados, de torres eólicas e infraestrutura. Na média do ano de 2021, os aços de alta tecnologia representaram 24,4% da produção de 2,8 milhões de toneladas do ano. A linha de produtos premium chegou a 42% de participação da produção de novembro, o recorde mensal. 

Outro resultado inédito de qualidade conquistado em 2021 foi a performance a nível de Seis Sigma das placas CSP. Essa classificação internacional de qualidade é utilizada quando os fornecedores promovem perdas em seus clientes abaixo de 3,4 ppm (partes por milhão). Em 2021, a empresa teve performance de eficiência superior a 99,9%, reduzindo o índice de sucata/downgrade de seus clientes na produção de aço para 1,5 ppm. Esse resultado atesta a excelência da siderúrgica e a qualifica como uma fornecedora de alto padrão.  

“Nós conseguimos aumentar o percentual de aços de alta tecnologia com um excelente índice de qualidade. Desde 2018, a CSP já era um fornecedor típico de classe mundial. Mas fechamos 2021 com a performance máxima, de Seis Sigma. Isso, em geral, é a classificação necessária para atender a indústria aeronáutica, que exige muito mais qualidade, onde o índice de falha tem que ser menor ainda”, explica o Gerente Geral de Metalurgia e Qualidade na CSP, Alex Nascimento. 

Indústria do petróleo e automotiva 

A CSP, localizada em São Gonçalo do Amarante, no estado do Ceará, já produziu 144 tipos de aços de alta tecnologia nos últimos cinco anos, atendendo a mais de 30 clientes dos mercados europeu, brasileiro, americano, canadense e mexicano. “Já chegamos à marca de mais de 200 mil toneladas de aços de alta performance fornecidos para a indústria do petróleo e mais de 300 mil toneladas para o mercado automotivo. Tudo isso demonstra a capacidade da CSP. Cada empregado tem que sentir muito orgulho dessa conquista. Cada um participa com a sua contribuição em seu posto de trabalho para que a gente atinja esses números, conquistando cada vez mais respeito e credibilidade dos nossos clientes”, ressalta Alex Nascimento. 

Aplicabilidade diversa 

Os aços de alta tecnologia se diferenciam das placas de aço comerciais por serem destinadas a aplicações que requerem maior variedade de elementos químicos na composição e por exigirem extrema limpidez. As tubulações para a passagem de petróleo ou gás, por exemplo, demandam aços com 16 elementos químicos. Para torres eólicas, motores, equipamentos de linha amarela (maquinários pesados) e construção de pontes, a resistência mecânica abrasiva é essencial. Para o contato com o petróleo, o aço deve estar apto a ambientes corrosivos e de temperaturas agressivas. Em automóveis, esses aços HTS são aplicados a peças de segurança, estruturais e na barra de direção, por exemplo. Para a composição externa do veículo, o aço deve ter conformação mecânica, possibilitando as curvas e o complexo design. 

Esse produto premium melhora as margens e a rentabilidade do mix de vendas em plantas siderúrgicas com essa capacidade de produção. Alex Nascimento relata que a usina esteve sempre focada nesse resultado. “A CSP tem uma instalação que é totalmente alinhada e projetada para o desenvolvimento desses aços de alta tecnologia. É uma planta extremamente moderna em termos de equipamentos e com empregados qualificados. Mas tudo isso precisa que órgãos externos atestem essa capacidade. Constantemente, recebemos agências certificadoras, visitas de clientes e os mais diversos tipos de auditorias, quando mostramos nosso gerenciamento e capacidade de produzir esses aços”, detalha. 

Certificações 

Para estar habilitada a atender o mercado de HTS, a CSP conquistou e renovou importantes certificações. A certificação ISO 14.001:2015 atestou o compromisso da usina com a proteção ao meio ambiente. Com a IATF 16.949, a CSP tornou-se apta a fornecer aço para o setor automotivo. Já a ISO 9001 confirmou o sistema de gestão de qualidade da empresa, que estabelece diretrizes para a produção do aço, com o objetivo de tornar a siderúrgica do Pecém uma referência mundial em segurança, qualidade, custo, desenvolvimento tecnológico e sustentável. Além destas, a siderúrgica cearense mantém outras dez certificações.  

Percentual, ano após ano, de produção de HTS, em relação à produção total da CSP. Em 2020, ocorreu uma queda de demanda impactada pela pandemia da COVID-19 e as produções ficaram limitadas a aços comuns entre Março e Junho/2020.

Prefeitura de Caucaia conquista avanço inédito no Ceará, com ampliação da Cidade do Atacado

 

Caucaia, que sempre se destacou por suas belezas naturais entre as cidades do Ceará, conquista agora um destaque ainda maior, graças à uma iniciativa do prefeito Vitor Valim, que eleva o município à uma posição inédita de desenvolvimento e geração de emprego. A ampliação da Cidade do Atacado sinaliza o futuro que os caucaienses sempre sonharam, se tornando realidade.


Atrair novas empresas e combater o desemprego foram dois dos maiores desafios encarados pelo prefeito ao assumir o cargo em 2021. A solução foi buscar o diálogo, incentivar novos investimentos, oferecendo ao setor empresarial condições de renovar o cenário local de empreendimentos. Apenas um ano depois, Valim torna pública a ampliação da Cidade do Atacado, após assinar Protocolo de Intenções com a VARICRED, garantindo assim a expansão do espaço atual em mais 130 mil metros quadrados de área construída, equivalente a 13 campos de futebol, com capacidade para receber novas empresas do mercado de logística.

“A Cidade do Atacado é um empreendimento importantíssimo para nossa Caucaia. Hoje, gera mais de mil empregos. Com a ampliação, outros dois mil novos postos de trabalhos diretos serão gerados. Isso significa mais desenvolvimento, emprego e renda para nossa Caucaia”, pontuou Valim.

É um momento único para Caucaia, mas também um motivo de orgulho para o estado do Ceará, afinal, pela primeira vez um município cearense obtêm um empreendimento desse porte, sinalizando a eficiência e o comprometimento da gestão Vitor Valim com o desenvolvimento real da bela cidade costeira.


Um dos principais objetivos do Protocolo de Intenções é fomentar o desenvolvimento econômico. Além disso, o novo investimento promove o aumento da arrecadação tributária e, o principal, gerar novos empregos formais no município. 

A localização estratégica e os incentivos oferecidos pelo município, foram decisivos para a expansão do negócio. “Sentimos confiança na gestão municipal que sempre esteve pronta para nos receber e oferecer os incentivos para a instalação do empreendimento. Além disso, sentimos a necessidade do mercado com a expansão do e-commece”, reforçou Edmond Jereissati, um dos diretores da empresa.

Investimentos em Caucaia

Em apenas uma ano de gestão, Caucaia tem se destacado no desenvolvimento e atração de novas empresas. Em novembro, o prefeito Vitor Valim anunciou o investimento de pelo menos R$ 160 milhões pela empresa Eternit. Vitor Valim lançou, também o primeiro Polo Industrial no município. Não parando as boas notícias por aí, durante a solenidade de lançamento da ZPE 2, uma expansão da Zona de Processamento e Exportação do Complexo do Pecém, o prefeito anunciou a redução da alíquota de ISS, de 5% para 2%, a todas as empresas que queiram se instalar na ZPE 2, no município de Caucaia.

Câmara Municipal de Caucaia, Presidente, Ver. Dr. Tanilo Menezes, Sessão ao vivo 08/02/2022.

Noticia boa para os Professores Caucaienses!

 

Dando continuidade a essa política de valorização, encaminha a câmara a presente propositura que reajusta o vencimento base dos profissionais da educação em 33,24 % (trinta e três inteiros e vinte e quatro centésimos por cento), percentual maior que o anunciado pelo Governo Federal, ficando garantido, dessa forma, percepção remuneratória superior ao piso nacional. A mensagem segue para aprovação dos colegas vereadores. Parabéns a todos professores, gostaria de parabenizar ao Prefeito Vitor Valim por essa parceria entre o Legislativo e Executivo, que não mede esforços para garantir grandes benefícios ao povo Caucaienses, pois através dessa mensagem, a expectativa é que a educação do nosso município possa melhorar cada vez mais. 

 

Vanderlan Alves

Vereador

 

Fonte: Blog Washington Matos.    

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

PMCE salva pai e filho vítimas de sequestro em matagal no município de Maracanaú

 


Pai e filho foram salvos por policiais militares do 14º Batalhão da Polícia Militar do Ceará (PMCE), em uma ação no último sábado (05), no bairro Jereissati I, em Maracanaú-CE. Eles foram encontrados em um matagal após serem vítimas de sequestro. Com a chegada dos PMs, os suspeitos fugiram do local.

Os agentes iniciaram as diligências após serem acionadas, via Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (CIOPS), acerca da ocorrência . De posse de algumas informações, os militares foram até o local apontado em denúncia, um matagal, momento em que os indivíduos se evadiram.

Segundo a vítima, ela estava em seu carro quando o crime aconteceu. O homem foi forçado a dirigir até o local e, quando os indivíduos perceberam a aproximação da PM, empreenderam fuga.

O fato foi apresentado na Delegacia Metropolitana de Maracanaú, onde foi registrado um Boletim de Ocorrência. O caso será investigado.

Assessoria de Comunicação da PMCE

CRAS Litoral ganha Prêmio de Referência Social do Governo do Estado

 

Em um ano de gestão, a Prefeitura de Caucaia já recebe reconhecimento pelo trabalho desenvolvido. Na manhã desta segunda-feira (7), o CRAS Litoral recebeu o Prêmio de Referência Social, premiação concedida a 30 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) do Ceará com o melhor desempenho. Critérios como capacidade e qualidade dos atendimentos ofertados às famílias estão entre os principais para a escolha, e Caucaia ficou na 27ª posição no ranking geral de todo o estado. A premiação é executada pela Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), do Governo do Estado, e será realizada através de incentivo financeiro, a ser repassado ao Fundo Municipal de Assistência Social, em conta aberta pelo município para este fim específico.

“Esta premiação é a certeza de que os serviços da Prefeitura tem chegado na ponta, aos que mais precisam. E esta foi a missão dada pelo prefeito Vitor Valim. Por isso, me senti muito feliz e realizada em saber que nós em Caucaia recebemos esse prêmio tão importante. Cabe aqui uma homenagem a toda a equipe não só do CRAS Litoral, mas de toda a nossa rede de atendimento, pelo comprometimento e dedicação no atendimento à população”, disse Natécia Campos, Secretária de Desenvolvimento Social e Trabalho, que representou o Prefeito Vitor Valim na solenidade.


Entre os serviços disponibilizados pelo CRAS Litoral, está o acompanhamento às famílias em situação de vulnerabilidade social, serviços de convivência, cestas básicas, auxílio natalidade e aluguel social. Também é missão do CRAS promover o acesso aos benefícios e programas sociais do Governo Federal e Estadual, como: Auxilio Brasil, Cartão mais infância Ceará, passe livre, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e Ações de inclusão produtiva (cursos, SINE itinerante).

“O sentimento é de que fomos reconhecidos por um trabalho bem feito. Esse resultado veio após um ano de gestão. Acredito que no ano que vem estaremos lá novamente, com ainda mais unidades sendo contempladas”, espera Natécia.


Saiba mais

O Prêmio de Referência Social se divide em quatro grupos, com base na classificação: os cinco primeiros colocados serão premiados, cada um, com R$ 150.000,00; os classificados da sexta a décima colocação serão premiados, cada um, com R$ 100.000,00; os classificados na 11ª a 20ª posição serão premiados, cada um, com R$ 50.000,00; os classificados da 21ª a 30ª colocação serão premiados, cada um, com R$ 25.000,00. Os recursos devem ser investidos, exclusivamente, no CRAS premiado, podendo ser utilizados para despesas de investimento e custeio.

Deputada Érika Amorim comemora reconhecimento por avanços na assistência social durante gestão Naumi em Caucaia



A deputada Érika Amorim (PSD) participou, na manhã desta segunda-feira (7/2), do Prêmio Referência Social, inciativa do Governo do Estado em reconhecimento aos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) com melhor desempenho no auxílio ofertado às famílias cearenses. O município de Caucaia foi premiado com base no Índice de Desenvolvimento do Centro de Referência de Assistência Social (IDCRAS), referentes aos Censos Suas dos anos de 2019 e 2020, durante gestão Naumi Amorim.

“Orgulho grande ver o reconhecimento de um trabalho que sempre foi pautado pelo respeito ao caucaiense, uma prioridade que guiou a gestão Naumi Amorim no município. Um dos indicadores considerados na análise foi o percentual de atendimentos realizados nos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para a faixa etária de 0 a 14 anos, índice atingido com sucesso”, comemorou Érika, terceira secretária da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.

O Prêmio é uma iniciativa da primeira-dama do Ceará, Onélia Santana, e a análise da seleção foi realizada pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica (Ipece) a partir de informações fornecidas pela Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), que coordena a premiação.

Para a parlamentar, a premiação “irá fomentar o desenvolvimento da área no Ceará”. “Parabenizo, além da equipe do CRAS Litoral, todos os profissionais que atuam na assistência social no nosso Estado e se deparam, lá na ponta, com as grandes vulnerabilidades do nosso território, desempenhando, com muito amor e vontade, esse papel”, exaltou.

 

Fonte-Asscom da Deputada Erika Amorim.


 

Queda do bitcoin gera discussão sobre novo “inverno cripto”; entenda

 


O bitcoin, a criptomoeda mais negociada no mundo e referência para o setor, iniciou um movimento de desvalorização em dezembro de 2021, que fez ressurgir uma questão: o mercado estaria entrando em um novo “inverno cripto”?

O termo define um período de esfriamento do mercado de criptomoedas, com ativos em queda.

O fenômeno já foi registrado em duas ocasiões, bastante alinhado com o desempenho do próprio bitcoin. Para especialistas consultados pelo CNN Brasil Business, porém, é cedo para dizer se o mercado de criptomoedas mudou de estação.

O que é “inverno cripto”?

Edemilson Paraná, professor da UFC, compara o “inverno cripto” ao tradicional bear market, uma expressão do mercado financeiro que define um período de queda do preço dos papéis e aversão a riscos.

Segundo ele, os investidores de moedas digitais buscam cunhar expressões e cultura próprias, daí o surgimento do termo.

Ele diz que é comum que os investidores associem os “invernos cripto” ao chamado halving, um processo em que a quantidade de bitcoin emitida pela mineração é reduzida pela metade, e ocorre a cada quatro anos, aproximadamente.

O halving ajuda a sustentar a lógica de que a quantidade limitada da criptomoeda só será minerada inteiramente em 2140. O último foi em 2020, com o próximo previsto para 2024.

“A ideia é de que há um ciclo de alta logo após o halving, porque abre uma sensação de escassez relativa, que faz com que os agentes sintam-se instigados a comprar. Depois disso, em até 1 ano, tem uma grande queda relativa com a estabilização do ritmo de emissão, e a atividade cai”, diz.

Para Caio Villa, diretor de investimentos da plataforma de negociação de criptoativos Uniera, outra característica do “inverno cripto” é que os investidores “são tomados pelo medo”.

“É um período longo, de mais de um ano, em que o preço dos ativos não valoriza. Quando ocorre no ‘inverno cripto’, os novos lançamentos de moedas caem porque não têm grande sucesso também”, diz.

Alex Buelau, diretor de tecnologia da fintech Parfin, também relaciona o “inverno cripto’ ao halving, como um evento que encerra esses períodos. A taxa de emissão do bitcoin começou em 50 unidades, e hoje já é de 6,25, o que ajuda a criar choques de oferta.

A ideia é que ele [o halving] encerra o ‘inverno cripto’. Em seguida, tem um choque de oferta e, aí, como a demanda continua igual, força os preços para cima. É um ciclo vicioso ou virtuoso, porque a alta vira notícia, as pessoas entram, compram e coloca mais lenha no setor”, diz.

Apesar disso, Paraná afirma que, muitas vezes, a análise sobre o “inverno cripto” é excessivamente focada no halving. “É uma visão muito fechada no que governa o comportamento econômico, não chega à macroeconomia”.

“É um espaço naturalmente especulativo, e essas altas e baixas têm a ver com isso, aos humores ligados aos da própria economia mundial”.

Invernos anteriores

Segundo Villa, o “inverno cripto” mais famoso foi o que começou entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018. O próprio mês de janeiro, afirma ele, é ruim para o seto —tendência reforçada naquele período.

À época, o mercado de criptomoedas começava a deslanchar, com o bitcoin atingindo o marco histórico de US$ 20 mil. Pouco depois, porém, ele iniciou um movimento de queda, que só seria revertida na segunda metade de 2019, antes do grande impulso com a pandemia.

Villa diz que, naquele período, o tamanho do mercado já permitia o lançamento de diversos projetos e moedas, nas chamadas ofertas inicias de criptomoedas (ICO, em inglês), mas a maioria acabou fracassando ou registrando perdas de até 95% neste inverno.

Já Buelau afirma que o primeiro “inverno cripto” do bitcoin aconteceu antes. Em dezembro de 2013, a moeda digital atingiu a marca histórica de US$ 1 mil e, então, o preço começou a cair e não conseguiu recuperar o patamar até 2017, depois de um halving em 2016.

O inverno chegou?

Edemilson Paraná avalia que qualquer análise sobre o “inverno cripto” precisa considerar o contexto macroeconômico que afeta não apenas as criptomoedas, mas todos os ativos no mercado.

Em 2020 e 2021, o cenário da pandemia acabou se mostrando favorável às criptomoedas. Primeiro, as políticas monetárias expansionistas ao redor do mundo para reduzir o impacto da pandemia aumentaram a circulação de dinheiro, e uma parte pôde ser usada em investimentos de ativos mais arriscados, como ações de tecnologia e criptomoedas.

Ao mesmo tempo, o bitcoin passou a ser visto como uma potencial reserva de valor, ou seja, um investimento de proteção de valor investido em um cenário de inflação alta em diversos países com a retomada da economia e o desequilíbrio entre oferta e demanda.

Nesse contexto, as criptomoedas, e o bitcoin em específicamente, decolaram. O maior criptoativo do mundo chegou a bater a marca de US$ 69 mil em novembro do ano passado. Mas o cenário mudou a partir do fim de 2021.

Alguns países já iniciaram processos de aperto monetário, retirando estímulos do mercado e subindo juros. A maior economia do mundo, os Estados Unidos, já começou a reduzir a quantidade de dinheiro que injeta no mercado, e cogita subir os juros em março.

Com um ambiente mais desfavorável para ativos de risco, o bitcoin, e as criptomoedas como um todo, iniciaram trajetória de queda. O ativo passou semanas na casa dos US$ 35 mil, com pequenas variações para cima e para baixo, e apenas na sexta-feira (4) conseguiu tocar os US$ 40 mil novamente.

“O bitcoin é um ativo especulativo e, portanto, tem uma lógica própria de comportamento. Quando muita gente entra, mais gente entra depois, uma lógica cíclica, de manada, que se reforça. E quando muita gente sai, mais gente sai depois”, diz o professor.

Apesar da tendência de desvalorização, Caio Villa diz que, hoje, os dados não apontam para um cenário de inverno como o de 2017 ou o de 2014. Os números de carteiras na blockchain indicam que o período é de “acumulação”.

“Os detentores de curto prazo estão se desfazendo do ativo, e detentores de longo prazo, comprando. Vemos cada vez menos ativos disponíveis nas exchanges, e se não estão lá é porque não querem vender. Então, indica otimismo com o preço do ativo”, diz.

Outro sinal positivo é de que os mineradores também não estão colocando seus ativos à venda em exchanges. Como eles costumam vendê-los para arcar com custos e lucrar, a ausência disso indica aposta na alta.

Villa também cita um movimento forte de IDOs (ofertas iniciais em finanças descentralizadas), e que os com bons fundamentos estão dando lucro para quem lança. Segundo ele, um cenário oposto ao do inverno.

Ele afirma ainda que a maioria dos investidores tem tido prejuízo. Ou seja, estão vendendo os ativos a um preço menor que o de compra. “O detentor de longo prazo, de antes de março de 2020, não está vendendo, e poderia estar realizando lucro”.

“Em 2017 e 2018, tivemos quatro grandes quedas, chegando a 40%, da máxima em relação ao preço. Acho que ainda estamos nesse processo, mas ainda estamos na segunda grande queda, ainda faltariam duas para chegar em um cenário como o de 2018”, avalia.

Para Buelau, “é difícil falar de inverno, porque o preço está ainda relativamente alto, mesmo depois de chegar aos US$ 69 mil”. Segundo ele, as análises ainda apontam um movimento ascendente do bitcoin.

Outro fator que pode estar ligado a essa baixa, diz, é que a realização de lucro ou prejuízo também é natural no fim do ano, já que antecede as datas de pagamentos de impostos, e a declaração dessas movimentações pode gerar deduções.

No que ficar de olho?

Villa afirma que o principal fator para as quedas é o medo nos investidores, que viria de diversas formas. Há o fator da alta de juros nos Estados Unidos, a tensão na Ucrânia e as incertezas sobre a pandemia.

“Tem muita gente nova no mercado, novos endereços de carteira, e se eles veem alguma queda, vendem, por medo”, diz.

Nesse cenário, ele afirma ser importante ficar de olho na aproximação do bitcoin da base de US$ 39 mil, que caso seja ultrapassada pode animar um novo movimento de alta.

Pela volatilidade, porém, é difícil prever o movimento do ativo, e ainda não há como descartar que algum acontecimento leve o bitcoin a um “inverno cripto”. Para a queda, a base mais importante é a de US$ 29 mil, que caso seja quebrada pode levar a recuos significativos.

Já Alex Buelau avalia que o bitcoin poderia emendar uma queda prolongada se chegasse à casa dos US$ 30 mil novamente, mas não há como projetar isso com certeza.

A maior preocupação para o setor, nesse momento, é regulatória. Ele afirma que a maior influência para as moedas digitais vem dos Estados Unidos, e novidades regulatórias podem tanto ajudar os criptoativos quanto derrubá-los.

“Os clientes institucionais gostam de regulação pela segurança, certeza de operação idônea. Então é bom para o mercado que envolve eles, alguns investidores pessoa física e os mais antigos do bitcoin, que viam como alternativa ao mercado tradicional, não gostam de regulação, mas é difícil enxergar como pode evoluir sem ela”, diz.

Do ponto de vista macroeconômico, ele afirma que o bitcoin pode ter um cenário promissor caso ganhe força como reserva de valor frente à inflação ainda elevada em boa parte do mundo.

“Tem uma estrutura que mostra que hoje US$ 38 mil é importante por causa do histórico, mas o mais importante para saber o que vai ocorrer é que US$ 28 mil foi o mínimo de junho de 2021. Abaixo disso fica difícil de não dizer que entrou em um inverno cripto”, afirma.

fonte: CNN