Contratos serão fechados amanhã, na Caixa Econômica Federal. Orçamento total é de R$ 61 milhões
A partir de janeiro do próximo ano, as cidades de Maracanaú, Camocim, Aquiraz, Caucaia e Chorozinho serão palco do início das obras de mais 1200 unidades do programa habitacional do governo federal Minha Casa, Minha Vida. A contratação das construtoras responsáveis pelas obras acontece amanhã, em Fortaleza, na agência da Caixa Econômica Federal (CEF) localizada na Praia de Iracema. Somando todos os municípios, cerca de R$ 61 milhões serão investidos pelo governo para a realização dos empreendimentos.
As informações foram passadas ontem pelo vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Ceará e proprietário de uma das empresas escolhidas, André Montenegro, e confirmadas pelo gerente regional da Caixa no Estado, Lucas de Castro. Em Maracanaú, 112 residências serão erguidas pela construtora Sumaré; em Camocim, são 208 unidades que estarão sob responsabilidade da construtora Poli; em Aquiraz, 136 residências serão construídas pela Correta Engenharia; em Caucaia, 432 unidades ficarão por conta da construtora Meu lar, e, em Chorozinho, 312 ficarão sob os cuidados da construtora More Fácil (a de André Montenegro). Destes municípios, apenas Camocim não faz parte da Região Metropolitana de Fortaleza.
Fase de transição
Segundo Lucas de Castro, os contratos são referentes a um a fase de transição entre o ´Minha Casa, Minha Vida 1´ e o ´Minha Casa, Minha Vida 2´.
A justificativa é de que o prazo do primeiro se encerra no próximo dia 31 (sábado), no entanto, a meta de 36 mil unidades prontas ainda não foi concluída. A promessa é de que essa quantidade seja atingida até 2014. Se não conseguirmos fechar todos os contratos na quinta-feira (amanhã), os que sobrarem ficarão para sexta-feira", declarou Lucas de Castro.
´Minha Casa 2´
Em relação à "parte 2" do programa, Castro lamentou a ausência de propostas apresentadas por construtora, tornando mais difícil a sua realização.
Nova regra inclui cota para beneficiar idoso e deficiente
Brasília O governo publicou ontem no Diário Oficial da União novas regras para seleção dos beneficiários do Programa Minha Vida, Minha Vida (MCMV). A Portaria 610, do Ministério das Cidades, estabelece critérios de priorização e as condições e procedimentos para a seleção dos beneficiários do programa. Entre esses critérios, está a reserva de no mínimo 3% das unidades habitacionais para atendimento aos idosos. O mesmo porcentual deverá ser observado para atendimento a pessoas com deficiência ou cuja família façam parte pessoas com deficiência.
Deficientes
A norma anterior não previa o porcentual mínimo para esses dois grupos, apenas dizia que "o ente público indicará as pessoas com deficiência de acordo com a quantidade de unidades habitacionais adaptadas ou adaptáveis do empreendimento e os candidatos idosos de acordo com os percentuais mínimos previstos nos normativos específicos dos programas integrantes do MCMV". A nova portaria também não menciona mais o limite da renda familiar bruta para os candidatos ao programa.
Antes, os candidatos deveriam ter renda familiar bruta limitada a R$ 1,395 mil.
BB lança títulos para crédito habitacional
Brasília A caderneta de poupança, maior fonte de recursos do financiamento habitacional dos bancos, não é suficiente para suportar o crescimento do mercado imobiliário em 2012, segundo o vice-presidente de Finanças do Banco do Brasil, Ivan Monteiro. O banco estatal, que começou a operar nesse mercado há três anos, deverá lançar títulos no início de 2012 para aumentar a quantidade de dinheiro disponível para o segmento. Os empréstimos para a casa própria são a grande aposta do governo para manter acelerada a concessão de crédito no ano que vem. Eles deverão dar suporte ao desenvolvimento de um setor importante para o crescimento da economia: a construção civil, grande empregador de mão de obra.
Ritmo acelerado
Nos últimos dois anos, o ritmo de crescimento do crédito habitacional foi de cerca de 50%.
A situação do BB não é das piores, de acordo com o vice-presidente de Negócios de Varejo, Paulo Caffarelli.
Segundo ele, a margem nas grandes instituições desse mercado é ainda mais apertada.