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assunto, Lia Ferreira Gomes é a novidade política do clã sobralense; 
irmã do ex-ministro Cid Gomes, médica, mãe de um casal de filhos, única 
mulher numa família de cinco irmãos, ela pode ser a novidade também na 
política de Caucaia, município da Região Metropolitana de Fortaleza que 
detém o 3º maior PIB do estado e a 2ª maior população; ela não esconde o
 desejo de disputar a prefeitura em 2016 e vem acompanhado de perto a 
gestão do atual prefeito, Washignton Gois; confira a conversa com o 
Ceará 247
 Por Fátima Bandeira e Renata Paiva, Ceará 247 - Sem 
receio de falar o que pensa e de falar sobre qualquer assunto, Lia 
Ferreira Gomes é a novidade política do clã sobralense. Lia é médica, 
mãe de um casal de filhos, única mulher numa família de cinco irmãos. 
Pode ser a novidade também, na política de Caucaia, município da Região 
Metropolitana de Fortaleza que detém o 3º maior PIB do estado e a 2ª 
maior população. Um projeto que, se  vitorioso, fortalece ainda mais a 
posição da família Ferreira Gomes na política cearense.
Ela não esconde o desejo de disputar a prefeitura em 2016. “A 
política pra mim é muito apaixonante. Eu tenho tentado fazer com que as 
pessoas se interessem mais por política por ser um instrumento 
transformador da sociedade. Se a possibilidade de conseguir, para uma 
pessoa, uma vaga na UTI ou uma vaga numa escola de qualidade para uma 
criança é uma coisa muito gratificante, imagine a satisfação pessoal que
 é transformar a vida de milhares de crianças, de jovens.” Ela vem 
acompanhado muito de perto a gestão do atual prefeito, Washignton Gois e
 participado de reuniões e eventos com as comunidades. Nos bastidores da
 política do município, sua candidatura é dada como certa. 
Lia Ferreira Gomes conversou com o Ceará 247 em 
Caucaia, onde mora hoje, tratando de política em geral, do preconceito 
contra as mulheres, sobre os governos da presidente Dilma Rousseff e de 
Camilo Santana, que ajudou a eleger em 2014, sobre os desmandos do 
presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, sobre as relações 
familiares e a admiração pelos irmãos e, é claro, sobre seu projeto de 
disputar a prefeitura de Caucaia.
“Ferreira Gomes”
Minha família é bem masculina. Até na nova geração. Minha mãe tem 14 
netos, sendo 12 meninos e duas meninas. Na minha faixa etária, quatro 
homens e eu de mulher. Em casa tenho que brigar um pouco pra ser ouvida.
 Mas por outro lado eles me acolhem muito nessa parte familiar. Eu não 
tenho do que me queixar. Sempre digo que o que quero passar para os meus
 filhos é um pouco dessa união que eu e meus irmãos temos. Tenho, dentro
 de mim, que nada do que eles façam vai prejudicar minha relação com 
eles. É muito reconfortante pra mim saber que posso contar com eles e 
que eles me apoiam em tudo que eu preciso. Seja no campo profissional, 
pessoal, pra chorar no ombro, pra pedir um conselho, eles são 10. Quando
 eu era pequena achava ruim não ter uma menina pra brincar de boneca. 
Hoje me sinto muito a vontade no meio deles. Uma vez, numa reunião no 
Palácio da Abolição, ainda quando Cid era governador e eu era a única 
mulher presente. Eu falei: “gente, minha amiga Monica Barroso (secretária estadual de mulheres, do Pros)
 tem razão, precisamos de mais mulheres aqui, pra gente ser ouvida”. 
Sinto falta de mais participação política das mulheres no grupo. 
Enquanto isso, eu vou brigando pelo meu espaço e tem dado certo.
A paixão pela política
A política é uma coisa que sempre esteve dentro de mim. Na minha 
casa, nos almoços, jantares, lanches, conversas informais não existe 
outro assunto. A gente só fala de política. Sempre política no sentido 
amplo. A gente aprende muita coisa de como resolver o problema da 
educação. Como melhorar. A gente trata desde quando tudo começou lá em 
Sobral e aí acabamos aprendendo um pouco de administração de como viver o
 dia a dia da prefeitura de Sobral, do Governo do Estado, do Ciro como 
ministro. A gente acaba entendendo um pouco de cada coisa da política. 
Como casal, meus pais eram muito simples, nos criaram muita austeridade,
 com muito pouco. Eles não tinham como dar mais do que deram, mas 
investiram muito na nossa educação. Eu acho que o maior legado que eu 
tenho deixado pela minha mãe, pelos meus pais, é a honestidade, a paixão
 pela política. A família da minha mãe, que era paulista, também tem 
histórico com política. Nós temos política no sangue, dos dois lados da 
família. O Cid costuma dizer que a Lia não pode faltar em nenhuma 
campanha política. Acho que é porque sempre dou um pouco mais de emoção.
 Os meninos são mais frios, mais tranquilos, mais racionais. Tem coisas 
que eu cobro, tipo quando tem uma propaganda contra eles, eu sempre falo
 que não podemos deixar de dar resposta. Agora mesmo está tendo uma 
propaganda dizendo que Cid, Lula e Dilma mentiram para a população. Eu 
fico ligando, cobrando. “Vamos fazer alguma coisa. Tem que responder, 
não pode deixar só a versão deles”. Meu pai foi candidato a prefeito de 
Sobral quando eu tinha 10 anos e eu já andava na rua pedindo voto. A 
política é muito envolvente. Eu acredito no projeto e eu não tenho fome,
 não tenho sono, não tenho cansaço. Eu ando 200 quilômetros se for 
preciso. Me empolgo tanto que esqueço o resto.
Filhos
Eles já vão fazer 18 anos. Pra mim, de certo modo, foi muito dolorosa
 essa “separação”. A primeira coisa que eu tentei foi trazê-los comigo 
pra cá. Mas não deu certo. Eles nasceram em São Paulo. Minha filha tem 
projeto de morar fora do Brasil. Agora está sozinha no Japão fazendo um 
curso de desenho. Meu filho está aqui comigo agora. Uma coisa que eu 
tentei lembrar é que todos nós saímos de Sobral aos 17 anos em busca do 
nosso sonho. Lá, não tinha a faculdade que a gente queria. Não tinha 
direito, nem medicina e nem engenharia, que são as faculdades que 
escolhemos lá em casa, e a gente veio para Fortaleza para conseguir uma 
condição profissional melhor. Eu tentei pensar nisso. Eu espero que um 
dia eles se orgulhem da minha decisão. Claro que é muito dolorido, sinto
 muitas saudades, mas sempre que eu posso eu vou pra lá, ou eles vêm. A 
gente se fala pelo telefone, internet, usamos todos os recursos, então 
fica fácil falar toda hora. Mas foi muito difícil.
Participação política das mulheres
Acho que a gente tem uma sensibilidade que faz toda a diferença. Não 
só na política, mas em todas as áreas. Semana passada eu estava 
discutindo em Portugal a participação da mulher na política portuguesa. 
Lá, a participação feminina ainda é menor que no Brasil. Eu tenho muito 
orgulho de ser mulher. É engraçado, na discussão em Portugal, uma das 
mulheres presentes disse que na próxima geração quer nascer homem. Eu 
não. Eu adoro ser mulher. Amo a oportunidade de ter sido mãe, de ter 
essa sensibilidade diferenciada, que a gente tem. Temos esse olhar 
peculiar sobre as coisas, de perceber quando está bem. Nós temos um 
olhar diferenciado. Quando a mulher tem a possibilidade de estudar, se 
qualificar, elas acabam trabalhando mais que os homens na tentativa de 
tentar superar os preconceitos que ainda existem. Temos, de certa forma,
 que nos preparar mais que os homens para conseguir igualdade 
profissional e salarial. Eu acho que é exatamente por essa necessidade 
de se impor, já que não somos muito respeitadas, que a gente acaba tendo
 que endurecer e se “masculinizando” para poder ser respeitada, ser 
ouvida.
A cultura do machismo 
Um trabalho que eu gostaria de fazer é um trabalho de conscientização
 das mulheres na criação dos filhos. Eu acho tão importante você criar 
um filho dividindo o trabalho doméstico. Porque a gente sabe que ainda 
hoje a mulher é responsável pelo trabalho doméstico, pela criação dos 
filhos. Eu acho que estamos evoluindo, só que muito devagar. Quando o 
Cid entrou para o ministério minha cabeça logo começou a maquinar as 
dicas de educação. Eu acho que está faltando cidadania, pensar no 
próximo. Eu defendo que tinha que ser incluído, também nas escolas, 
alguma coisa relacionada a mulher, de uma maneira mais forte.
O jeito “Ferreira Gomes" de ser 
Se eu tivesse que me definir, entre Ciro que é mais esquentado e o 
Cid que é mais frio, eu acho que estou mais pra Ciro. Outro dia, uma 
pessoa me fez uma crítica dizendo que eu parecia muito com o Ciro. E 
eu:  “você não sabe o elogio que tá me fazendo”. Se existisse um fã 
clube do Ciro eu era a presidente. Sou fã dele, da carreira política 
dele, da maneira que ele encara as coisas. Sei também que as vezes ele 
comete excessos e paga preços altos por isso. Na campanha presidencial 
dele em 2002, que ele foi criticado na época de machista, eu me recordo 
que pensava que nenhum governador até hoje teve uma participação tão 
grande de mulheres em cargos importantes como o Ciro teve. Se eu não me 
engano, eram 12 secretarias e cinco mulheres eram titulares. Era um 
número aproximado da metade. Elas eram secretarias de saúde, educação, 
infraestrutura. Ou seja, de machista ele não tem nada, mas fez uma 
colocação errada. Acho que ele se excede um pouco. Mas concordo com ele,
 a verdade tem que ser dita. Que foi um pouco também do que o Cid fez, 
que também acabou pagando alto preço. Não tenho problema nenhum em dizer
 que o Cid teria sido um grande ministro da Educação. O Brasil perdeu. 
Concordo 100% com o que o Cid falou. Eu estava viajando e peguei uma 
avião rapidamente e fui a Brasília apoiá-lo. Não faria uma vírgula 
diferente do que ele fez. Não dava para fazer diferente, ele não podia 
negar o que disse. Eu nem preciso dizer isso, estamos vendo tudo o que a
 presidente Dilma está passando por causa da Câmara.
De pedra a vidraça
Eu tenho pensado nisso, pode parecer piegas da minha parte... Eu vivi
 20 anos em São Paulo mas acompanhava a política daqui. Sempre que eu 
podia, umas três vezes por ano vinha pra cá. Todas as campanhas 
políticas eu larguei tudo e vim. Ler algumas injustiças que li, que eu 
leio nos jornais, pra mim era tão doloroso quanto se fosse comigo. 
Acabava com meu dia, eu ficava aborrecida. Ligava e dizia que tinha que 
responder. As coisas com eles sempre pareciam que eram comigo. O que vem
 acontecendo com a presidente, eu acho de uma falta de respeito imensa 
com uma senhora, uma mãe. É desacato a autoridade. É agressão a uma mãe,
 mulher, uma vó e a nossa autoridade máxima que foi eleita pelo povo. 
Mas eu ainda não senti isso diretamente comigo. Como sou iniciante, 
ainda saindo dos bastidores, não sei, sinceramente, como vou encarar 
essa coisa de ser vidraça. Ainda não tem o que falar de mim. Mas tenho 
percebido algumas alfinetadas, alguns reflexos dessa minha entrada aqui 
em Caucaia. Teve um episódio de uma montagem grosseira com uma foto 
minha. Eu me lembro muito bem de quando a ex senadora Patrícia Saboya 
foi candidata a prefeita de Fortaleza sofreu um enorme preconceito por 
ser mulher.
Retrocesso político
Se tiver que eleger inimigo número um de todos os avanços, desde a 
questão da mulher até os adolescentes, estamos vendo as loucuras que 
esse Eduardo Cunha está fazendo, rasgando a Constituição, votando duas 
vezes a mesma matéria. Eu, sinceramente, achei que não passaríamos mais 
por isso. Mas se vê como a democracia brasileira ainda é muito frágil. 
Essa relação da política com a religião, da política com os grandes 
grupos de comunicação, da política até com alguns setores do Judiciário,
 é muito superficial. Mas acho que está evoluindo. Tem que ficar de olho
 é nesse tipo de postura perigosa de religião com política pra gente não
 ter retrocesso. Acho tão complicado uma pessoa se meter na orientação 
sexual da outra. Que é que você, minha vizinha, tem a ver se eu vou 
dormir com homem ou com mulher.
Mudança de Partido
Uma coisa que o Cid sempre diz e que explica muito bem é que essas 
mudanças de partido nunca foram feitas para se beneficiar, para sair da 
oposição para ir para um governo. Sempre foram mudanças em busca de uma 
melhor liberdade, filosofia. Eu acho que um grande erro foi não ter 
criado um partido próprio. Porque eles são constantemente surpreendidos 
por condições que os levam a mudar de partido.  Acho que eles são sempre
 levados pela circunstância. A coisa se põe, já tem prazo. Essa questão 
partidária, eles vão deixando pra depois e a coisa, de repente, se põe. 
Já tivemos uma primeira reunião. Mas a gente sempre conversa, tentando 
alinhar os pensamentos. Todos vão marchar unidos, seja pra onde for. Pra
 onde o grupo resolver ir, como faço parte dele, vou também. Eles foram 
convidados por outras legendas. Mas parece que o grupo está se 
direcionado mais para PSD ou PDT.
Candidatura a prefeita
Quando comecei a pensar nessa possibilidade eu tive o cuidado de falar com cada um deles (os irmãos).
 Qualquer decisão que tomo na minha vida, não só política, mas também na
 vida pessoal, eu procuro ouvi-los. E eu ouvi: “Vá. Você é capaz. Você 
consegue. Tem tudo para dar certo.” Mais apoio, impossível. Esse ano 
ainda vai acontecer muita coisa. Vira e mexe planejamos uma coisa e 
acontece outra. Mas, pelo menos da minha parte, eu pretendo continuar na
 política, seja nos bastidores ou no protagonismo. O importante é 
participar.
Ligação com Caucaia
Minha ligação com Caucaia não é de agora, nem sei dizer mesmo como 
começou. Como eu sempre participei das campanhas eu sempre tive uma 
ligação com Caucaia nas campanhas do Ciro, do Tasso, do Cid. Então, eu 
sempre estive por aqui. Acho extremamente enriquecedor essas caminhadas 
porque a gente consegue ver outras realidades e entender que vivemos em 
uma ilha e que tem muito o que se aprender fora dela. Caucaia é muito 
apaixonante. Muito linda. Estou adorando morar aqui. Caucaia evoluiu 
muito nos últimos oito anos. A parceria do prefeito Washington Góes com o
 Cid é parte disso. Eles conseguiram trazer Policlínica, UPA, escola 
profissionalizante. Caucaia hoje está entre as 30 maiores cidades do 
Brasil geradoras de emprego. Isso é fruto de um trabalho conjunto. Meu 
sonho é conseguir colocar a educação de Caucaia perto da de Sobral. 
Infelizmente não é um trabalho para quatro anos. Sobral teve a sorte de 
ter continuidade. Foi o Cid, depois Leônidas e agora o Veveu. A 
vice-governadora, Izolda, sempre tutelando a parte da educação. Se 
demora quase uma geração inteira para se ver o resultado. Eu espero 
conseguir avançar um pouco mais nessa questão da educação. Eu costumo 
dizer o seguinte, que o ideal da política é que o cidadão tenha acesso 
aos direitos deles sem a intermediação de políticos. Que possa conseguir
 uma consulta por telefone, que consiga marcar um exame sem dever favor a
 ninguém. A gente mira pra ver depois no que avançou. O Dr. Washington 
quando chegou aqui, Caucaia estava no fundo do poço, não tinha escola 
que prestasse, não tinha hospital. Aliás, o hospital estava fechado, 
trancado com cadeado. A dificuldade da entrada das indústrias era 
enorme. As empresas queriam se instalar mas não encontravam uma parceria
 por parte da prefeitura. Não é por acaso que hoje Caucaia está entres 
os trinta maiores geradores de emprego do Brasil. Isso é resultado da 
parceria também com o Governo do Estado. Ainda está longe de atingir a 
meta, mas melhorou muito. Se as pessoas puxarem um pouco da memória e 
lembrarem como Caucaia era antes, esse reconhecimento vai vir.
Planos para Caucaia
Caucaia é muito grande e nenhuma prefeitura dá conta. Embora, já 
tenha avançado muito em diversos aspectos, saúde, infraestrutura, ainda 
tem muito o que fazer. As pessoas vem de muitos anos de desgaste e estão
 meio cansadas. Por isso, as vezes, não conseguem separar o que tem sido
 feito agora e o que é de um passado ruim, que em seis, sete anos, não 
dá para mudar. Eu espero continuar o que está dando certo. Mais ou menos
 a proposta do Camilo em relação ao Cid. Claro que nenhum governo acerta
 100% e a gente tem que corrigir algumas coisas. Eu espero continuar o 
que está bom e avançar mais. Tenho uma vontade enorme de fazer a 
diferença. Escuto nas ruas as mães reclamarem que queriam trabalhar, mas
 não tem onde deixar os filhos... Quero fazer isso mudar. Se a 
presidente oferecer creches, vamos tentar conseguir, achar terreno e o 
que for preciso. É um trabalho de continuidade. Tenho muita vontade de 
transformar. Na política, como a gente tá muito atrasado, tudo é muito 
urgente. A pessoa que está querendo trabalhar hoje porque precisa 
melhorar a renda, não pode esperar a prefeitura fazer um levantamento do
 terreno e em seguida ir ao Ministério da Educação pedir verba, depois 
construir a creche. Tudo é pra ontem. A saúde, a educação e o povo tem 
pressa. Eu acho que com trabalho, determinação, conhecimento, não há 
problema que a gente não consiga resolver. Os problemas são grandes. 
Caucaia é uma cidade que cresceu muito rapidamente e desordenadamente. 
Não se cria infraestrutura da noite pro dia. Tem toda essa demanda 
reprimida, mas eu acredito que num conjunto de fatores positivos, a 
gente consegue avançar bastante.
Governo Camilo Santana
Gosto muito do Camilo. Ele é uma pessoa muito doce. Gosto muito da 
Onélia, esposa dele. Pelas condições, não tenho convivido tanto com ele 
como eu gostaria, mas eu estive no Palácio esses dias acompanhando o Dr.
 Washington e ele nos recebeu muito bem. Se colocou a disposição para 
ajudar Caucaia e continuar o que for preciso  e continuar a parceria que
 o Cid iniciou. Acho que ele está indo bem, está focando nas coisas que 
são importantes. Está fazendo um trabalho importante na captação de 
novos investimentos para o Estado, como o HUB da TAM. Ele tem tudo para 
fazer um grande governo por ter espírito público, tem vontade de 
acertar. A gente percebe que ele gosta realmente do povo.
Mais Médicos
Diferente da minha categoria, eu sou fã do Mais Médicos. Não podemos 
nos enganar, nós precisamos sim de um número maior de médicos para 
atender a demanda. O médico brasileiro, sem criticar, procura morar nos 
grandes centros urbanos, porque o mercado de trabalho é melhor, pois 
eles terão condições de ter melhores salários, pacientes particulares. 
Ninguém quer ir pros lugares pequenos, para os distritos. O Mais Médico 
veio suprir essa necessidade. Todos sabem que primeiro foi dada a opção 
para os médicos brasileiros, apenas os lugares rejeitados que foram 
ocupados por médicos de fora do país. Onde quer que seja, os comentários
 são que os médicos cubanos ouvem, pegam no paciente. Os médicos hoje 
mal levantam a cabeça para olhar os pacientes. Eu mesma fui esses dias 
procurar atendimento na rede privada e ele passou exames se ao menos 
perguntar quando começou a dor. Os cubanos querem trazer essa 
humanização que precisa. Nós médicos precisamos nos aproximar mais do 
paciente.  Na minha época a gente não era preparado. Tínhamos apenas um 
estágio de um mês na zona rural, mas sem orientação alguma. Acho que é 
uma deficiência que a gente tem de formação.
fonte:  http://www.brasil247.com