O programa Brasilidade da rádio FM Assembleia (96,7MHz) deste domingo (03/11) apresenta a trajetória do cantor, compositor e instrumentista Walter Franco.
Filho do radialista e escritor Cid Franco, Walter Rosciano Franco, nasceu em 6 de janeiro de 1945, na cidade de São Paulo. Estudante de artes dramáticas, ele iniciou a carreira musicando peças teatrais, como o clássico grego “As Bacantes”, de Ésquilo.
A partir de 1968, começou a participar de festivais universitários de música popular ao inscrever “Não se Queima um Sonho”, no primeiro Festival Universitário da TV Tupi, em São Paulo, canção defendida por Geraldo Vandré.
Na segunda edição do festival, em 1969, conquistou o terceiro lugar com “Sol de Vidro”, interpretada por Eneida. E na terceira, em 1970, participou com duas músicas: “Animal Sentimental” e “Pátio de Loucos”.
O primeiro disco foi um compacto simples com a música “No Fundo do Poço”, tema da novela “O Hospital”, da TV Tupi, exibida em 1971.
No ano seguinte, marcou presença no 7º Festival Internacional da Canção, realizado pela rede Globo, com a música “Cabeça”, que recebeu um prêmio especial. Em 1973, participou do Festival Abertura, também na Globo, com a música “Muito Tudo”, que ficou em terceiro lugar.
No mesmo ano, lançou o primeiro LP “Ou Não”, com 10 faixas e arranjos de Rogério Duprat. O disco provocou estranhamento ao misturar elementos pop e ritmos nordestinos, com referências eruditas e letras fortemente influenciadas pelo concretismo. Um dos destaques do LP foi a canção “Cabeça”.
Considerado o melhor trabalho de Walter Franco, o LP “Ou Não” foi reeditado em CD, em 1994, pela gravadora Continental, a mesma que lançou o LP em 1973.
Em 1979, participou do Festival MPB da TV Tupi com a música “Canalha” e, em 1981, do Festival MPB Shell, com “Serra do Luar”.
Considerado vanguardista e a figura mais moderna dos anos 1970, Walter Franco morreu no último dia 24 de outubro, aos 74 anos, em São Paulo.
Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise às terças-feiras, às 23h. A produção é de Fátima Abreu e Ronaldo César e a apresentação de Narcélio Limaverde.
WR/AT