Após o início do lockdown em Fortaleza nesta sexta-feira, 8, aeronaves da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) estarão monitorando pelo resto do dia o fluxo de pessoas em praias e em ruas do Estado no intuito de combater aglomerações, uma das principais formas de contágio do novo coronavírus.
A coordenadoria é integrada à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e já monitorou, até então, as áreas dos bairros Meireles, Praia de Iracema, Barra do Ceará e na cidade de Itaitinga.
As imagens mostram que fluxo de trânsito continuava intenso na BR-166. Blitz e outras ações, junto à Polícia Rodoviária Federal, orientavam os motoristas. Nas praias, ainda há movimentações de algumas pessoas e alguns banhistas circulando pela região. No entanto, o fluxo diminuiu após o decreto, no qual só é permitido realizar deslocamentos essenciais pelo Ceará. O estado registrou, em última atualização divulgada pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), 14.467 casos confirmados e 940 óbitos.
As ações serão diárias e são guiadas por dados de ligações feitas à Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciosp), por meio do 190. Além de praias, o monitoramento também deve ser feito nas 51 areninhas, assim como os locais de feiras livres, que estão proibidas.
Quem precisar sair de casa deve levar comprovante de residência, além de documento que ateste a necessidade da locomoção. Se não houver justificativa, o cidadão será orientado pelos agentes a retornar para a própria residência e pode ser levado à delegacia em caso de negativa, respondendo ao artigo 268 do Código Penal por descumprimento de medidas sanitárias preventivas.
O isolamento social é necessário para frear os casos de coronavírus no Ceará e, assim, possibilitar atender a todas as demandas de pacientes que chegam até o Sistema Único de Saúde (SUS). O POVO noticiou que a taxa de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e de enfermaria na rede pública de saúde do Ceará é de 93,5%. O índice preocupa a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), que alertou sobre o contágio no País nas próximas semanas. Segundo os especialistas, os dias seguintes poderão expressar a agressividade da crise sanitária e humanitária do Brasil.
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