O ano de 2022 terminou com 23 novas iniciativas incluídas no Portal CNJ de Boas Práticas do Poder Judiciário.
Desde a implantação da plataforma, em 2019, 97 experiências
desenvolvidas pelo Judiciário já foram aprovadas pelo Plenário do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e incluídas no repositório após
comprovação de eficiência, qualidade, criatividade, possibilidade de
replicação, satisfação do usuário, alcance social e contribuição para
desburocratização da Justiça.
A plataforma está disponível e acessível para a população judiciária e
sociedade civil no site do CNJ. As 23 práticas incluídas em 2022 foram
cadastradas em nove dos 23 eixos existentes. Sete delas tratam sobre
temas de Sustentabilidade e Meio Ambiente. As outras dezesseis
iniciativas abordam aspectos de Acesso à justiça; Cooperação Judiciária
Nacional; Sistema Carcerário, Execução Penal e Medidas Socioeducativas;
Gestão de Pessoas; Planejamento e Gestão Estratégica; Justiça e
Cidadania; Gestão Documental; e Mediação e Conciliação.
No eixo Mediação e Conciliação, um dos programas aprovados foi o
Conciliação em Domicílio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG),
que permite ao oficial de justiça atuar como parceiro no processo
conciliatório no cumprimento dos mandados. Já o projeto Conte Conosco,
do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região (TRT14), está relacionada
ao Eixo Planejamento e Gestão Estratégica e visa auxiliar as varas
trabalhistas de Rondônia e do Acre com técnicas de gestão estratégica,
monitoramento de problemas e avaliação de desempenho.
Reconhecimento e visibilidade
A inclusão de práticas no Portal é um reconhecimento das boas
iniciativas implementadas pelos órgãos do Judiciário. No Portal, os
materiais ficam disponíveis para pesquisa, aproveitamento, consulta,
compartilhamento e replicação em outras unidades judiciárias. As
iniciativas aprovadas também concorrem automaticamente em categorias
específicas de algumas premiações, como é o caso do eixo temático
“Mediação e Conciliação” para o Prêmio Conciliar é Legal e do eixo “Sustentabilidade e Meio Ambiente” para o Prêmio Juízo Verde.
O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), por exemplo, teve seu
programa Fórum Digital aprovado no eixo Acesso à Justiça do Banco de
Boas Práticas e venceu a 19º Prêmio Innovare na categoria CNJ/Inovação e
Acesso à Justiça. Anualmente, a categoria do Prêmio Innovare relativa
ao CNJ indica um eixo temático para possibilitarem dar visibilidade a
diferentes questões.
Resultados concretos
Criado pela Portaria CNJ n. 140/2019, o Portal CNJ de Boas Práticas do Poder Judiciário atende também à determinação da Resolução CNJ n. 325/2020,
que prevê a promoção e a divulgação das práticas de sucesso
desenvolvidas pelos tribunais. Desde a sua criação, o portal recebeu 443
experiências a serem analisadas. Para serem admitidas, as práticas
devem ter sido implementadas há, no mínimo, um ano, e é necessário que
as ações tenham resultados concretos para apresentar.
Para integrar a plataforma, as ações são avaliadas por unidades
técnicas com competência correlacionada com o tema da prática e contam
com o apoio do Departamento de Gestão Estratégica (DGE/CNJ).
O processo de seleção tem início com o cadastramento da proposta em
formulário eletrônico contido no próprio Portal. As propostas podem ser
apresentadas por profissionais do Poder Judiciário que tenham cadastro
no Sistema Corporativo do CNJ. O acesso é dado pelos administradores
regionais de cada tribunal e também pelo DGE.
Na sequência, a prática passa por uma análise detalhada, conforme os
critérios de admissão. A inclusão no Portal é aprovada pelo Plenário do
Conselho e é um reconhecimento das iniciativas implementadas pelos
órgãos do Judiciário.
Texto: Regina Bandeira
Edição: Sarah Barros
Agência CNJ de Notícias