A rede terrorista Al Qaeda confirmou nesta sexta-feira a morte de seu líder, Osama bin Laden, em fóruns jihadistas, informou o Site, grupo americano que monitora sites ligados a grupos terroristas em todo o mundo. A confirmação é a primeira declaração pública da Al Qaeda desde a morte de seu mentor, em uma operação secreta das forças americanas no Paquistão. As declarações, traduzidas pelo Site, convocam os militantes a agir contra os Estados Unidos e ordena os paquistaneses a se rebelarem.
Uma das mensagens dizia que a morte de bin Laden será uma maldição que persegue os americanos e seus agentes dentro e fora de seus territórios. “Logo, com a ajuda de Alá, a sua felicidade se tornará tristeza e seu sangue será misturado com suas lágrimas”, dizia outra mensagem, referindo-se, novamente, aos americanos, numa clara promessa de vingança pela execução de bin Laden.
A Al Qaeda vai continuar na ofensiva, segundo a declaração. “Nós não vamos nos afastar disso ou mudar até que Alá julgue a verdade entre nós e nossos inimigos. Ele é o melhor de todos os juízes e nada vai nos fazer mal depois disso, até que nós alcancemos vitória e sucesso, a conquista e poder, ou nós morreremos tentando”, adverte a rede terrorista.
“Os americanos jamais terão segurança até que o nosso povo na Palestina tenha também”, diz outro trecho da declaração divulgada na rede. O lançamento de mensagens pela web tornou-se uma prática muito utilizada por militantes terroristas depois do atentado de 11 de setembro de 2001. "Os paquistaneses devem limpar a vergonha que recaiu sobre eles devido a uma panelinha de traidores e ladrões tentados pela depravação e corrupção que os americanos espalharam no país", disse a Al Qaeda.
A mensagem, que deverá acabar de vez com as poucas dúvidas que restavam sobre a veracidade da notícia sobre a morte de bin Laden , também informou que a Al Qaeda deve divulgar uma mensagem de áudio gravada pelo seu chefe uma semana antes de ele ser morto pelo comando de elite americano. No vídeo abaixo, Thomas Friedman, colunista do jornal The New York Times, comenta os possíveis desdobramentos da morte do terrorista.