O presidente eleito Jair Bolsonaro definiu, até o momento, 14 ministros
que farão parte de seu governo a partir de 2019. Logo após eleito,
Bolsonaro sustentava a tese de que manteria apenas 15 dos 29 ministérios
presentes no governo Temer. Na última quarta-feira, 21, a equipe do
presidente eleito admitiu ter até 20 ministérios. O último ministro
definido foi Tarcísio Gomes de Freiras, para a pasta da Infraestrutura.
Além dos ministros, foram definidos quem ficará a cargo da
Advocacia Geral da União (AGU), que pode perder o caráter de ministério
em seu governo, e do Banco Central. O advogado André Luiz de Almeida
Mendonça vai comandar a AGU e o diretor do Santander, Roberto Campos
Neto, será presidente do Banco Central.
Confira os ministros já definidos
Paulo Guedes (Economia)
O
economista é mestre pela Universidade de Chicago e um dos fundadores do
Banco Pactual, além de ter fundado e dirigido fundos de investimentos e
empresas. É considerado o guru econômico de Jair Bolsonaro desde antes
da eleição.
Onyx Lorenzoni (Casa Civil)
Onyx
exerce atualmente seu quarto mandato de deputado federal. Foi relator
do projeto que transforma as 10 Medidas Contra Corrupção propostas pelo
Ministério Público Federal e citadas no plano de governo de Bolsonaro em
lei. Contrariamente, admitiu ter recebido R$ 100 mil não declarados à
Justiça Eleitoral por meio de caixa dois em 2014 após ter seu nome
citado na delação da JBS.
Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública)
Juiz
há 22 anos, Moro ganhou visibilidade nacional ao julgar processos da
Operação Lava Jato na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba. Foi o
responsável por ex-presidente Lula a nove anos e seis meses de prisão.
General Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional)
O
general-de-exército da reserva do Exército Brasileiro inicialmente
comandaria o Ministério da Defesa. Ele foi comandante militar da
Amazônia e Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia
Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia)
O
tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB) foi o primeiro
astronauta brasileiro, sul-americano e lusófono a ir ao espaço, na
missão batizada "Missão Centenário".
Tereza Cristina (Agricultura)
A
engenheira agrônoma é deputada federal e líder da Bancada Ruralista no
Congresso. Em seu primeiro mandato como deputada, ela foi uma das
principais defensoras de projeto que muda as regras no registro de
agrotóxicos.
General Fernando Azevedo e Silva (Defesa)
O
General de Exército assumiu o Comando Militar do Leste, no Rio de
Janeiro, onde foi o responsável pela segurança das Olimpíadas de 2016 e
foi Chefe do Estado-Maior do Exército.
Ernesto Araújo (Relações Exteriores)
O
diplomata já foi assessor na divisão do Mercosul e responsável pela
negociação da Tarifa Externa Comum e regimes comerciais. É um entusiasta
da política externa de Donald Trump.
Wagner Rosário (Controladoria Geral da União)
Wagner
é o atual Ministro da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral
da União. Tem mestrado em Combate a Corrupção e Estado de Direito pela
Universidade de Salamanca.
Luiz Henrique Mandetta (Saúde)
O
médico ortopedista é deputado federal desde 2011. Ele é investigado por
fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois na
implementação de um sistema de prontuário eletrônico enquanto era
Secretário de Saúde da capital sul mato-grossense no governo de Nelson
Trad Filho (PTB).
Gustavo Bebianno (Secretaria Geral da Presidência)
O
advogado foi o responsável por encontrar o partido que lançaria
Bolsonaro como candidato à Presidência. Ele conseguiu a confiança do
presidente eleito após admirá-lo pela internet desde 2015.
Ricardo Vélez Rodríguez (Educação)
Vélez
é um filósofo e professor de filosofia colombiano naturalizado
brasileiro. Teve seu nome sugerido a Bolsonaro pelo filósofo Olavo de
Carvalho, após ele negar o convite.
Carlos Alberto dos Santos (Secretaria do Governo)
O
general de divisão da reserva do Exército Brasileiro foi Secretário
Nacional de Segurança Pública e comandante das forças da ONU no Haiti e
no Congo.
Consultor
legislativo da Câmara dos Deputados, foi diretor executivo do
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no governo
Dilma Rousseff (PT). Ele iniciou a carreira no Exército. Ingressou por
concurso no quadro de auditores da Controladoria-Geral da União (CGU). É
formado em Engenharia Civil pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e
atuou como engenheiro da Companhia de Engenharia Brasileira na Missão
de Paz no Haiti.
Redação O POVO Online