quinta-feira, 4 de abril de 2019

Senado aprova PEC que permite acúmulo de cargos por militares estaduais

O Senado aprovou nesta quarta-feira (3) a proposta de emenda à Constituição que permite a militares a acumulação do cargo com as funções de professor ou profissional da saúde. A mudança vale para integrantes das polícias e dos corpos de bombeiros militares dos estados e do Distrito Federal. A PEC 141/2015, de autoria do ex-deputado Alberto Fraga, já pode ser promulgada.
Uma regra geral da Constituição proíbe a acumulação de cargos no serviço público. Algumas exceções são previstas: se houver compatibilidade de horários, servidores civis podem desempenhar dois cargos de professor; um cargo de professor com outro técnico ou científico; ou dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde.
A PEC estende esse benefício aos militares estaduais. Em todos os casos, os profissionais que acumulam cargos devem respeitar o teto de renumeração no serviço público. No caso dos estados e do Distrito Federal, o limite é o salário do governador.
Foram 67 votos a favor da proposta e nenhum contrário. Os senadores exaltaram a PEC como um avanço no “reconhecimento” da capacidade dos policiais e bombeiros militares. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, reforçou esse ponto.
— Não tenho dúvida de que esta [proposta de] emenda [à Constituição] está fazendo justiça a esses patriotas que cuidam dos brasileiros todos os dias.
O relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) foi o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que considerou a medida benéfica inclusive para a administração pública, que poderá realizar menos contratações para prestar serviços.
“Isso permitiria ao Estado se valer de mão-de-obra altamente qualificada em setores absolutamente carentes como a educação e saúde, em que existe a obrigação constitucional de ser assegurada sua universalização. Seria mais vantajoso ao Estado, em período de severa restrição fiscal, uma situação em que militares exerçam de forma cumulativa esses cargos”, argumentou Anastasia no seu relatório.
O senador sugeriu uma emenda de redação ao texto enviado pela Câmara dos Deputados: na hipótese de acumulação com cargo civil, o militar tem que dar prioridade à atividade no quartel. Como a emenda modifica apenas a redação da proposta, sem alterar o seu conteúdo, ela não precisa voltar para a Câmara e pode seguir direto para a promulgação.
O presidente do Senado anunciou que irá convocar oportunamente a sessão solene para a promulgação da nova Emenda Constitucional.

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Palestra nesta sexta (5) debate o Transtorno do Espectro Autista

https://www.caucaia.ce.gov.br/admin/view/noticia/img/20190404110828educacao_palestra_autismo.jpg 
A Secretaria Municipal de Educação (SME) promove nesta sexta-feira (5/3) palestra com o professor Wilson Cândido Braga sobre Transtorno do Espectro Autista - TEA, em alusão ao Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. O evento ocorrerá às 8 horas, na Escola Profissionalizante Professor Antônio Valmir da Silva e tem como público-alvo professores do ensino regular e profissionais do Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Para a professora Rogéria Nadja Terto, responsável pelo Núcleo de Educação Especial Inclusiva da SME, “esse é um momento valoroso e que faz parte dos nossos esforços permanentes na promoção de capacitações para a inclusão, onde poderemos compartilhar experiências, sedimentar conhecimentos prévios sobre o tema e buscar novas informações para oferecer o máximo de bem-estar e qualidade educacional para os nossos alunos.”
A rede municipal de ensino de Caucaia tem cerca de 1.400 alunos com algum tipo de deficiência. A SME vem trabalhando continuamente para assegurar a esses estudantes a inclusão socioeducacional, a matrícula e a permanência no espaço escolar, os estimulando a partir de atividades complementares que favoreçam a superação das dificuldades e a ampliação de potencialidades.
“Iniciativas como essa favorecem a recepção e o acolhimento dos alunos autistas nas nossas escolas municipais, promovendo maiores possibilidades para um trabalho pedagógico inclusivo, com professores capacitados que conduzam o manejo comportamental e estratégias que favoreçam seu desenvolvimento global”, afirma Rogéria.

Ceará concede 4 auxílios-doença a cada 24h devido à depressão

Até 2020 a depressão será a doença mais incapacitante do mundo. A projeção é da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgada em relatório em 2017. Se o alerta parece grave, mais desolador ainda é a comprovação cotidiana desta estimativa. Bem sabem as pessoas que sofrem com a depressão. A doença psiquiátrica crônica, em nível grave, tem efeito devastador.
Para se ter ideia, no Ceará, somente em 2018, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) concedeu quatro auxílio-doença por dia, para pessoas que não tinham condições de continuar trabalhando devido à depressão. Um total de 1.741 auxílios no ano, que evidencia um aumento de 38,6% se comparado aos índices registrados em 2017.
O trabalho, embora nem sempre seja o fator responsável por desencadear o problema, muitas vezes acentua o quadro depressivo. Diante disso, a vida dos trabalhadores fica paralisada e a atividade laboral comprometida. A assistente administrativa Laura (nome fictício pois ela preferiu não ser identificada), por, pelo menos, dois anos e meio sofreu com crises intensas de depressão e precisou se afastar do almejado emprego. O quadro grave, conta, teve início quando ela passou em um concurso e ingressou no atual trabalho.
Na época, Laura desenvolvia, em paralelo, uma pesquisa de mestrado sobre a instituição na qual começou a trabalhar. "Eu fazia pesquisa e tinha uma visão muito ideológica de tudo. Quando comecei a trabalhar, vi que a realidade era outra. Havia muita disputa de poder, pessoas disputando cargos, confrontos dentro da Instituição que tinha ideal de cooperação. Isso me desestabilizou muito. Comecei a ter dificuldade de fazer separação entre o pessoal, profissional e o que eu imaginava. Isso me deprimia", relembra.
Laura diz ainda que, embora tenha procurado tratamento psiquiátrico, resistia à medicação. Enquanto isso, no trabalho, não conseguia sequer lembrar de realizar as atividades nas quais era responsável. Ela precisou tirar uma licença médica e ficou afastada.
Quando retornou, Laura ainda não tinha melhorado. Somente quanto foi mudada de setor pela segunda vez, após expedição de laudo médico atestando a necessidade deste procedimento, é que a realidade começou a se transformar. "Eu comecei a observar o ambiente e comecei a perceber que o mundo não gira em torno de mim. Foi aí que fui melhorando e aos poucos as coisas foram ficando melhores. Hoje posso dizer que estou bem", reforça.
No Ceará, a concessão de auxílios-doença nos dois primeiros meses deste ano, em decorrência de quadros depressivos, chegou a uma média de cinco por dia. Em Fortaleza, foram 156 auxílios-doença entre janeiro e fevereiro concedidos por conta de depressão.

A psicóloga e integrante do Núcleo de Psicologia do Trabalho da Universidade Federal de Fortaleza (UFC), Eveline Nogueira, explica que "a relação entre casos de afastamento laboral e saúde/doença mental não é nova, mas essa discussão vem ganhando força devido ao maior surgimento de casos na atualidade". Isto, na avaliação de Eveline, se deve também a um olhar mais cuidadoso da sociedade para adoecimentos nessa esfera. Antes, menos visível, a doença mental era colocado como "fragilidade pessoal" ou "falta de força de vontade".
O estado depressivo, explica a psicóloga, se constitui como um adoecimento incapacitante para o trabalho, na medida em que "impede que o sujeito desenvolva aquela atividade da maneira habitual".

Sinais
Segundo Eveline, é uma situação muitas vezes silenciosa e invisível, que merece olhar mais atento. "A depressão nem sempre vai se traduz no colega de trabalho que está triste. A tristeza é um sentimento comum e absolutamente compreensível, pelo qual todos passamos. É preciso estar atento, porém, para a duração e para a intensidade dessa tristeza. Se ela é persistente e duradoura e se impacta de forma importante nas atividades diárias cotidianas, como o caso do trabalho, é importante investigar melhor e procurar um profissional adequado", explica.
A psicóloga esclarece ainda que a depressão se alastra por diversas áreas ou atividades, muito embora os trabalhos que têm maiores exigências cognitivas e psíquicas impactam de forma mais intensa na saúde mental. "Fatores como uma maior insegurança relacionada ao trabalho, o desemprego, a baixa remuneração, a falta de perspectiva de vida a longo prazo, a retirada de direitos e garantias de alguns setores, tudo isso agrava quadros patológicos", acrescenta.
O presidente do Conselho Regional de Psicologia, Diego Mendonça, indica que na relação entre adoecimento psíquico e trabalho, muitas vezes, na avaliação ocupacional do trabalhador há dificuldade de se fechar o chamado nexo causal, que é a comprovação que a depressão provocou outro adoecimento que, de fato, afasta a pessoa do trabalho.

A integrante do Núcleo de Psicologia do Trabalho da UFC, Eveline Nogueira, acrescenta que, além da depressão, há outros quadros patológicos relacionados ao adoecimento dos trabalhadores, como ansiedade e o burnout (síndrome caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse). Para todos esses casos, indica ela, é importante uma ampla e completa avaliação por profissionais adequados.
A opinião é reiterada por Diego Mendonça. Ele alerta para a necessidade de uso de diversos recursos terapêuticos para a recuperação. "A depressão é uma doença de manejo difícil e a gente precisa cuidar não só de quem está doente, mas também da sociedade que nos adoece. A recuperação em saúde mental não é fórmula matemática. As pessoas têm recaídas e quanto mais recurso tiver, menor a quantidade de recaídas", pontua.
dn

Ministro da Economia admite mudanças na proposta de reforma da Previdência

O ministro da Economia, Paulo Guedes, insistiu que o atual sistema previdenciário “está condenado”, mas reconheceu nesta quarta-feira (3) que caberá ao Congresso definir os pontos que permanecerão na reforma da Previdência. Por quase seis horas e meia, ele participou de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, que analisa a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/19.
Guedes comparou o sistema de repartição simples – em vigor hoje e no qual os trabalhadores pagam os benefícios dos aposentados – a um avião sem combustível que se dirige para alto-mar. Ele disse ser apenas um equacionador que elaborou uma proposta. “Cabe ao Congresso decidir se colocaremos nossos filhos e netos nesse avião”, afirmou.
O ministro iniciou sua participação na audiência pública defendendo a criação de um sistema de capitalização individual, para que no futuro cada trabalhador tenha uma conta para depositar suas contribuições para aposentadoria. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que acompanhou o ministro na maior parte do tempo, avaliou ontem que esse item dificilmente será aprovado.
Durante o debate, o ministro da Economia admitiu também alterações nas propostas de mudanças nas aposentadorias rurais e no Benefício Assistencial de Prestação Continuada (BPC) pago a idosos carentes. Na semana passada, 13 partidos apresentaram um documento em que se posicionam contra a proposta do Executivo, devido aos eventuais impactos especialmente nos pequenos municípios.
Pela manhã, ao embarcar em Israel de volta ao Brasil, o presidente da República, Jair Bolsonaro, havia comentado as resistências à reforma da Previdência. “O Parlamento é soberano para fazer polimentos e tirar alguma coisa”, disse. “Nós gostaríamos que não tivesse mudanças, mas não existe projeto sem mudança”, acrescentou Bolsonaro, segundo a Agência Brasil. “A boa Previdência é a que passa.”
Desconstitucionalização
A PEC 6/19 pretende reformar as aposentadorias dos trabalhadores do setor privado e dos servidores públicos de todos os Poderes e de todos os entes federados (União, estados e municípios). A idade mínima será de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres, considerando ainda o tempo de contribuição. Haverá regras de transição para os atuais contribuintes.
- Veja os principais pontos da reforma da Previdência
O texto retira da Constituição vários dispositivos que hoje regem a Previdência Social, transferindo a regulamentação para lei complementar. O objetivo, diz o governo, é conter a diferença entre o que é arrecado pelo sistema e o montante usado para pagar os benefícios. Em 2018, o deficit previdenciário total – setores privado e público mais militares – foi de R$ 266 bilhões.
No debate com Paulo Guedes, a “desconstitucionalização” foi criticada por vários integrantes da CCJ, sob o argumento de que fere cláusulas pétreas da Constituição, que prevê um sistema solidário com contribuições de trabalhadores, empregadores e governo. Como nas demais questões, o ministro realçou que cabe aos deputados decidir se mantêm ou não a medida.
Indicado pelo presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), o relator da reforma da Previdência, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), reiterou que apresentará o parecer na próxima terça-feira, dia 9. Ele disse que o relatório enfrentará todas as questões levantadas pelos integrantes do colegiado na audiência pública com o ministro da Economia.
- Entenda a tramitação da reforma da Previdência
Bate-boca
Em vários momentos da audiência pública, Paulo Guedes discutiu com integrantes da CCJ. Os questionamentos de parlamentares que se opõem à reforma da Previdência incomodaram, e o ministro procurou reagir prontamente. Mas também se desculpou em algumas oportunidades: “Sou muito respeitoso, mas não tenho familiaridade com esse tipo de ambiente”.
Ao ser questionado por parlamentares sobre eventuais alternativas à reforma da Previdência, como reforma tributária, com taxação de grandes fortunas, e fim de subsídios e renúncias fiscais, Guedes foi duro. “Escutei todo mundo e agora é a minha vez de falar”, afirmou. “Este governo tem só três meses, vocês estão há 18 anos no poder, por que não votaram essas mudanças?”
Em resposta a eventuais favorecimentos na proposta de reforma do sistema de proteção social dos militares (PL 1645/19), que é acompanhada de uma reestruturação de carreiras e impacto fiscal líquido de R$ 10,45 bilhões, Guedes desafiou os parlamentares a mudar o texto. “Cortem vocês”, disse. “Têm medo de fazer isso?”
Juristas
A CCJ deve votar o parecer do deputado Delegado Marcelo Freitas sobre a admissibilidade da PEC 6/19 até o próximo dia 17, segundo estimativa do relator. Nesta quinta-feira (4), o colegiado volta a discutir a reforma da Previdência, desta vez com juristas.

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Orçamento impositivo para emendas de bancada é aprovado no Senado e volta para a Câmara

O Senado aprovou em dois turnos nesta quarta-feira (3), por 59 votos a favor, 5 contrários e nenhuma abstenção, a proposta de emenda à Constituição que determina a execução obrigatória de emendas de bancada (PEC 34/2019). O texto é o substitutivo do senador Esperidião Amin (PP-SC), apresentando e votado pela manhã na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). No Plenário, por acordo de líderes, foi dispensado o prazo constitucional de cinco dias úteis para a votação entre o primeiro e o segundo turno. A proposta volta para a análise da Câmara dos Deputados, com previsão de celeridade na tramitação, conforme entendimento entre o presidente daquela Casa, Rodrigo Maia, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Uma emenda de bancada é uma emenda coletiva, de autoria das bancadas dos estados e do Distrito Federal para atender os interesses dessas unidades da Federação com obras e serviços. Entre as alterações de Esperidião Amin no texto que saiu da Câmara, está a retirada do termo “caráter estruturante”, que condicionava o atendimento às mais diversas necessidades e prioridades de uma determinada região. Assim, o regime de execução obrigatória será aplicado a todas as emendas de bancadas estaduais indistintamente, e não somente a um subconjunto delas.

Percentual

Um acordo com o governo levou Esperidião Amin a incluir no texto a previsão de um escalonamento na execução das emendas de bancada, que será de 0,8% da Receita Corrente Líquida (RCL) em 2020 e 1% a partir do ano seguinte. Com o escalonamento, o Executivo poderá se adaptar a essa execução obrigatório no Orçamento. Dessa forma, apenas com as emendas de bancada, cada estado terá mais R$ 300 milhões, chegando a R$ 1 bilhão no prazo de três anos.
— Ao estabelecermos a emenda coletiva de bancada do estado como o polo gerador e o polo que vai repartir receitas e permitir despesas nas unidades federadas, nós estamos fazendo, sim, uma evolução federativa — avaliou o relator.
Mas Esperidião Amin retirou da proposta uma alteração do artigo 166 da Constituição que geraria a impositividade integral do Orçamento da União e, a seu ver, merecia debate mais aprofundado.

Remanejamentos e ajustes

A PEC também retira do texto constitucional o rito relativo ao processo e cronograma de análise, verificação de impedimentos e remanejamento, que se mostrou “excessivamente detalhado e pouco eficaz” (art. 166, §14, incisos II, III e IV). A sugestão é que a norma poderia ser definida e aperfeiçoada anualmente na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), já que a maior parte dos remanejamentos e ajustes é realizada com base nas autorizações contidas no texto do Orçamento anual, sem necessitar de projeto de lei de crédito adicional.

Restos a pagar

Também foi feito um ajuste no texto para facilitar a identificação clara de quais "restos a pagar" podem ser considerados para fins de cumprimento dos montantes das emendas impositivas. Por simetria, foi estendido o limite de 50%, existente no texto constitucional em vigor, para modalidade de emenda de bancada estadual.

Continuidade

O relator adicionou ainda um parágrafo para determinar que a as programações oriundas de emendas estaduais, na maioria investimentos de grande porte, com duração de mais de um exercício financeiro, tenha a necessária garantia de continuidade para evitar a multiplicação de obras inacabadas.

'Toma lá, dá cá'

Em Plenário, a maioria dos senadores defendeu a ampliação do Orçamento impositivo como instrumento moralizador da distribuição de recursos no país, acabando com a prática do “toma lá, dá cá”, a negociação de emendas do governo com parlamentares para influenciar o resultado das votações.
— Um Orçamento impositivo, que atende de forma igualitária todos os estados da Federação brasileira, dos mais ricos aos mais pobres. Evitando o fisiologismo, evitando a compra de voto, porque agora o governo federal vai ter que cumprir a determinação constitucional porque nós caminhamos unidos — destacou Simone Tebet (MDB-MS).
O senador Eduardo Braga (MDB- AM) disse apostar na liberação de verbas de emendas para a melhoria do escoamento da produção agrícola e a geração de emprego e renda. E os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Vanderlan Cardoso (PP-GO) e Eliziane Gama (Cidadania-MA) defenderam investimentos nos municípios e no andamento de obras paradas.
Já o senador Major Olímpio, que a princípio era contra a PEC, em atenção ao cumprimento do teto de gastos, terminou por votar a favor da matéria após ouvir os colegas e a manifestação positiva do ministro da Economia, Paulo Guedes.
—  Se é o fim do toma lá, dá cá, não há mais motivação de não avançarmos com pautas fundamentais ao nosso país — afirmou.

Críticas

Contrários à proposta, os senadores Alvaro Dias (Pode-PR), Oriovisto (Pode-PR) e Flávio Arns (Rede-PR) apontaram a urgência da aprovação de uma reforma fiscal e tributária como forma de reduzir o déficit primário e melhorar a distribuição de renda.
— Não vejo essa proposta como o início da reforma do sistema federativo, ao contrário, ela sinaliza a desorganização que há. Ela aponta para as injustiças na distribuição dos recursos públicos arrecadados de forma significativa em função de um modelo tributário que esmaga o setor produtivo nacional e a economia do pais — disse Alvaro Dias.

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DEPUTADO ESTADUAL SOLDADO NOELIO APÓIA INSTALAÇÃO DA CPI DO NARCOTRÁFICO NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO CEARÁ

A instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) é algo que vem sendo discutido desde quando o Deputado Federal Capitão Wagner (PROS-CE) ainda estava no mandato de Deputado Estadual, mas por falta do número mínimo de assinaturas a proposta foi arquivada. Nesta terça feira 02 de abril de 2019, o Deputado Estadual Soldado Noelio (PROS) questionou a falta de destaque à notícia veiculada sobre políticos envolvidos com facções criminosas durante a sessão na Assembleia Legislativa do Ceará “Um tema tão importante como esse, foi um dos menos abordados e isso não pode continuar acontecendo. Nossa casa não pode permanecer omissa diante de denuncias e provas concretas de políticos envolvidos com facções”.
O parlamentar vê necessidade e apóia a instalação “As pessoas precisam de uma explicação, ninguém merece ser enganado principalmente por aqueles no qual confiamos para nos representar. Quem for suspeito tem que ser investigado e ser afastado do cargo”.

Geraldo Luciano apresenta o Partido Novo para o município de Caucaia, neste sábado (06)

Dando continuidade ao projeto de expandir sua atuação no interior do Ceará, o Partido Novo promove palestra do presidente do diretório estadual, Geraldo Luciano, em Caucaia, no próximo sábado (02). Aberto ao público, o evento acontece a partir das 18h30, na HM Topografia (Rua Tobias Correia, 306). Na ocasião, o partido anuncia a formação do núcleo municipal na cidade, o primeiro de dez que devem ser criados ao longo desse ano. Os interessados podem se inscrever gratuitamente pelo site do Eventbrite.  
 
Na apresentação do partido, que será conduzida por Geraldo Luciano, os participantes conhecem como funciona o trabalho do Novo na prática, como acontece o processo para escolha dos filiados através de processo seletivo, os diferenciais e os princípios que a legenda compartilha, como a não utilização de fundo partidário. “A ideia é que após essa apresentação consigamos conquistar novos filiados para o partido para participar dos eventos e ações de divulgação do Novo em todo o município de Caucaia. Hoje já contamos com um grupo muito entusiasmado que quer mudar o modo se fazer política em Caucaia, mas queremos conquistar ainda mais pessoas na região”, conta Luciano.
 
O evento marca também a formação do núcleo municipal em Caucaia que, posteriormente, dependendo do desempenho daqueles que vão estar à frente desse núcleo, poderá vir a se tornar um diretório e lançar candidato para disputar as eleições municipais. “Faz parte do plano estratégico do diretório executivo estadual e também da diretoria nacional do Novo abrir núcleos nas principais cidades do Ceará, e Caucaia, depois de Fortaleza, é o município cearense com o maior número de eleitores. Será o primeiro evento de uma série que vamos realizar nas principais cidades do Estado”, finaliza Luciano.
 
Serviço
Palestra Geraldo Luciano em Caucaia
Data: 06 de abril de 2019
Horário: 18h30 às 20h30
Local: HM Topografia (Rua Tobias Correia, 306 - Centro)
Evento gratuito

Ceará vence o Corinthians em Itaquera, mas se despede da Copa do Brasil

O Ceará encerrou sua participação na Copa do Brasil de forma honrosa. Foi até São Paulo e conseguiu vencer o Corinthians por 1 a 0, na Arena do Corinthians, em Itaquera. O resultado, contudo, não foi suficiente para classificar o Vovô, que havia perdido o jogo de ida por 3 a 1, na Arena Castelão. No agregado, o time paulista levou a melhor por 3 a 2 e avança na competição.
Quem esperava um Ceará ofensivo logo no início do jogo diante do Corinthians, saindo para tentar pressionar os donos da casa, se decepcionou. Quem mandou no 1º tempo foi o Timão, que dominou a posse de bola, impôs os melhores momentos de pressão e criou a melhor a oportunidade, logo no começo do jogo, em chute de primeira de Clayson que bateu na trave. O único lance de perigo do Alvinegro de Porangabuçu foi na verdade em uma jogada anulada, em que Tiago Alves, impedido, completou de cabeça para o gol após cobrança de falta.
Na etapa final, a partida esfriou bastante e só voltou a ficar interessante aos 19 minutos, quando Cássio, ao tentar corrigir passe errado de Ralf, fez defesa com a mão fora da área, evitando uma chance real de gol de Ricardo Bueno. O árbitro expulsou o goleiro, deixando o Corinthians com um a menos.
Na cobrança de falta, na risca da entrada da área, Tiago Carleto chutou em cima da barreira, desperdiçando o que poderia ser uma grande chance. Na reta final do jogo, o Corinthians tentou cadenciar a partida, enquanto o Ceará fazia de tudo para pressionar o adversário. E criou boas chances. Primeiro com Wescley, em chute da entrada da área que passou perto do trave esquerda do goleiro. Na sequência, aos 38 minutos, Fernando Sobral acertou um chutaço de fora da área no ângulo e a bola explodiu na trave. Roger entrou na reta final da partida. E deixou sua marca, fazendo fazer a Lei do Ex. Após cruzamento na área, completou de cabeça, no cantinho, fazendo 1 a 0 Ceará, aos 42 do 2° tempo. O Ceará ainda pressionou nos acréscimos, teve duas chances, mas parou nas mãos do goleiro Walter.
Eliminado na Copa do Brasil, o Ceará volta suas atenções agora para a Copa do Nordeste. No sábado que vem, o time de Lisca entra em campo para enfrentar em casa o Náutico, as 18h30min, em jogo único das quartas de final do Nordestão.
FICHA TÉCNICA
Corinthians 0x1 Ceará
Local: Arena Corinthians, em São Paulo-SP
Data: 3/4/2019
Horário: 21h30min
Árbitro: Rafael Traci-SC
Assistentes: Henrique Neu Ribeiro-SC e Thiaggo Labes-SC
Cartões Amarelos: Chico (CEA); Clayson (COR)
Cartão Vermelho: Cássio (COR)
Renda: R$ 1.241.132,50
Público: 34.639 pagantes
CORINTHIANS (4-3-3): Cássio, Fagner, Marllon, Henrique, D. Avelar; Ralf, Júnior Urso, Sornoza (Ramiro); Love, Gustavo (Boselli), Clayson (Walter). Téc: Fábio Carille
CEARÁ (4-2-3-1): Richard, Samuel Xavier, T. Alves, Luiz Otávio, Carleto; Fabinho, Juninho; Chico (Roger), Ricardinho (Wescley), F. Baxola (F. Sobral); Ricardo Bueno. Téc: Lisca
Bruno Balacó