Caucaia recebeu nesta quarta-feira (20/11) uma comitiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O grupo avaliou o trabalho desenvolvido pela Prefeitura quanto à redução de desigualdades e garantia de direitos de crianças e adolescentes. Em 2020, o Unicef vai certificar as gestões brasileiras do semiárido e perímetro amazônico com melhor desempenho.
A escolha de Caucaia – a única cidade cearense a receber a comitiva - deve-se ao bom trabalho do Busca Ativa Escolar, programa que visa resgatar para a sala de aula alunos em situação de evasão e abandono, e a atuação dos Núcleos de Cidadania dos Adolescentes (Nucas), que desde abril de 2018 promovem ações de formação e práticas de enfrentamento ao racismo.
Os Nucas são compostos por mais de 100 adolescentes, fazendo de Caucaia a maior rede em atuação no Ceará. Dois desses equipamentos estão em territórios indígena e negro, e cumprem papel fundamental na promoção da igualdade racial no município – que soma o maior número de indígenas e comunidades quilombolas do estado.
“Sabemos que existe uma mobilização muito grande envolvendo todas as secretarias municipais. É um desejo real que nós podemos conseguir reverter números e indicadores não tão bons e transformá-los em bons. Alcançando estes números, nós vamos melhorar a vida das pessoas”, declarou a primeira-dama e deputada estadual Erika Amorim.
Chefe do escritório do Unicef no Ceará, cuja atuação também contempla o Piauí e o Rio Grande do Norte, Rui Aguiar ressaltou a presença de especialistas norte-americanos da instituição para identificação de bons projetos. “Este trabalho está sendo realizado em quatro países. No Brasil, a avaliação do reflexo da mobilização pelo Selo na vida das pessoas e nas comunidades pode indicar caminhos para outras áreas onde o Unicef atua.”
Conforme a articuladora do Selo Unicef em Caucaia, Telma Diógenes, o encontro de hoje foi fundamental para a troca direta de experiências com o órgão. “Mostramos a metodologia que usamos para executar as ações. E também todas as nossas atividades, como o Busca Ativa, que começou com os agentes comunitários de saúde e agora conta com a participação direta da população.”