sábado, 27 de agosto de 2016

Falta apoio. Cotidiano de equipes femininas é marcado por dificuldades.

O clube cearense Caucaia está em 11º no ranking nacional de equipes femininas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). E se encontra em momento dramático, sobrevivendo no amadorismo para disputar a Copa do Brasil deste ano. 

Em entrevista ao O POVO, o presidente da agremiação, Eudes da Silva Lima, revela que não há mais patrocinadores para sustentar o time. “A gente tira do próprio bolso, pede ajuda a um e a outro”.
 
Responsável por revelar Gabi Neymar — com passagem por seleção brasileira e atualmente no Porto-POR — e outras jogadoras no cenário nacional, o Caucaia está pagando R$ 200 para 13 atletas competirem no torneio nacional. Sem local para realizar atividades físicas em campo, o time está jogando sem treinar. “Apenas reunimos jogadoras e viajamos para o jogo”, confessa Eudes, que pretende deixar a presidência ao fim da temporada e não sabe como será o futuro do clube.


fonte: o povo
 
Para sair de situações críticas assim, o pedido dos profissionais que trabalham com futebol feminino é de voto de credibilidade. Única treinadora de futebol no Estado, comandando o Juventus, Gilvânia da Silva Severo, a “Bebê”, aponta que o Brasil precisa arriscar investimentos pesados no futebol feminino para que ele possa engatinhar, se desenvolver e, só depois, dar frutos para o esporte no País.
 
“Os grandes clubes e entidades aqui do Brasil precisam ver o futebol feminino como algo para plantar e colher no futuro. Não é um resultado para receber em um ano. É preciso se fazer as bases. O futebol feminino tem que crescer e não ser barrado”, pede a ex-jogadora. Bebê aponta que há preconceito de cartolas e também de boa parte do público com o esporte praticado por mulheres. “Quem primeiro tem que mudar a cabeça são os patrocinadores e os clubes. Aí podemos reverter essa cultura”.
(André Victor Rodrigues

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