quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Livros públicos vão parar em sucata

Cerca de 20 mil livros didáticos do Ministério da Educação (MEC) foram parar numa sucata, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. O material, com data de validade vencida em 2009, foi encontrado, na tarde de ontem, por policiais militares. Os PMs acharam os livros durante investigação de um esquema de desvio de baterias de centrais telefônicas da empresa de telecomunicações OI Telemar. O dono do estabelecimento foi preso e quatro homens foram detidos.

No galpão, localizado na avenida 6, Parque Genibaú, foram apreendidos ainda 149 baterias e 180 kg de cobre. De acordo com o cabo Gonçalves, que participou da ação, as baterias teriam sido desviadas por quatro funcionários de uma empresa terceirizada, que presta serviço para a OI. Segundo a Polícia, cada bateria custa cerca de R$ 2 mil. Os quatro suspeitos foram detidos para prestar esclarecimentos no 12º Distrito Policial (DP), no Conjunto Ceará.

Já o dono da sucata foi preso por receptação. Ele foi identificado como Salin Miclemarckson Lopes de Araújo, 28. Conforme o cabo Gonçalves, durante sua prisão, Araújo afirmou para os policiais que teria comprado os livros da diretora da escola. A maioria dos livros não chegou a ser utilizada. O material ainda estava embalado e lacrado em sacos plásticos, com selos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Os livros eram destinados aos alunos da 1ª à 4ª série. De acordo com o selo nas embalagens, o material deveria estar no colégio Dom Antônio de Almeida Lustosa, no Parque Albano.

O POVO entrou em contato com a escola. A diretoria esclareceu que o material havia sido doado para duas igrejas, por decisão do conselho escolar. Os livros teriam sido doados por não haver mais espaço na biblioteca e porque os alunos têm livros atuais.

Na Secretaria da Educação de Caucaia, uma funcionária pediu que a reportagem retornasse a ligação hoje. A Polícia investiga como os livros foram parar na sucata. “Essa não é a destinação correta”, disse o policial, sem dar mais detalhes. (Thiago Paiva)

o povo



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