quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Calazar aumenta entre pessoas e animais

Fortaleza. Números de óbitos de humanos por leishmaniose visceral, popularmente conhecida como calazar, no Ceará, têm preocupado gestores da saúde e médicos veterinários. Até o momento, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) já notificou 249 casos da doença e 22 óbitos de pessoas. Conforme dados da Secretaria, a doença encontra-se pulverizada em várias regiões. Os Municípios de Ararendá, Brejo Santo, Caucaia, Croatá, Forquilha, Granja, Ipueiras, Maracanaú, Missão Velha, Nova Russas, Pacajus, Pacatuba, Sobral e Tejuçuoca registraram uma morte, cada. E na Capital, foram oito óbitos. No ano de 2010, 581 pessoas foram infectadas e 25 morreram devido à doença.

Algumas ações são adotadas pelos Municípios para diminuir a incidência da doença entre animais e seres humanos: a eliminação de reservatórios dos mosquitos transmissores; captação de cães contaminados para exames de comprovação laboratorial e eutanásia.

Polêmica

Porém, a eutanásia dos animais doentes como forma de controle da doença é tema polêmico entre veterinários. No Brasil, foi formada a Associação Brasileisch, que defende o tratamento do calazar em animais, por acreditar na possibilidade de cura. A entidade segue parâmetros da própria Organização Mundial de Saúde (OMS), que aponta o sacrifício de cães somente nos casos extremos, quando o animal não pode ser tratado. Nos dias 29 e 30 de outubro, a entidade realizará em Belo Horizonte (MG), simpósio internacional que reunirá principais pesquisadores mundiais em calazar. A meta é definir políticas de saúde pública efetivas no combate à doença.

Tratamento

No Ceará, a maioria dos veterinários não trata o animal doente. Apenas uma minoria realiza o procedimento, porém, seguindo as regras éticas para o setor. Uma delas é não utilizar medicamentos humanos no cão.

Uma portaria interministerial, publicada em 11 de julho de 2008, proíbe o tratamento de leishmaniose visceral canina com produtos de uso humano ou não registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A prática é adotada por alguns profissionais. O documento considera, dentre vários decretos nacionais e internacionais, informes da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) e Organização Mundial da Saúde (OMS). A proibição visa, dentre outras ações, diminuir o risco à saúde humana.

O Centro de Zoonoses de Sobral confirma, este ano, duas mortes em humanos de 34 pessoas infectadas pela doença e o sacrifício de mais de 130 dos 3,3 mil cães examinados. A Secretaria Municipal de Saúde orienta a população a facilitar a entrega dos animais infectados, pois ele é o principal hospedeiro do vetor que transmite a doença. O Bairro Terrenos Novos, devido ao desmatamento, é onde se verifica o maior número de casos de calazar na cidade. O veterinário Roger Cavalcante destaca ainda o agravante de Sobral ser cercada de boqueirões, pois isso facilita a transmissão da doença para cães e pessoas.

Nos nove primeiros meses do ano de 2011, o Centro de Epidemiologia do Crato já registrou seis casos de calazar em humanos sem nenhum óbito. Ano passado, conforme a coordenadora do Centro, a enfermeira Lídia Guedes, foram oito casos em humanos, mas também sem o registro de morte. Profissionais do Centro presumem que o número de humanos infectados poderá ultrapassar o de 2010 até o fim deste ano, devido à intensificação do trabalho de combate ao mosquito transmissor, que é de responsabilidade do Centro de Zoonoses do Município. "Essa observação é por conta da maior quantidade de animais apreendidos até o momento", declarou, sem revelar a quantidade de animais já detectados com calazar no Município. O Centro de Zoonoses não informou dados relativos ao número de cães apreendidos.

Em Juazeiro do Norte, cabe a Vigilância Sanitária o controle sobre o número de animais infectados pela doença. Até o fechamento desta edição, o coordenador do órgão, Paulo Sérgio Carvalho, não havia repassado os dados sobre o número de pessoas infectadas nos últimos dois anos. Mas conforme o veterinário Ueldo Gonçalves, a apreensão de animais é periódica. A carrocinha vai às residências para apreensão.

Focos de mosca negra são encontrados em 7 municípios do CE

Viçosa do Ceará, Paracuru, Marco, Paraipaba, São Gonçalo do Amarante, Caucaia e Pentecoste são os municípios do Ceará onde foram encontrados focos do ataque de mosca negra, praga que age principalmente em plantas cítricas e causa grandes prejuízos.

O agrônomo Tuffi Habibe, fiscal da Agência de Defesa Agropecuária (Adagri) afirma que o inseto compromete em até 80% a produção do fruto. “Ela (mosca negra) ao picar a planta e suga a seiva da planta, ela libera uma substância açucarada propiciando que um fungo reduza a fotossíntese, a respiração, e leve a queda na produção do fruto em torno de 80%.”

Os fiscais estão orientando os produtores a combaterem a praga com medidas alternativas. Em Viçosa do Ceará, por exemplo, pulveriza-se a planta doente com óleo mineral, já que existem muitas casas próximas. Outra orientação da Adagri é que o produtor tenha cuidado na compra de novas mudas.

Estudo comprova eficácia nas escolas

Para falar de impostos com crianças e adolescentes todos os meios são válidos. “Palestras, materiais didáticos, glossário de termos, atividades em sala de aula, videogames educativos, portais na Internet, vídeos, peças de teatro, músicas, paródias, cordéis, poesias e outras manifestações artísticas, todas enfocando o tema educação fiscal”, diz Ana Beatriz Granjeiro, autora da monografia Programa de educação fiscal para crianças e adolescentes: um estudo em Fortaleza e Caucaia, que constatou bons resultados dos programas para a conscientização de crianças e adolescentes no exercício da cidadania.

O trabalho da mestranda em Administração e Controladoria pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e premiado no IV Prêmio Sefin, verificou a contribuição dos programas, sob a ótica dos próprios participantes dos programas de educação fiscal.

Os resultados da pesquisa mostraram que 89% dos pesquisados acreditam que os referidos familiares possuem um entendimento bom ou razoável sobre o assunto, enquanto 11% revelam que seus familiares não possuem qualquer entendimento sobre o tema em questão”, diz a bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ressaltando que esse foi o entendimento dos estudantes entrevistados.

Para ela, a educação fiscal e financeira, nas escolas públicas e privadas, com certeza ajuda na formação de cidadãos mais conscientes dos seus direitos e deveres.”Um dos problemas relativos ao emprego da educação fiscal encontrados foi a não continuidade das ações. A atuação dos professores neste processo é de absoluta necessidade para que o programa tenha ótimos resultados”, comenta.

Na avaliação da estudiosa, o mais importante é que sejam organizados programas de educação fiscal permanentes, e não ações esporádicas de educação fiscal, pois isso não resolve o problema. “Se as crianças e os adolescentes não tiverem contato constante com esse conhecimento, ele é perdido no tempo. Os portais na Internet são ferramentas de apoio baratas e fáceis de serem utilizadas”, completando, considerando que é possível avançar.

A importância da educação fiscal é ressaltada por vários especialistas que consideram fundamental o adolescente saber como o dinheiro dos impostos é usado pelo governo.Explicam que os impostos podem parecer um fardo, mas são essenciais para manter os serviços públicos funcionando.

Sabendo da importância o jovem também vai ser cobrar quando o governante não cumprir com a obrigação de aplicar bem o dinheiro dos impostos.

Além das rodas de discussão sobre cidadania, ética e tributos, escolas de Fortaleza utilizam formas lúdicas como apresentação de peças teatrais, criação de jogos, de livros paradidáticos, cordéis, entre outros métodos de disseminação de educação fiscal.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

O artigo 150, parágrafo 5º, da Constituição Federal, embora pendente de regulamentação, diz que a lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.

Leia Amanhã

Como o teatro pode ser um caminho para ensinar educação fiscal a crianças e adolescentes. Leia sobre a experiência da Associação Cearense de Estudos e Pesquisas. Leia ainda sobre o programa de educação financeira Turma da Bolsa.

Deuzinho Filho presente na inauguração da agência dos Correios na Praia do Icaraí

Comunidade do Bom Jesus

INDUSTRIA DA MULTA EM CAUCAIA

Divulgação de resultado de exame da OAB reabre debate sobre legalidade da prova

A divulgação do resultado preliminar da segunda fase final do exame nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nesta terça-feira (13) reacendeu o debate sobre a legalidade da prova que qualifica o bacharel em Direito a exercer a profissão.

Para os favoráveis à manutenção do exame, nada deve ser alterado. Já os contrários defendem a extinção da prova, argumentando que, depois de cinco anos nos bancos universitários, não há razão para serem submetidos a um teste geral de aptidão.

Baixo índice de aprovação

De acordo com o presidente do Movimento Nacional dos Bacharéis em Direito (MNBD), Emerson Rodrigues, o índice de aprovados no exame deste ano foi apenas 4%. Formado em direito em 2005, Rodrigues afirma nunca ter se submetido às provas.

Segundo Emerson, que é contra a aplicação do exame, a qualificação é adquirida por meio do ensino dado pelos professores em uma instituição. “Estudamos cinco anos em uma universidade, é bastante tempo para nos qualificarmos e não é um exame de aptidão que nos qualifica” disse.

“OAB contra os bacharéis”

Para o presidente da MNBD, a OAB joga a sociedade contra os bacharéis em Direito, “afirmando que somos analfabetos jurídicos”. Segundo ele, a função da Ordem não é realizar o exame, mas fiscalizar o profissional de direito que agir contra a ética no exercício da função.

Ainda de acordo com o Emerson Rodrigues, o MNBD não é contra a Ordem dos Advogados. “Somos contra a barreira por ela imposta. Nossa luta é pela valorização do diploma e pelo respeito à Constituição Federal”, completou o bacharel em Direito.

Exame é mínimo

Já para o conselheiro da OAB Gustavo Gaião, o exame é necessário e deveria ter uma conotação maior no Brasil. “A prova aplicada hoje é rasa, uma prova mínima para avaliar os futuros advogados”. Em outros países, segundo ele, é aplicada uma prova para cada área do direito, como nos Estados Unidos.

Gaião explicou que, no Brasil, é aplicada uma prova como avaliação geral, que serve para todas as ramificações do direito. “O exame da ordem é necessário para avaliar se o bacharel está qualificado para exercer a função de advogado”, afirmou.

Alta reprovação

O último exame da Ordem, realizado no início deste ano, reprovou 88,275% dos 106.891 bacharéis em direito inscritos. Do total, 12.534 candidatos foram aprovados, de acordo com a OAB. O índice de reprovação da edição anterior quase chegou a 90%.

Decisão de constitucionalidade

Em março, a Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado rejeitou, por unanimidade, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que considerava o diploma de curso superior comprovante da qualificação profissional e extinguia o exame.

Apesar de a PEC ter sido rejeitada, a constitucionalidade da aplicação do teste da OAB para o ingresso na carreira deve ser decidida em breve pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O exame

O exame da OAB foi criado em 1963 e, na época, poderia ser substituído por estágio pelo estudante que trabalhasse em escritório de advocacia cujo titular tivesse cinco anos de inscrição na Ordem. Em 1972, no entanto, o ministro da Educação, Jarbas Passarinho, extinguiu o exame.

A partir daí, foi permitido que o estágio fosse feito nas próprias faculdades, que atestariam o aproveitamento do aluno para inscrição na OAB. Em 1994, um novo estatuto instituiu a exigência do exame para admissão nos quadros da advocacia.

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Com informações da Agência Brasil

Polícia frustra ação de bandidos que tentavam assaltar banco em Aquiraz

Policiais do Ronda do Quarteirão e do 14º Batalhão da Polícia Militar frustraram, na madrugada desta quarta-feira (14), um assalto a banco no Ceará. A ação ocorreu no município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

De acordo com a polícia, os bandidos tentavam roubar os caixas eletrônicos no Banco do Brasil da cidade, quando viaturas da polícia passaram pelo local. Os assaltantes, então, fugiram. Eles abandonaram um carro e fugiram a pé.

Presos

Os policiais “fecharam o cerco” e conseguiram prender dois dos acusados. Eles foram encaminhados para a Delegacia de Maracanaú. Foram presos: Carlos Cardoso André, de 36 anos, e Pedro Henrique da Silva Castro, de 28 anos.

Carlos, natural de Cuiabá (Mato Grosso), confessou que seria o responsável por retirar o dinheiro do caixa. Já Pedro, de Tocantins, disse à polícia que chegou a Fortaleza nesta terça-feira (13), só para manusear o maçarico.

O terceiro acusado, Joab Ribamar Almeida, foi preso posteriormente. De acordo com a polícia, ele seria o responsável pelo apoio à quadrilha. Almeida seria o dono do veículo utilizado na ação, que foi abandonado na fuga.

Na manhã desta quarta-feira (14), mais três pessoas foram presas, acusadas de também terem participado da ação: dois homem e uma mulher. Um deles foi identificado apenas como “Juca”.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), ele já responde por dois procedimentos e foi reconhecido nas imagens do assalto ao banco Bradesco do bairro Vilha Velha, na última quinta-feira (8).

Apreensão

A polícia também apreendeu uma adolescente, suspeita de envolvimento com o crime. Dentro do carro abandonado, foram encontrados todos os materiais utilizados pela quadrilha, como as armas e o maçarico.

A polícia suspeita que o bando seria o mesmo que roubou o caixa eletrônico da Secretaria da Saúde na noite da última quarta-feira (7).

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