O combate ao mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela em Caucaia está a todo vapor. Somente no primeiro ciclo de ações contra o Aedes aegypti, compreendido entre os dias 2 de janeiro e 24 de fevereiro, as equipes da Prefeitura visitaram mais de 72 mil imóveis em diversos bairros.
Além disso, mais de 10 mil peixes foram distribuídos gratuitamente para acabar com as larvas do mosquito. Houve ainda o recolhimento de 2.500 pneus, um dos maiores vilões do combate às arboviroses porque facilmente acumulam água e,consequentemente, o ambiente favorável à proliferação do Aedes aegypti.
Só no primeiro ciclo domiciliar, a Prefeitura borrifou inseticida em mais de três mil quarteirões de Caucaia – seja por máquinas costais, com agentes a pé, ou carros fumacê. Trinta abrigos de ônibos foram monitorados, 250 prédios públicos foram inspecionados e 1.500 metros de tela foram utilizados na vedação de tanques e caixas d'água.
PROFISSIONAIS CAPACITADOS
Para reforçar ainda mais o enfrentamento ao Aedes aegypti, profissionais da vigilância em saúde de Caucaia estão sendo submetidos a cursos de capacitação. Um deles acontece desde a última segunda-feira (20/3) e é promovido pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE), em Fortaleza.
Ao todo, 25 profissionais de Caucaia, Maracanaú, Paracuru, São Gonçalo do Amarante, Itaitinga e Fortaleza estão sendo beneficiados. O curso tem duração de 12 semanas (três meses) e é resultado da Carta de Colaboração firmada no último dia 13 de março entre o Ministério da Saúde, a Rede de Programas de Treinamento em Epidemiologia de Campo e Intervenções em Saúde Pública (Tephinet) e a Rede Sulamericana de Programas de Treinamento em Epidemiologia de Campo (Redsur).
Com o treinamento, esses técnicos terão ainda mais habilidades epidemiológicas para fazerem uma vigilância eficiente, investigar casos e responder a surtos, por exemplo. “Essa iniciativa, que também está se desenvolvendo em outros países da América Latina, é uma iniciativa coordenada, e estamos utilizando estratégias similares de formação, adaptadas ao contexto de cada país”, pontua o o diretor de programas da Tephinet, Dionisio Herrera-Guibert.
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