Profissionais de saúde de Fortaleza, Caucaia, Quixeramobim, Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, da vigilância epidemiológica desses municípios, das policlínicas regionais, das Coordenadorias Regionais de Saúde (Cres), além de representantes da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) e da Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) participam nos dias 26 e 27 de outubro, quinta e sexta-feira, da Oficina Estratégia de Fortalecimento da Atenção Integral às Crianças com Infecção Congênita Associada às STORCH e ao Vírus Zika, realizada pela Secretaria da Saúde do Ceará. A oficina acontecerá das 8 às 17 horas, no Hotel Plaza Suítes, em Fortaleza.
O objetivo da oficina é fortalecer a estratégia da atenção, com foco na intersetorialidade, integrar as estratégias de vigilância e assistência para produção de uma linha de cuidado integral dos casos confirmados, articular o processo de construção da cartografia com a elaboração do plano de ação. Na oficina acontecerá também a apresentação das equipes dedicadas nos municípios e Estado. Pesquisas mostraram que as infecções relacionadas ao vírus Zika e STORCH (Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes), se adquiridas durante a gravidez ou nos primeiros anos de vida da criança, podem interferir no seu desenvolvimento.
O Ceará saiu à frente na atenção integral às crianças afetadas pela síndrome congênita de zika porque aproveitou a estrutura de 19 policlínicas regionais já existentes no Estado para criar Núcleos de Estimulação Precoce (NEP). As equipes multiprofissionais, formadas por pediatras, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, atendem a essas crianças nas policlínicas regionais. A iniciativa também garantiu atendimento a outras crianças com necessidade de estimulação precoce, como as que têm síndrome de Down. A atenção está descentralizada nas 22 regiões de saúde, com cobertura para os 184 municípios cearenses, o que faz com que as famílias consigam ser atendidas mais perto da cidade onde moram.
Desde 2015, o Ceará confirmou 163 casos de crianças com síndrome congênita de zika. O Estado também traçou uma estratégia de ação rápida para investigação e diagnóstico desses casos a partir de março de 2016. O planejamento e a execução da iniciativa foram feitos pela Secretaria da Saúde do Ceará em parceria com o Programa Mais Infância Ceará, que tem à frente a primeira-dama do Estado Onélia Leite de Santana.
O projeto dos núcleos de estimulação precoce é considerado pioneiro no Brasil e atraiu uma comitiva de Cabo Verde que esteve em janeiro de 2017, acompanhado de equipe do Unicef, para conhecer a experiência do Ceará na atenção às crianças afetadas pela síndrome congênita do zika vírus. O grupo buscava entender o trabalho de identificação, diagnóstico, acompanhamento e inclusão social dos pacientes afetadas pela síndrome no Brasil, para poder adaptar e replicar o trabalho em Cabo Verde.
Serviço
Oficina Estratégia de Fortalecimento da Atenção Integral às Crianças com Infecção Congênita
Dias: 26 e 27 de outubro de 2017
Horário: 8 às 17 horas
Local: Hotel Plaza Suítes – Rua Barão de Aracati, 94, Praia de Iracema
Mais informações com o Núcleo de Saúde da Mulher, Adolescente e Criança da Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde (Nusmac /COPAS): (85) 3101-5193/ 3101.5194
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