quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Plano Diretor Participativo é aprovado

A Câmara Municipal aprovou nesta terça-feira (20/11) por unanimidade o primeiro Plano Diretor Participativo (PDP) de Caucaia. Numa sessão que durou cinco horas, os 24 vereadores acrescentaram 23 emendas ao texto original.
O PDP foi construído pela Prefeitura com a participação popular de comunidades de todas as regiões do município. O documento define as tendências locais para as próximas duas décadas.
Datado de 2001, o antigo Plano Diretor abrangia somente a área urbana de Caucaia. Já o novo documento contempla todo o município, indicando onde é possível construir, quais áreas precisam e vão ser preservadas, de qual forma indústria e comércio devem funcionar etc.
Para o  titular da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Ambiental (Seplam), Daniel Cavalcante, uma nova forma de olhar Caucaia surge com a aprovação do PDP. “O PDP traz segurança jurídica para os investidores com uma metodologia utilizada no mundo inteiro e que dará ao município uma considerável mudança.”
 
Conforme a subsecretária da Seplam, Adelina Feitosa, o estudo do PDP vinha sendo analisado há três anos. “Hoje é um dia histórico para Caucaia, que a partir desta data tem o direito de ser uma cidade diferente e desenvolvida, com políticas inovadoras. Os vereadores ajudaram apresentando alterações significativas ao Plano.”
Presidente da Câmara Municipal, a vereadora Natécia Campos acredita que o PDP abrirá portas para novos empresários e investidores. “Isso tudo será transformado em mais empregos; um crescimento adequado ao tamanho da cidade. Parabenizo a todos os técnicos da Prefeitura que ajudaram a fazer o documento.”
O Plano é obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes. Caucaia tem cerca de 362 mil moradores e é o segundo maior centro urbano do Ceará.

Senadores reagem e projeto que atingiria a Lei da Ficha Limpa é arquivado

Durante a sessão do Plenário do Senado Federal desta terça-feira (20), diversos senadores declararam ser contra a votação com urgência do projeto de lei (PLS 396/2017-Complementar) que retira do alcance da Lei da Ficha Limpa os condenados por crimes anteriores a 2010, quando a lei foi sancionada. Diante dos apelos, o autor da proposta, senador Dalirio Beber (PSDB-SC), apresentou requerimento para retirada definitiva do projeto. O pedido foi aprovado pelos senadores e o presidente do Senado, Eunício Oliveira, determinou o arquivamento da matéria.
Antes, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Ataídes Oliveira (PSDB-TO) já haviam apresentado requerimentos para retirar a urgência para votação da matéria e foram apoiados por vários colegas.
- Nós sabemos que a Lei da Ficha Limpa foi um grande avanço no nosso país. Ela vem coibindo o avanço dessa maldita corrupção – disse Ataídes.
Randolfe afirmou ser inadequado flexibilizar a Lei da Ficha Limpa no atual momento do país.
- É um jeitinho que se daria para enfraquecer a Lei da Ficha Limpa – disse.

Retroatividade

O texto do PLS 396 vai contra decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a pena de oito anos de inelegibilidade para políticos condenados pela Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico pode ser aplicada inclusive a pessoas condenadas antes da entrada em vigor da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/2010), em junho de 2010. Antes disso, a inelegibilidade era de 3 anos.
Dalirio explicou que sua intenção era apenas preencher uma lacuna legislativa deixada pelo Parlamento sobre a retroatividade ou não da lei. Ele informou que o próprio STF tem ministros com opiniões divergentes sobre a retroatividade para casos já julgados até 2010. O senador disse que sua proposta não mudaria nada para os condenados depois deste ano. Ele garantiu não ser sua intenção desfigurar a Lei da Ficha Limpa, a qual considera um avanço contra a corrupção. Para ele, a imprecisão na legislação gerou insegurança jurídica, o que forçou o STF a se manifestar sobre o tema.
Também se posicionaram contra o projeto os senadores Raimundo Lira (PSD-PB), Jorge Viana (PT-AC), Ana Amélia (PP-RS), Simone Tebet (MDB-MS), Lídice da Mata (PSB-BA), Reguffe (sem partido-DF), Romero Jucá (MDB-RR), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Lasier Martins (PSD-RS), Armando Monteiro (PTB-PE), Otto Alencar (PSD-BA) e outros.
Para Lasier, o projeto está na contramão do que disseram as urnas, “que pediram a moralidade na política”. Ana Amélia disse que a Ficha Limpa foi uma conquista da sociedade.
- Essa Lei da Ficha Limpa eu acho que precisa ser preservada. Acho que a sociedade brasileira está hoje imbuída de uma prioridade: combate duro à corrupção, que fez escorrer pelo ralo o dinheiro que faltou para muitos setores importantes – afirmou a senadora gaúcha.
Na opinião de Ferraço, a lei representa um marco, um divisor de águas no combate à impunidade, à delinquência e ao poder econômico na prática política e eleitoral.
Por sua vez, Reguffe disse que a Ficha Limpa é fruto de um projeto de lei de iniciativa popular que obteve mais de um milhão de assinaturas de apoio.
- Esta Casa não pode votar uma proposição que flexibiliza essa legislação, principalmente no final desta Legislatura. Isso vai contra os anseios da sociedade brasileira, vai contra o que a sociedade brasileira espera deste Parlamento – declarou Reguffe.

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Prefeitura e executivos de banco discutem diretrizes do financiamento

Mais uma importante etapa para a liberação do primeiro financiamento internacional de Caucaia foi cumprida. Nesta terça-feira (20/11), representantes da Prefeitura e do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) discutiram diretrizes da contratação do crédito de 80 milhões de dólares.
O valor é pleiteado pela gestão municipal para o Programa de Infraestrutura Integrada (PII), cuja intervenção majoritária será na política de mobilidade urbana caucaiense. Mais de 60% do contrato será investido neste setor, que será também o primeiro a ser contemplado com obras.
A expectativa dos executivos do CAF é de o primeiro desembolso do financiamento acontecer ainda este ano. Caucaia solicita que a parcela inicial represente 20% do total. Algo em torno de 16 milhões de dólares, recurso esse que para a pavimentação de ruas e avenidas da Grande Jurema.
“O fato de eu ser subsecretário da Sefin [Secretaria Municipal de Finanças, Planejamento e Orçamento] me faz conhecer no detalhe os ritos internos da Prefeitura. Isso vai facilitar muito a tramitação dos processos. Além disso, nós temos uma comissão na Central de Licitações para tratar especificamente das questões do CAF, que também é prioridade pro prefeito Naumi Amorim”, pontuou o coordenador-geral da Unidade de Gerenciamento de Projetos (UGP), Fábio Mota.
Políticas transversais e detalhes de processos licitatórios públicos nacionais e internacionais também foram tratados no encontro. “Caucaia pode sair dessa experiência numa outra dimensão não só no Brasil como na América latina”, declarou o coordenador da missão e executivo da Vice-presidência de Infraestrutura do CAF, Santiago Caballero.

Câmara aprova MP que destina parte da arrecadação das loterias ao setor de segurança pública

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (20) a Medida Provisória 846/18, que redistribui os recursos de loterias federais para direcioná-los também ao Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), cujo funcionamento é reformulado. A matéria será enviada ao Senado.
O texto aprovado é o projeto de lei de conversão de autoria do relator da MP, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA). O texto cria uma loteria na modalidade quota fixa, destinada a enquadrar apostas de resultados esportivos realizadas pela internet.
Para o relator, o mercado de apostas eletrônicas sobre eventos esportivos é estimado em R$ 4,3 bilhões e se concentra em sites estrangeiros. A regulamentação permitirá a cobrança de impostos e taxa de fiscalização.
Segundo a nova distribuição proposta para as loterias existentes, e com base em dados de referência da arrecadação de 2016, divulgados pela Caixa Econômica Federal (CEF), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) perde cerca de R$ 900 milhões.
O Ministério da Segurança Pública (FNSP e Fundo Penitenciário Nacional - Funpen) ficará com cerca de 9,4% da arrecadação bruta (25,8% da líquida) das loterias existentes. Nos valores de 2016, isso daria cerca de R$ 1,2 bilhão (sem atualização) a partir de 2019 e sem contar com a Lotex, loteria instantânea ainda não implantada.
A Seguridade Social continua com o maior percentual isolado dentre os beneficiários da arrecadação com loterias (16,8% do bruto).
Em 2016, a arrecadação bruta de todas as loterias administradas pela Caixa foi de R$ 12,8 bilhões. Desse total, R$ 6,1 bilhões foram distribuídos às áreas de esporte, cultura, seguridade social, educação, saúde e segurança pública.
A Lotex, segundo intenções do governo, deve ser operada pela iniciativa privada por meio de outorga para cerca de 15 anos. Entretanto, nos leilões lançados em 2017 não houve interessados, ainda que o lance mínimo tenha diminuído.
Segurança
A maior parte da arrecadação líquida da Lotex ficará com o FNSP (13% da arrecadação bruta e 77,84% da líquida). A arrecadação líquida é considerada aquela após a dedução das despesas de custeio e manutenção, do prêmio líquido e do Imposto de Renda na fonte sobre o prêmio pago.
Estudo divulgado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na época do leilão frustrado da Lotex indicava estimativa otimista de arrecadação bruta de R$ 209 milhões no primeiro ano e sucessivos aumentos em cinco anos seguidos até atingir R$ 6 bilhões no quinto ano de funcionamento.
Entretanto, as projeções para a Lotex não consideram o efeito sobre outras loterias, cuja arrecadação poderia diminuir em razão da atratividade dessa loteria instantânea, que deve distribuir maior quantidade de prêmios menores.
Na lei de criação da Lotex (13.155/15), a maior parte dos recursos ficaria com o Ministério do Esporte (10% do bruto). Outros 3% seriam direcionados ao Funpen.
Repasse direto
A MP 846/18 revoga todos os dispositivos atuais sobre a distribuição de recursos de loterias, prevendo uma transição que vai até 31 de dezembro de 2018 ou até a Lotex entrar em operação, o que ocorrer por último.
Para algumas entidades do esporte, hoje beneficiadas com repasses indiretos feitos por outras entidades, o texto determina ao agente operador repassar os recursos diretamente. É o caso do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), da Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE), da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) e da Federação Nacional dos Clubes (Fenaclubes).
Atualmente, elas recebem recursos por meio do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), por exemplo, que também contarão com o dinheiro das loterias diretamente, em vez de por meio do Ministério do Esporte.
Todas essas entidades, exceto a Fenaclubes, deverão aplicar os recursos exclusivamente em programas e projetos de fomento, desenvolvimento e manutenção do desporto, de formação de recursos humanos, de preparação técnica, manutenção e locomoção de atletas, de participação em eventos desportivos e no custeio de despesas administrativas, seguindo regulamentação do Ministério do Esporte.
Em relação ao CBC, 15% do recebido deverão ser direcionados a atividades paradesportivas por meio de repasse ao CPB ou diretamente, com chamamento geral de entidades filiadas ou não filiadas.
Todo ano, cada uma dessas entidades deverá apresentar relatório ao ministério e, se o Conselho Nacional do Esporte (CNE) não o aprovar, a entidade ficará sem recursos no ano seguinte.
Já a Fenaclubes deverá aplicar o dinheiro em capacitação, formação e treinamento de gestores de clubes sociais.
Quanto ao COB e ao CPB, o projeto de lei de conversão prevê que um mínimo de 10% dos recursos recebidos seja aplicado no fomento de eventos e competições esportivas, treinamentos e manutenção e custeio de estruturas físicas esportivas.
A mudança foi feita pelo relator a pedido do Ministério do Esporte. A intenção é usar os recursos em ginásios e instalações do legado olímpico. Para isso, o texto dispensa as entidades de realizar chamamento público, permitindo um contrato direto com os administradores dessas arenas esportivas.

http://www2.camara.leg.br

Meta é vacinar 74 mil cães e gatos contra a raiva

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Núcleo de Controle de Endemias e Zoonoses, está promovendo uma importante campanha de vacinação em Caucaia. Cães e gatos precisam ser imunizados contra a raiva. A meta é vacinar 74 mil animais em todo o município.
Localidades rurais da região da BR-020 e BR-222 já receberam equipes volantes de imunização, que atualmente contemplam a região da CE-085 e o distrito de Matões. Nessa segunda-feira (19/11), a Casa das Endemias começou a aplicar doses em animais a partir de três meses de vida.
No próximo sábado (24/11), a SMS levará profissionais às regiões da Grande Jurema, Sede e bairros adjacentes. Em 1/12, as regiões das praias e os distritos de Capuan, Genipabu, Primavera, Catuana e Sítios Novos serão contemplados. Os trabalhos acontecerão sempre das 8 às 16 horas.
Noventa e oito postos de vacinação estão sendo montados em locais já conhecidos da população. Serão envolvidos 300 profissionais da SMS nesta força-tarefa, cujo objetivo é garantir a criadores de cães e gatos mais acesso ao serviço.

Vagas SINE/IDT de Fortaleza nesta terça-feira (20/11)

As informações sobre vagas não são dadas por telefone. Todas as oportunidades estão sujeitas à alteração e para saber qual está de acordo com o seu perfil profissional, dirija-se as nossas unidades.
 
Confira a lista com as principais vagas:
 

FORTALEZA
Centro - Rua. Assunção, 699 - Fone :(85) 3101.2775
Aldeota - Av. Santos Dumont, 5015 - Fone :(85) 3101.1660
Antonio Bezerra - Av.Demetrio de Menezes, 3750 - Fone :(85) 3101.2743
Messejana - Av.Jornalista Tomaz Coelho, 408 - Fone :(85) 3101.2138
Parangaba - Av. João Pessoa, 6239 - Fone :(85) 3101.3034
OCUPAÇÕES QTDE.VAGAS
Açougueiro 30
Administrador hospitalar 01
Analista de sistemas (informática) 01
Auxiliar de cozinha 08
Balconista de açougue 14
Barman 03
Capoteiro 01
Churrasqueiro 01
Costureira em geral 01
Cozinheiro geral 01
Encarregado de frios 01
Marceneiro 05
Mecânico de auto em geral 03
Mecânico de automóvel 02
Mecânico de veículos 01
Motorista carreteiro 30
Motorista de ônibus urbano 150
Operador de empilhadeira 02
Pizzaiolo 04
Supervisor de vendas comercial 04
Técnico de carnes e derivados 01
Técnico de enfermagem 25
Técnico de enfermagem do trabalho 01
Técnico em manutenção de máquinas 01
Técnico mecânico em ar condicionado 02
Torneiro mecânico 01
Tosador de animais domésticos 01
Vendedor de consórcio 08
Vendedor interno 150
Vendedor pracista 10
Vidraceiro 02
 
PESSOA COM DEFICIÊNCIA
OCUPAÇÕES QTDE.VAGAS
Ajudante de farmácia 01
Atendente de lojas 18
Atendente de telemarketing 01
Auxiliar de escritório 03
Auxiliar de limpeza 18
Auxiliar de linha de produção 51
Balconista 05
Caixa de loja 03
Carregador de caminhão 18
Consultor de vendas 03
Empacotador, a mão 10
Enfermeiro 02
Estoquista 09
Jardineiro 02
Motorista de caminhão 18
Operador de caixa 21
Passadeira de peças confeccionadas 01
Promotor de vendas 01
Propagandista de produtos famacêuticos 01
Recuperador de crédito 01
Repositor - em supermercados 13
Técnico de enfermagem 03
Teleoperador 100
Vendedor interno 03
Vendedor pracista 03
Zelador 02

Executivos de banco internacional apontam liberação de recurso ainda este ano

A missão do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) foi apresentada nesta terça-feira (20/11) ao cronograma final do Programa de Infraestrutura Integrada (PII), para o qual a Prefeitura de Caucaia solicita financiamento de 80 milhões de dólares.
A comitiva internacional permanece no município até esta quarta-feira (21/11). “Nós vamos pleitear a liberação de 20% do valor total do contrato, algo em torno de 16 milhões de dólares. Como já temos processos licitatórios em curso, essa é uma verba que será utilizada de imediato”, estimou o coordenador-geral da Unidade de Gerenciamento de Projetos (UGP) e subsecretário municipal de Finanças, Fábio Mota.
Os executivos conheceram detalhadamente o Plano de Mobilidade Urbana, o Sistema de Mobilidade Urbana, o Sistema de Videomonitoramento, os projetos de requalificação de espaços públicos, as ações para gestão ambiental do programa, as medidas de fortalecimento de empreendedores e o Plano de Trabalho Técnico e Social (PPTS) do PII.
“A gente pode dizer com muita tranquilidade que essas obras vão transformar Caucaia; que Caucaia vai ser uma antes e uma depois de investirmos esse recurso. Caucaia tem pressa e nós, toda a gestão, estamos à inteira disposição para colaborar com o banco e essa verba ser liberada o quanto antes”, disse a chefe de gabinete Calismar Amorim.
O contrato entre Prefeitura e CAF já foi assinado. “Estamos aqui para ajudar vocês com o contrato. Trabalhamos com a ideia de o primeiro desembolso do empréstimo ser feito até o fim deste ano. Temos certeza de que isso vai acontecer porque a Prefeitura está visivelmente bem organizada e empenhada”, pontuou o coordenador da missão e executivo principal da Vice-presidência de Infraestrutura do CAF, Santiago Caballero.
Com a liberação da primeira parcela do financiamento, a Prefeitura executará obras de pavimentação na Grande Jurema. Ruas e avenidas que nunca receberam asfalto terão prioridade. Ao todo, mais de 500 vias serão pavimentadas.
Além disso, Caucaia ganhará viaduto, ponte, passagem de nível, areninhas e um inédito Centro de Eventos. “Esse é um equipamento que pode ser bem aproveitado do ponto de vista mercadológico. Ele não pode ser um gasto para a Prefeitura. Não pode ‘competir’ com uma escola ou com um posto. A Prefeitura tem é que ganhar dinheiro com ele. Façam um estudo de demanda e se certifiquem de que esse investimento vai trazer retorno”, propôs o executivo sênior do setor público da representação do CAF no Brasil, José Rafael Neto.
O recurso CAF também resultará na requalificação de praças, criação de ecopontos, construção de areninhas, abertura de ruas e avenidas, interligação da Sede com a Jurema e o Litoral, e urbanização de lagoas. “A Lagoa do Tabapuá vai se tornar um cartão postal para quem entra em Caucaia. Hoje, a lagoa não tem nenhum acesso. Os banhistas entram e saem sem nenhum controle. Nós vamos monitorar, com salva-vidas; vamos colocar restaurantes bons... Isso vai trazer uma boa acessibilidade. As pessoas vão querer ir pra lá”, adiantou o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), Kleber Correia.
NESTA QUARTA
Dando continuidade à missão, os executivos do CAF visitam nesta quarta-feira (21/11) locais que receberão obras do Programa de Infraestrutura Integrada em diversas regiões de Caucaia.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Ideia de Eunício preocupa ministro da Fazenda

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, demonstrou preocupação com a ideia anunciada pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), de dividir com os Estados o dinheiro a ser arrecadado com o megaleilão de áreas de petróleo. O arremate é previsto para o ano que vem. As informações são da Agência Estado.


Para Guardia, não se pode esquecer que a União passa por um problema fiscal gravíssimo, e os recursos do leilão já fazem parte da contabilidade da equipe econômica para tentar melhorar esse cenário em 2019.

No último dia 14, Eunício participou da reunião de Jair Bolsonaro com os governadores, em Brasília. Foi o emedebista quem disse que o presidente eleito e o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, aceitaram o repasse de parte dos valores obtidos no leilão para estados e municípios.

O leilão transfere os direitos de exploração do petróleo da camada pré-sal – a chamada cessão onerosa. O senador cearense compartilhou que a estimativa de renda para a União com o leilão fique entre R$ 120 bilhões e R$ 130 bilhões.  

Ainda segundo ele, o percentual a ser repassado ainda não está definido, mas deve seguir a regra de divisão do fundo de participação dos municípios. O leilão é uma das apostas da equipe econômica do presidente eleito para reduzir o déficit primário.
 
Pedido de urgência 
Dia 7, o Senado aprovou pedido de urgência para a votação do projeto que permite à Petrobras transferir, para outras empresas, até 70% dos direitos de exploração dos 5 bilhões de barris de petróleo.
 
 
A cessão onerosa foi um acordo fechado, em 2010 entre a União e a Petrobras que permitiu à estatal do petróleo explorar, sem licitação, os campos do pré-sal na Bacia de Santos. Em troca do direito de exploração, a estatal pagou R$ 74,8 bilhões à União.

Nos anos seguintes, porém, a cotação do barril de petróleo caiu muito, motivada por tensões geopolíticas e preocupações quanto ao desempenho da economia, entre outros fatores. A Petrobras alega que pagou à União um valor muito alto no acordo de 2010 e avalia que tem direito de ser ressarcida. Esse é um dos pontos da discussão.

"O valor [até R$ 130 bilhões] não está fechado, mas há um entendimento de que pode chegar a isso. O valor que chegar, um percentual iria para estados e municípios. Guedes concorda com isso e conduziu a conversa para a defesa da federação verdadeira, que são os estados e municípios brasileiros", declarou o presidente do Senado.
 
Análise 
Técnicos, no entanto, consideram a proposta inconstitucional, já que altera um ato jurídico perfeito ao determinar a revisão de um contrato firmado voluntariamente entre as partes, sem anuência das mesmas e de um modo diferente do acordado.

O projeto também concede benefícios não precificados para a Petrobras, o que pode configurar transferência indevida de renda aos acionistas privados da companhia, dizem fontes. Por outro lado, a revisão pode abrir brechas para uma revisão contratual que prejudique a Petrobras no futuro.
 
Permite ainda que a Petrobras possa vender até 70% dos 5 bilhões de barris a que tem direito na área para outras empresas. A proposta também vai dispensar os consórcios dos quais a Petrobras participa de seguir as regras da Lei das Estatais para a compra de itens, produtos e serviços. Isso vai liberar os consórcios para aquisições a partir de convite a uma lista de fornecedores.

Não há mais tempo para realizar o leilão neste ano.Com a mudança na regra do Tribunal de Contas da União (TCU), válida a partir de 2019, o governo terá que enviar todas as informações referentes ao leilão 150 dias antes da publicação do edital, o que pode adiar a licitação para o fim de 2019 ou até 2020. O TCU também deverá analisar o termo aditivo que será firmado entre União e Petrobras.
 
Redação O POVO Online