Realizado pelo Instagram da Procuradoria (https://www.instagram.com/procuradoriadamulherce/), o evento abordou questões como os tipos de abuso sofridos e a Lei Maria da Penha.
Melina de Paula explicou que tudo o que tira a privacidade de uma pessoa é abusivo. “No começo, o abusador geralmente é uma pessoa legal. Vai descobrir os pontos fracos e fortes da vítima e, a partir daí, pode começar apenas como brincadeiras de mau gosto, críticas e ciúmes. Essa já é uma forma de abuso que, com o tempo, vai evoluindo e se transformando em algo mais destrutivo”, ressaltou.
Para a Dra. Galina Santos, a toxidade é uma relação que pode ser vivida tanto em relacionamentos amorosos como em relacionamentos de trabalho, familiares e de amizades.
Dos tipos de abuso, a psicóloga citou o abuso sexual, quando existe sexo sem consentimento mesmo dentro do casamento; abuso psicológico e emocional, quando o abusador sabe as suas vulnerabilidades e se utiliza disso para manipular, julgar e controlar; abuso físico, quando existe violência física dentro da relação; abuso financeiro e patrimonial, quando o abusador se utiliza do dinheiro como forma de controle e manipulação e o abuso tecnológico e digital, quando o abusador controla as mídias digitais, sociais, senhas e demais ferramentas on-line da vítima.
“A maioria desses relacionamentos são amorosos, porém, um amigo íntimo que julga e não acolhe ou uma família tóxica também, estão dentro de relacionamentos abusivos. É importante que as pessoas saibam que ninguém pode lhe controlar através de abusos, chantagens, entre outros”, assinalou.
A dra. Raquel Andrade afirmou que qualquer tipo de perseguição, abuso, chantagem e controle, independente do gênero do abusador, é configurado violência. “A própria Lei Maria da Penha prevê essas situações e traz as diversas punições”, disse.
A psicóloga frisou que quem provoca dano moral, precisa reparar a vítima. “Além das penalidades criminais, ainda existe a reparação de danos em muitos casos. Todo dia a justiça vai se adaptando para enquadrar as agressões e acabar com o ciclo da impunidade”, assinalou.
Dra. Raquel explicou ainda que agressão, independente do contexto é crime. “A Lei Maria da Penha, por exemplo, nem sempre envolve pessoas que moram na mesma casa. São relações que podem envolver vizinhos, colegas de trabalho, entre outros”, afirmou.
A psicóloga informou ainda sobre o “Zap Delas”, um WhatsApp que vai atender mulheres vítimas de violência na Procuradoria da Mulher e será lançado na segunda-feira (14/06).
O projeto “Ei, mulher” vem promovendo eventos virtuais com foco em orientações jurídicas que envolvem os direitos das mulheres e a participação de profissionais especialistas em diversas temáticas.
A Procuradoria já realizou lives do projeto “Ei, mulher” debatendo os temas “Stalking: o novo crime de perseguição ameaçadora”; “A relação de emprego das empregadas domésticas em tempo de pandemia”; “Importunação Sexual e Ressarcimento por Danos Morais as Vítimas”; “Afastamento de Gestantes na Pandemia”; “Homofobia: legislação e orientações jurídicas”; “Diferenças Entre Casamento, União Estável e Regime de Bens”; “Direitos da Maternidade” e “A Guarda Compartilhada em Confronto com a Medida Protetiva de Urgência”.
GM/CG