terça-feira, 17 de novembro de 2020

Semana da Prematuridade tem programação especial no HRN

 

Pequenos e frágeis, os bebês prematuros precisam de cuidados especiais em virtude de complicações como pulmões imaturos, dificuldade de regular a temperatura corporal e ganho de peso lento. A Campanha Novembro Roxo chama a atenção para a prematuridade, refletindo sobre os cuidados e incentivando a prevenção do parto prematuro desde o pré-natal.

No Hospital Regional Norte (HRN), unidade da Secretaria da Saúde (Sesa), do Governo do Ceará, administrado pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), o tema da Semana da Prematuridade neste ano é “Milagres estão frequentemente disfarçados de prematuros”. O tema foi escolhido pelas mães dos bebês internados na Neonatologia do HRN. A programação ocorre nos dias 17 a 18 de novembro e tem como ponto alto a entrega de certificados de “grandes guerreiros” para os bebês prematuros internados, além de apresentação de vídeos de crianças que passaram pela Neonatologia do HRN.

A programação coincide com o Dia Mundial da Prematuridade, comemorado no dia 17 de novembro por iniciativa do Canadá, EUA, Portugal e Austrália, desde 2009. A data é celebrada anualmente em mais de 50 países, com o objetivo de refletir sobre a prematuridade e desenvolver estratégias para reduzir as taxas de nascimento prematuro.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), nascem prematuras cerca de 15 milhões de crianças, todos os anos, ao redor do mundo. No Brasil, cerca de 12% dos 3 milhões de nascidos vivos ocorrem antes da gestação completar 37 semanas. Isso significa que cerca de 360 mil crianças nascem prematuras todo ano. Dados da SBP apontam ainda que a prematuridade é considerada a principal causa de morte em crianças nos primeiros 5 anos de vida no Brasil.

A coordenadora de enfermagem da Neonatologia do HRN, Maria Cristiane Soares de Lemos, ressalta a importância de refletir sobre as causas da prematuridade e incentivar e fortalecer as políticas públicas voltadas para apoiar as gestantes.

“A prematuridade traz um grande impacto para os serviços, um grande prejuízo para as mães que precisam ficar internadas por mais tempo, aumentando assim seu nível de ansiedade e medo devido à fragilidade da criança. Há ainda o impacto para as crianças que saem com grandes riscos de desenvolver sequelas, de ter atraso no desenvolvimento”, avalia

Cristiane disse ainda que o apoio às gestantes envolve a sociedade como um todo. “Precisamos trazer visibilidade para essa causa para que todos sejam sensíveis e possam apoiar as gestantes, principalmente as que estão em situação de vulnerabilidade social. É uma ação conjunta entre a sociedade, a família, os serviços de saúde, para o fortalecimento das políticas públicas e para conseguir abraçar essa causa e deixar essa mulher e essa criança mais acolhidos dentro de uma rede que vai conduzi-los a uma assistência de qualidade”, ressalta.

Programação

A Semana da Prematuridade do HRN neste ano tem uma programação interna com início às 8h30 com ornamentação do serviço de Neonatologia. Houve ainda entrega dos certificados dos bebês prematuros, apresentação de vídeos dos bebês e mães de prematuros e café partilhado. Ao longo do dia, também ocorrerá uma blitz de acolhimento e divulgação do dia da prematuridade com abordagem multiprofissional sobre o método canguru na Neonatologia e Clínica Obstétrica  e entrega dos laços do novembro roxo.

O momento formativo Papo Neonatal ocorrerá às 16h e será conduzido pela enfermeira coordenadora do Centro de Apoio à Saúde Reprodutiva da Mulher (CASRM) do HRN, Larissa Cunha com o tema “Primeira etapa do Método Canguru”. Na quarta-feira, 18, ocorrerá uma Oficina de Shantala com a Fonoaudióloga do HRN Kelly Alves. A Shantala é uma técnica de massagem milenar originária do Sul da Índia. A massagem, feita pelas mães, tem a proposta de acalmar os bebês, reduzir as cólicas e promover uma melhor interação entre mãe e filho, fortalecendo o vínculo afetivo entre eles.

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