terça-feira, 12 de julho de 2022

Polícia do Rio ouve equipe de enfermagem de parto em que grávida foi vítima de estupro

 


A Polícia Civil marcou para essa terça-feira (12) os depoimentos da equipe de enfermagem presente na sala de parto no momento que o anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 32 anos, foi flagrado ao estuprar uma grávida durante uma cesariana.

Ele está preso na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na capital e unidade de triagem do sistema prisional fluminense.

Os depoimentos serão colhidos na Delegacia da Mulher, em São João de Meriti, cidade da Baixada Fluminense onde fica o Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, local do crime. Os investigadores vão analisar o material biológico descartado pelo médico, como gazes, curativos e demais materiais utilizados por ele no último plantão.

Os peritos querem analisar vestígios de crimes semelhantes que possam ter sido praticados pelo médico em partos anteriores ao do flagrante.

As profissionais de enfermagem responsáveis pela filmagem que embasou o flagrante trocaram a sala de cirurgia depois de terem suspeitado da atuação do médico em procedimentos anteriores, realizados no mesmo plantão. Entre eles, o excesso de sedação e movimentos atípicos.

O médico pediu também que o pai da criança deixasse o centro cirúrgico no momento do parto, o que configura uma violação da lei federal do acompanhante, que permite à gestante uma companhia antes, durante e depois do procedimento.

Também para esta terça-feira está marcada, para a tarde, a audiência de custódia do médico, que será realizada na Central de Custódia de Benfica. O objetivo do procedimento é avaliar a necessidade da prisão, saber se ela deverá ser mantida ou não, além dos aspectos legais da execução do flagrante. A lei prevê que a sessão seja realizada até 24 horas após a prisão.

cnn

 

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