Deputados avaliaram como positivo o crescimento de 62,5% no volume de exportações no Ceará em 2017, comparado ao mesmo período do ano anterior. Segundo dados divulgados na imprensa, as vendas externas somaram US$ 2,1 bilhões, marca inédita para o Estado.
Com esse resultado, o Ceará ficou na décima quarta colocação no ranking dos estados exportadores brasileiros, registrando a quarta maior alta percentual no País, bem superior à média nacional de 17,5%, conforme aponta a Federação das Indústrias do Estado (Fiec).
Contribuiu para o avanço, o primeiro ano completo de atividades da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), em especial com a exportação de produtos semimanufaturados de aço e ferro. Para o deputado Osmar Baquit (PSD), a atuação da CSP vem dando respostas concretas à economia cearense, aumentando os embarques pelo porto do Pecém.
“É um feito extraordinário, porque temos um porto com todas as condições de disputa de preço, acessibilidade e estratégia. Acredito que o Ceará vai continuar a bater recordes. A exportações de placas de aço contribuem muito para a economia cearense”, acrescenta.
Na avaliação de Osmar Baquit, o volume financeiro arrecadado pelo Estado seria ainda maior se a refinaria tivesse sido implantada. O parlamentar não descarta a possibilidade, tendo em vista as negociações do Governo do Ceará com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB).
Com índices positivos nas exportações, a deputada Dra. Silvana (PMDB) acredita que, em breve, o Ceará estará ocupando posição de destaque, ao lado de estados da região Sudeste. "É um avanço para o Estado, como um todo. Se no primeiro ano tivemos esse saldo tão positivo, acredito que rapidamente nosso Estado estará na vitrine, assim como São Paulo, Minas Gerais. O que nos faltava em termos produtores, agora nós temos", avalia.
Já o deputado Dr. Santana (PT), considera que o Complexo Industrial e Portuário do Pecém faz parte de uma estratégia bem-sucedida para avançar no processo de industrialização do Ceará. "A zona de exportação presente naquela área, permitiu ao Governo atrair empresas estrangeiras para se instalarem na região. Para fortalecer esse processo, uma série de indústrias foram construídas, começando pelo Porto do Pecém, depois as rodovias, e as termelétricas. O que falta ser concluída é a ferrovia Transnordestina, que iria fortalecer mais ainda essa cadeia", observa.
Assim como o deputado Osmar Baquit, Dr. Santana destaca a importância da chegada da refinaria no Ceará, que, na opinião dele, deverá fortalecer ainda mais o processo de industrialização do Estado. "O governador Camilo Santana agiu com muita visão de futuro quando procurou, através do Banco de Desenvolvimento da China, trazer o projeto da refinaria de volta. Seria o elemento a mais para integrar toda essa cadeia de produção. Esse ponto é o berço da transformação do Estado, que sai de época de pouca industrialização para um processo mais avançado, agora bem visível", assinala.
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